Notícia publicada na Tribuna do Norte:
O município de Pedra Preta, a 115 quilômetros de Natal, decidiu pelo decreto de emergência devido à série de abalos sísmicos que vêm atingindo a cidade desde o fim de outubro. A decisão foi confirmada nesta terça-feira (3) pelo vice-prefeito Guilherme Bandeira.
Apesar de decidido o decreto de emergência ainda não está formalizado por questões burocráticas. “Não está oficial porque o decreto precisa ser feito por um programa específico da Defesa Civil do Estado e tivemos um problema, mas que já estamos resolvendo. Até amanhã de manhã, no máximo, deve ser decretado”, afirmou.
Além do decreto, no próximo dia 10 o prefeito e o vice-prefeito de Pedra Preta vão à Brasília para se encontrar com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, com quem conversam sobre o assunto. Os representantes do Executivo municipal também devem se reunir com a Secretaria Nacional de Defesa Civil, ligada ao Ministério da Integração. Segundo o prefeito Luiz Antônio Bandeira, o objetivo do encontro é conseguir verba para custear os reparos necessários aos imóveis da cidade.
Guilherme Bandeira, também coordenador da Defesa Civil do município, afirma que no levantamento feito pelo órgão está especificada a situação das instalações da cidade (casas, escolas, quadras de esportes, posto de saúde) e foi um dos documentos considerados para embasar o decreto de emergência. Pelo levantamento, são necessários R$ 1,2 milhão para as obras de recuperação e reforço em Pedra Preta.
Para começar esses serviços, o coordenador da Defesa Civil disse que ainda não há um prazo definido, mas que essa data deve ser especificada após a viagem a Brasília.
Tremores frequentes
O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) vem monitorando a atividade sísmica intensa que está acontecendo nas proximidades de Pedra Preta. No fim de outubro deste ano, uma série de abalos teve início, com registros praticamente diários de atividade sísmica. Entre os primeiros registros dessa série e o dia 15 de novembro, cerca de 600 abalos foram registrados na região. O que chama a atenção de geofísicos do laboratório é, além da frequência, o número de tremores percebidos pela população.
Além da percepção, os abalos têm causado danos estruturais em casas e outros imóveis do município, registrados e confirmados por diversos laudos elaborados, tanto pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea/RN), quanto pela Defesa Civil do Estado e pela Defesa Civil do Município.
Segundo Joaquim Ferreira, professor à frente do LabSis, técnicos estão coletando dados para comparar a localização epicentral dos abalos que vêm ocorrendo este ano e os registrados em 2010, quando houve tremores em menor intensidade se comparado aos perceptíveis que vem ocorrendo em grande quantidade e em um curto espaço de tempo desde o fim de outubro.
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