Não faço jornalismo com ilações ou suposições, nem costumo dar crédito a esse tipo de coisa. Mas, fato é que o nome do ministro Henrique Alves [Turismo] voltou a ocupar as páginas da Folha de S. Paulo. Desta feita o jornal paulistano diz o seguinte:
– Apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, indicou para integrantes do Ministério Público Federal que pode entregar informações sobre a suposta participação de três figuras de peso do partido nos desvios de recursos da estatal.
A Folha apurou que ele citou os nomes do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (RN), e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
Pois é, caro leitor. Veja que em janeiro deste ano, a própria Folha dizia o seguinte:
– Investigadores que atuam na Lava Jato também entendem que o atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, deverá se livrar das investigações do caso em fevereiro.
Conforme a Folha apurou, são considerados fracos os indícios contra Alves, contra quem não deve haver nem um pedido de abertura de inquérito para analisar suposta ligação com o esquema de desvio de recursos da Petrobras e lavagem de dinheiro.
Sem investigação, ele terá o caminho aberto para assumir um ministério no governo Dilma Ruosseff, provavelmente a pasta do Turismo.
Deputado que não disputou a reeleição, Henrique Alves informou publicamente ter pedido aos seus correligionários que não trabalhassem para ele assumir uma cadeira na Esplanada até que ficasse claro que o peemedebista não estava entre os alvos da Operação Lava Jato.
De fato Henrique Alves assumiu o Ministério do Turismo. Ou seja, os repórteres da Folha, me parece, andam com as suas apurações distorcidas. Em janeiro Henrique Alves, segundo o jornal, não tinha motivos para ser investigado no petrolão, pois que eram considerados fracos os indícios contra a sua pessoa.
Mas, agora, de acordo com a própria Folha, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, teria indicado para integrantes do MPF que pode entregar informações sobre a suposta participação de Henrique Alves nos desvios de recursos da estatal.
Pelas apurações distorcidas de um mesmo assunto, o ministro Henrique Alves terá que provar a Folha que, não basta ser correto, é preciso parecer.
A conferir!
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