Como cidadão e principalmente como jornalista não posso me furtar de voltar a tocar no assunto, pois que a situação epidemiológica no Brasil é muito preocupante. As pessoas, parecem, ainda não se tocaram para a gravidade do problema.
Ainda esta semana ouvi o secretário municipal de Saúde de Natal, Luiz Roberto, dizer num evento dirigido a diretores de escolas da rede pública estadual que 85% dos focos do Aedes Aegypti, mosquito causador de males como a dengue, zika e chikungunha, estão dentro das casas.
O estado de Alagoas, por exemplo, confirmou 25 casos da síndrome de Guillain-Barré entre os meses de maio e novembro de 2015 : zika pode ser a causa. Síndrome afeta o sistema nervoso e pode provocar fraqueza e paralisia.
A região Noroeste do estado de São Paulo registrou este ano três mortes causadas pelo vírus Influenza H1N1. Desde o início de janeiro, foram 79 notificações de suspeita de infecção em dez cidades da região. Desse total, 32 casos foram confirmados, 36 deram negativo e 11 aguardam o resultado dos exames.
A situação é tão preocupante que a diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, fará uma visita ao Brasil nos próximos dias.
Chan, sanitarista natural de Hong Kong, dirige a organização desde 2007, e vai discutir com a presidenta Dilma Rousseff como coordenar os esforços brasileiros para combate ao zika com o plano global contra o vírus, lançado na última segunda-feira (15).
Os dias “D” que vêm sendo promovidos pelos governos federal, estaduais e municipais é importante para tentar esclarecer à população sobre os perigos de todas estas doenças, a maioria transmitida pelo Aedes Aegypti. Mas se o cidadão não fizer a sua parte nada disso adianta. Limpar o quintal, o terreno baldio, jogar a água fora de jarros que acumulam o líquido deve fazer parte agora da rotina diária das pessoas.
Não só isso. Os poderes públicos também devem fazer a sua parte. Esta semana comuniquei ao 3º Distrito Naval a necessidade de fazer uma limpeza num terreno deles próximo ao Complexo Educacional Henrique Capistrano, pois que tem aparecido o mosquito Aedes Aegypti na região, inclusive, nas imediações próximo a um edifício residencial de oficiais da Marinha. Até agora nenhuma providência foi tomada.
Daí, dizer que tanto a sociedade quanto os poderes públicos e as Forças Armadas devem estar juntos nesta guerra contra o Aedes Aegypti, sem o que seremos vencidos.
A conferir!
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