Coluna do Barbosa

Carlos Alberto Barbosa é jornalista, natural de Natal (RN), formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 1984. É ainda autor do blogdobarbosa e assina uma coluna no portal Nominuto.com​

Se querem tirar o PT do poder que tirem no voto e não no golpe

18 de março de 2016

Reeleita democraticamente presidenta da República, Dilma Ruosseff, com 54.501.118 votos, contra 51.041.155 votos de Aécio Neves, o que representou  51,64%% dos votos válidos da petista contra 48,536% do tucano, o que pode levar o Partido dos Trabalhadores a chegar a 16 anos de poder no cargo máximo do país, acaso não haja um golpe como o que está sendo tramado há muito não visto na história política deste país. Um golpe judicializado tendo a frente um juiz de primeira instância que deliberadamente libera gravações sem, sequer, serem autorizadas pela Polícia Federal, como ocorreu na última quarta-feira, inclusive, com escutas envolvendo a própria presidenta e com o apoio de uma imprensa golpista.

A própria imprensa internacional como o New York Times em Editorial afirmou: “até o momento, as investigações não encontraram nenhuma evidência de ações ilegais de sua parte [de Dilma]. E enquanto ela é, sem dúvida, responsável por políticas  e erros que produziram problemas econômicos, não há nada que justifique o impeachment. Derrubar Dilma sem evidências concretas de corrupção causaria  sérios danos a democracia que vem ganhando força nos últimos 30 anos, sem nenhuma contrapartida”.

Hoje, as ruas se manifestaram contra o golpe. Os que lá estiveram representaram os mais de 50 milhões de brasileiros que votaram pela reeleição de Dilma Ruosseff. Tirar isso do povo é um duro golpe na democracia. Basta dizer que dos 65 membros da Comissão Especial que vai analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, 16 são alvos de investigação no Supremo Tribunal Federal. Que moral estes parlamentares têm para julgar uma presidenta que como bem disse o New York Times ” até o momento, as investigações não encontraram nenhuma evidência de ações ilegais de sua parte [de Dilma].

A judicialização da política chega a tanto que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, suspendeu na noite desta sexta-feira a nomeação de Lula como ministro do governo Dilma e devolveu as investigações sobre o petista para o juiz Sérgio Moro, o mesmo que vem bombardeando Lula com a liberação das interceptações telefônicas para a Globo escandalizar no Jornal Nacional.

Em carta aberta à Nação, Lula afirmou:

“Dos membros do Poder Judiciário espero, como todos os brasileiros, isenção e firmeza para distribuir a Justiça e garantir o cumprimento da lei e o respeito inarredável ao estado de direito”. “Creio também nos critérios da impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio que norteiam os magistrados incumbidos desta nobre missão.” 

Dapi dizer que se querem tirar o PT do poder que tirem pelo voto, e não com golpe.

A conferir!

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