Produção industrial reage, mas emprego diminui

26 de junho de 2012

Sondagem elaborada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) e pela CNI mostra que a atividade industrial registra expansão no Rio Grande do Norte, com o indicador de evolução da produção 21,04% maior em maio, passando de 44,2 para 53,5 pontos. O nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) passou de 70% para 73%, de abril para maio. Mesmo assim, houve queda pelo quinto mês consecutivo no emprego industrial.

A maioria dos executivos ouvidos na pesquisa apontou também acúmulo de estoques de produtos finais, embora as pequenas empresas tenham acusado estoques em baixa.

A indústria têxtil e de vestuário é, na indústria de transformação, um dos setores que mais demitem. (Foto: Alberto Leandro)

“A Sondagem revela que a trajetória da produção industrial potiguar tem sido oscilante desde o início do ano, acompanhando a tendência nacional, que vem intercalando aumentos de produção seguidos de declínio. Esse comportamento reflete o cenário de incertezas com que o setor produtivo se depara”, destaca a análise elaborada pela Unidade de Economia e Estatística da Fiern.

O indicador de evolução do número de empregados aumentou 5,08%, passando de 45,3 para 47,6 pontos, mas permanece abaixo de 50 pontos mostrando queda do emprego industrial em relação ao mês anterior. Esta tendência é reforçada pelos resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, que mostrou recuo de 1,41% no número de trabalhadores com carteira assinada nas indústrias extrativas e de transformação do Rio Grande do Norte.

Ao mesmo tempo, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria, em maio, ficou em 73%, três pontos percentuais acima do índice de abril (70%), mas dois pontos percentuais abaixo do valor observado em maio de 2011, quando o indicador alcançou 75%.

As expectativas para os próximos seis meses mostram otimismo do empresário quanto à demanda, ao número de empregados, às compras de matérias-primas e à quantidade exportada, embora três dos indicadores analisados tenham caído em relação ao levantamento de maio.

O indicador de expectativa quanto à evolução da demanda aumentou 2,30%, passando de 60,9 para 62,3 pontos, revelando que os industriais potiguares esperam aumento da demanda nos próximos seis meses. Essa perspectiva otimista é compartilhada tanto pelas pequenas como pelas médias e grandes empresas, cujos indicadores alcançaram 63,1 e 62,0 pontos, respectivamente.

No que diz respeito à quantidade exportada, o indicador caiu 6,68%, passando de 56,9 para 53,1 pontos, mas permanece acima de 50, mostrando que os empresários potiguares estimam aumento da exportação de seus produtos nos próximos seis meses. Os resultados são diferenciados, segundo o porte da empresa. As médias e grandes empresas preveem estabilidade das vendas externa (indicador de 50,0 pontos), enquanto as pequenas indústrias esperam aumento, conforme indicador de 62,5 pontos.

Deixe seu comentário:

© 2015 RioGrandedoNorte.Net - Todos os Direitos Reservados

O RioGrandeDoNorte.Net seleciona as notícias mais importantes da semana a partir das mais confiáveis fontes de informação setorial. Em algumas delas, agregamos o noticiário de um assunto em um só item, ressaltamos (negritando) ou até comentamos (grifando) a notícia original, caso pertinente.