O jornalista Ricardo Noblat que vem fazendo críticas contundentes à presidenta Dilma, e que muitos não simpatizam com o seu modo de escrever, faz hoje uma pergunta pertinente e continua:

– A oposição, portanto, tem a palavra se desejar usá-la 

Tudo bem. Quem pariu Mateus que o crie. Quem pariu as crises econômica e política que o país atravessa que as debele, pois.

Mas parece razoável que o distinto público, curioso, possa se indagar: como procederia a oposição em uma situação dessas?

Logo a oposição, derrotada no ano passado por uma margem estreita de votos?

A oposição, portanto, tem a palavra se desejar usá-la.  Melhor que a use.

Se a desperdiçar dará ensejo a que se pense que ela não saberia enfrentar as crises que hoje afligem o país.

O silêncio dela a respeito pode ser confortável – mas só por pouco tempo. Depois lhe cobrará um preço alto.

É a pura verdade o que Noblat diz. Fácil ser oposição, fácil criticar, mas quando é para dar uma solução aos problemas que ora o Brasil enfrenta, ninguém, absolutamente ninguém é capaz de apontar algo que possa tirar o país desta situação.

Vejo políticos de oposição, sobretudo, tucanos ocuparem a mídia pedindo o impeachment da presidenta Dilma, como se houvesse uma solução mágica com o impedimento da governante. Como se a oposição tivesse o remédio milagroso para tirar o país da crise política e econômica em que se encontra.

Será que, em caso de impeachment de Dilma e até de Michel Temer, seu vice, e havendo uma nova eleição presidencial e, digamos, o senador Aécio Neves concorrendo e ganhasse, ele tiraria o país do caos em que se encontra?

Duvido muito. Ilusão se pensar assim. Acho até que a oposição não se manifesta porque certamente não tem uma resposta.

Portanto, caro leitor, cabe a oposição se manifestar sobre o que ela faria se estivesse no poder. É como aquela letra de música, que diz:

Se o mundo acabasse amanhã, oque é que você fazia? 
Eu não sei de você mais eu ia,
fazer tudo aquilo que sonhei um dia

Diria Aécio Neves?