Rio Grande do Norte e Paraíba vão restringir uso da água

21 de maio de 2015
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Com 70% da vazão atual destinada à irrigação, o uso da água oriunda da Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu será limitada apenas para o consumo humano. A decisão, estabelecida pelas Secretarias de Estado dos Recursos Hídricos da Paraíba e Rio Grande do Norte tem como objetivo ampliar o tempo de vida útil do Açude Coremas, localizado na Paraíba.

O reservatório paraibano, ao desembocar no Rio Grande do Norte, contribui para a perenização do Rio Piranhas-Açu que abastece, entre outros municípios, Caicó, Jardim de Piranhas, Timbaúba dos Batistas e São Fernando, antes de chegar à Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu. O fim do ciclo chuvoso provocou a escassez de água no reservatório Coremas, que atualmente está com 19% da capacidade total.

Rio Piranhas-Açu tem 70% de sua vazão destinada à irrigação. Nos próximos 45 dias, novas regras de uso d’água serão definidas. (Foto: pt.wikipedia.org)

Rio Piranhas-Açu tem 70% de sua vazão destinada à irrigação. Nos próximos 45 dias, novas regras de uso d’água serão definidas. (Foto: pt.wikipedia.org)

Diante da situação, a Agência Nacional de Águas (ANA), responsável pela gestão do Rio Piranhas-Açu, determinou a ampliação da vazão do volume de água que desemboca no estado potiguar na tentativa de minimizar os efeitos da seca nas cidades potiguares abastecidas. Dos 2.400 litros por segundo, o RN passou a receber desde o fim da semana passada, 3 mil litros por segundo do estado vizinho.

O Departamento Nacional de Obras Contra a Seca da Paraíba (Dnocs/PB) se posicionou contrário à ampliação da vazão nas comportas. Entretanto, o titular da Semarh paraibana, João Azevêdo Lins Filho, afirmou que não existe confronto político ou técnico entre os estados, mas sim uma cooperação para que a água não seja desperdiçada com a ampliação da vazão. O titular também destacou a necessidade de construção de uma barragem de nível entre as cidades de Caicó e Jardim de Piranhas.

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