Notícia publicada no portal G1 RN:
O Banco do Nordeste divulgou, na manhã desta terça-feira (30), que já superou a marca de R$ 1 bilhão concedido a empreendedores urbanos e produtores rurais atingidos pela seca em sua área de atuação, totalizando 133 mil operações realizadas. Somente no Rio Grande do Norte, segundo a assessoria de imprensa, foram contratadas mais de 10 mil operações, o que representa a liberação de R$ 78 milhões.
A assessoria do Banco do Nordeste também informou que os recursos, oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), destinam-se à recuperação ou preservação de atividades em municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecida pelo Ministério da Integração Nacional. No RN, segundo o Governo do Estado, 144 municípios estão em situação de emergência em razão da estiagem. A governadora Rosalba Ciarlini, inclusive, considera esta a pior seca dos últimos 30 anos no estado.
O diretor de Gestão de Desenvolvimento do BNB, Stélio Gama Lyra, confirmou que dos 1.308 municípios habilitados a receberem recursos do FNE Seca, 1.250 já foram atendidos. “Em quatro estados nordestinos: Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe, temos operações contratadas em todos os municípios habilitados a receberem o crédito”, afirmou.
No RN, o Banco do Nordeste confirmou que os 144 municípios em situação de emergência também foram contemplados com os recursos.
As linhas de crédito contemplam investimentos e custeio ou capital de giro isolado ou associado ao investimento. Com uma meta de R$ 1,5 bilhão para esse fim, o Banco do Nordeste possui mais R$ 350 milhões em tramitação. “A nossa expectativa é atingirmos a meta até a primeira quinzena de novembro”, ressalta Stélio Gama.
Os beneficiários têm até o dia 30 de dezembro para formalizar as propostas de crédito.
Financiamentos
A assessoria de comunicação do BNB no Rio Grande do Norte informou ainda que a maioria dos financiamentos foi destinada a produtores rurais enquadrados no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Governo Federal. Eles receberam R$ 650 milhões, sendo R$ 43 milhões apenas no RN. Para essas operações, o limite de crédito é de R$ 12 mil, com prazo de pagamento de até dez anos, três anos de carência e taxa de juros de 1% ao ano.
Empreendedores urbanos e rurais não classificados como ‘pronafianos’ compõem o restante dos beneficiários. Para esses clientes, o limite de crédito é de R$ 100 mil. A taxa de juros é de 3,5% ao ano e o prazo de pagamento é de até oito anos, com três de carência. Enquadram-se produtores rurais, cooperativas e associações, bem como empreendedores individuais, empresas industriais, comerciais e de prestação de serviços, cooperativas de produção e agroindústrias.
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