Deu no caderno cidades da Tribuna do Norte:

Não é difícil para qualquer um, ao trafegar pelo bairro de Mãe Luiza, zona Leste de Natal, se deparar com vários pontos onde o lixo se acumula em plena via pública. A própria população, incomodada por estar sem coleta em algumas das ruas da comunidade, acaba jogando os dejetos em determinados locais. O resultado é o mau cheiro, ratos e insetos de todos os tipos. Márcio Ataliba, diretor de operações da Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana), afirma que coleta foi interrompida por apenas três dias, mas está normalizada.

Na rua da Floresta, um caminho apertado entre o lixo foi o que restou de espaço para os pedestres. (Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press)

Um dos pontos onde o lixo é jogado de maneira displicente é no cruzamento das ruas João XXIII e a Florestal. Há tanto lixo no local que os pedestres têm de passar por um caminho entre a sujeira. Morando bem em frente ao local, a dona de casa Maria das Graças Medeiros, 51 anos, reclama principalmente do mau cheiro. “É o mesmo que ter esse lixo aqui dentro de casa. É horrível, principalmente na hora do almoço”. Ainda segundo ela, moscas, mosquitos e ratos frequentemente invadem seu imóvel. “Eu só não saio daqui porque não tenho para onde ir”. Maria das Graças alega que são os próprios moradores das proximidades que jogam os dejetos no local, “porque o caminhão de lixo não passa pelas ruas de dentro, só nas principais”.

O cruzamento das ruas Trairi e Desembargador Benício Filho também é um local escolhido pela população local para virar lixão. A aposentada Lízia Tavares, 68 anos, diz que são os carroceiros que jogam dejetos naquele cruzamento. Sua casa fica a poucos metros do lixão e ela se incomoda principalmente com a infestação de insetos. “Dá todo tipo de mosquito, moscas, baratas e ratos”.

Na Rua Guanabara, onde os moradores deveriam apreciar a bela paisagem da Praia do Meio por entre os hotéis, acabam tendo de conviver com lixões em alguns pontos. A comerciante Ana Maria, 40 anos, cujo estabelecimento é em frente a um desses locais, diz que “a culpa é nossa por termos os gestores públicos que escolhemos. Os carros de coleta não passam há quase 15 dias e fica o lixo aí, se acumulando cada vez mais. É o próprio povo daqui quem joga”.

Márcio Ataliba, da Urbana, diz que é equivocada a informação de que a coleta está irregular há 15 dias. “O que aconteceu foi que a empresa Líder, que faz o recolhimento do lixo no bairro, teve um problema interno nesta semana e ficou sem enviar os caminhões de segunda à quarta-feira. Mas nós cobramos o retorno e tudo foi regularizado. Se fossem 15 dias sem coleta em Mãe Luiza, a cidade inteira estaria submersa, pois o volume de dejetos é tão grande que ali é o único bairro em Natal que tem duas coletas por dia”.

Clique aqui para ver a publicação original