O Ministério Público Estadual, por meio da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Apodi, o Exército Brasileiro e a Polícia Civil deflagraram ontem a “Operação Folguedo”, com objetivo de coibir o uso ilegal de explosivos por empresários da região que estariam empregando explosivos e artefatos de detonação na extração de pedras do Lajedo de Soledade – um dos principais sítios arqueológicos do Brasil – sem a devida autorização. O local é área de relevante valor histórico, paisagístico e ambiental, onde foram encontrados fósseis de animais pré-históricos e pinturas rupestres.

[O Sítio está localizado na região Oeste do Rio Grande do Norte, no município de Apodi, a 12 km do centro da cidade. O município tem cerca de 33 mil habitantes e fica a 420 km de Natal e a 76 km de Mossoró, a segunda maior cidade do Estado.]

Prejuízo: Lajedo é um dos principais sítios arqueológicos do Brasil. (Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press)

No momento das buscas, os policiais flagraram um suspeito aplicando os explosivos na rocha, mas ele fugiu com a chegada da polícia, deixando para trás os instrumentos do crime. A operação resultou na prisão do empresário Elson Marinho de Paiva, proprietário da Empresa Paus e Pedras Ltda, em cuja sede foi encontrado farto material explosivo, tais como cordéis detonantes, nitratos e espoletas. Os policiais encontraram, ainda, brocas e outrosinstrumentos utilizados na perfuração das rochas. Na Delegacia, Élson Marinho foi autuado em flagrante, sendo, em seguida, recolhido ao Centro de Detenção Provisória, onde ficará à disposição da justiça.

Participaram da Operação Folguedo, o promotor Sílvio Brito, os delegados Odilon Teodósio, Renato Oliveira e Luiz Fernando, e o capitão do Exército Cunha Neto, além de aproximadamente 20 policiais civis.