Teatro Alberto Maranhão abre mais espaço para espetáculos potiguares

3 de junho de 2013

Notícia publicada no portal No Ar:

A velha casa de espetáculo não está mais sozinha na cidade. Tem agora a companhia de um teatro moderno, confortável, seguro e mais amplo, para abrigar espetáculos nacionais: o teatro Riachuelo. O Teatro Alberto Maranhão (TAM), com seus 109 anos de existência e 630 lugares, se tornou um equipamento teoricamente mais  ao alcance dos artistas natalenses.

O preço da pauta do TAM é hoje bem mais acessível a artistas e produtores: custa R$ 500 reais ou 10% do valor da bilheteria, bem abaixo dos R$ 8 mil reais que são cobrados antecipadamente para quem se apresenta no Riachuelo.

“Eu diria que o Alberto Maranhão está hoje mais para as artes cênicas e que o Riachuelo para os espetáculos musicais”, constata a diretora do TAM, Dione Caldas que assumiu a casa há quase três anos.  Em sua visão, a pauta do teatro centenário esta mais democratizada para quem trabalha na arte potiguar.

Com 630 lugares, Teatro Alberto Maranhão recebe hoje mais espetáculos locais. (Foto: Wellington Rocha)

Com 630 lugares, Teatro Alberto Maranhão recebe hoje mais espetáculos locais. (Foto: Wellington Rocha)

“Como existem estas duas opções para espetáculos maiores na cidade temos agora como oferecer espaço para produções que nunca tiveram a oportunidade de  trabalhar aqui”, avalia. Existem editais criados pela Secretaria de Cultura, específicos para que produções locais possam se apresentar no TAM.

“ Temos a pauta cheia até o final do ano, Deixo apenas algumas datas em abertas para estes editais e para as peças de teatro do Sul que se apresentam regulamente aqui”, informa a diretora.

Em sua estrutura, o TAM apresenta uma situação bem mais confortável do que em anos anteriores.  “ Só precisamos  de uma pintura urgente na área externa. De resto  temos  boa iluminação e som que forma obtidos graças a recursos da Funarte”, acrescenta a diretora.

Dione adianta que existe um projeto tocado pela Secretaria Estadual de Turismo destinado às reformas de equipamentos de cultura da cidade. “ Ainda não tenho maiores informações para sei que o projeto ira beneficiar os prédios do TAM, EDTAM e Capitania das Artes”.

Opiniões

Acostumado a produzir shows musicais na cidade, o produtor Nelson Rebouças é um dos que observam o TAM  ainda distante da arte local.

“Não vejo como uma grande conquista a sua ocupação pelos nossos artistas, pois são poucos ou quase nenhum, considerados prata da casa, da terra ou local, que sozinhos ocupariam quando no máximo 50% (342) da capacidade disponível, mesmo que cobrando uma entrada de R$ 15,00 ou até mesmo R$ 10,00. Não pela falta de talento, de qualidade e merecimento dos nossos, mas sim, pelo desprestigio ou mesmo desconhecimento do público das nossas qualidades, a não ser que exista sempre um convidado ouro para arrebanhar a plateia. Um exemplo disso é o extinto projeto Seis e Meia, no qual a quantificação maior de público era pra segunda sessão, exatamente a que vinha de outros estados.”

O produtor acha  que  seria bem melhor que o Governo do Estado se disponibilizasse a executar uma reformulação no TCP, que têm capacidade para 185 pessoas, incluindo sonorização e iluminação moderna r uma lanchonete  similar a que funciona no TAM.

“Talvez fosse o caminho mais produtivo e incentivador para com a classe em todos os segmentos. Mesmo assim, alguns ainda correriam o risco de se apresentarem para meia casa. Digo isso, porque lá realizei 36 edições do projeto Poticanto – Um Canto 100% Potiguar, e o maior público presente (156) foi quando Valéria Oliveira homenageou Romildo Soares, dois nomes potiguares no palco, e de graça”.

Para o músico Paulo Sarkis, o Alberto Maranhão é uma excelente alternativa para os artistas. “Embora seja antigo e tenha deficiências acústicas, falha que sempre observamos nos concertos acústicos como o da Orquestra Sinfônica, funciona muitíssimo bem para apresentações que não exijam grandes volumes sonoros. Não recomendo para shows mais dançantes ou de rock”.

Todavia, Sarkis acredita que será necessária uma intervenção do poder público  novos quesitos limpeza e iluminação pública, bem como na segurança. “Temos muitos relatos de abordagens de assaltantes naquele local.” Ele lança a ideia de transformar o  teatro num Centro Cultural que poderia também ser espaço para exposições de artes plásticas, fotografia e ainda ter café funcionando no local.

O poeta Carlos Gurgel acredita que o TAM e está sendo muito bem usado pelo poder público. “Depois do aparecimento do Riachuelo, o Alberto Maranhão” acolhe com muito mais frequência a produção dos potiguares. o que antes não acontecia. penso que essa nova configuração permite aos artistas da terra, obviamente, uma visibilidade muito maior. e isso é muito bom. ganha o teatro, os artistas e o público que essa convivência amadureça a consciência de todos que fazem parte da cena cultural do RN”.

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