Coluna do Barbosa

Carlos Alberto Barbosa é jornalista, natural de Natal (RN), formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 1984. É ainda autor do blogdobarbosa e assina uma coluna no portal Nominuto.com​

Traição em ato único

29 de março de 2016

Ulysses Guimarães deve está se tremendo no túmulo. Tancredo Neves dando socos nas paredes da tumba. Teotônio Vilela, urrando de raiva debaixo da lápide. O PMDB, outrora partido que bradou contra a ditadura, agora faz as vezes de traidor sob o comando do vice-presidente da República, Michel Temer, encabeçando um golpe anunciado.

Se ainda restava uma certa honradez ao PMDB agora não resta mais. Argumentos são muitos para o desembarque do governo, mas nenhum, absolutamente nenhum capaz de convencer. Não, caro leitor, o PMDB não agiu com lealdade ao abandonar a presidenta Dilma na hora em que ela mais precisava. Usou e abusou do governo com cargos em ministérios e estatais. Sugou até a última gota de sangue para abandonar o governo como que ratos que pulam do navio quando está naufragando.

O PMDB de Ulysses Guimarães que um dia lutou pela democracia no país e que um dia segurou a bandeira das Diretas Já, foi chacoalhado por golpistas que querem agora o impeachment da presidenta Dilma como se nestes 12 anos de governo tivessem sido oposição.

O PMDB trocou Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e Teotônio Vilela por Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Ou seja, o PMDB mudou da água para o vinho, lamentavelmente. O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, não participou da reunião que oficializou a ruptura com o governo sob o argumento de que não desejava “influenciar” a decisão. Cara de pau!

No entanto, ele teve participação ativa na mobilização pelo desembarque do partido e passou toda a segunda-feira (28) em reuniões com parlamentares e ministros do PMDB em busca de uma decisão “unânime”.

Maior partido da base aliada do governo Dilma Rousseff, o PMDB consolidou nesta terça-feira (29) o rompimento com a gestão petista e se alia agora à oposição para defender o impeachment da presidente. Ou melhor, o golpe.

Nas últimas semanas Temer se encontrou com lideranças da oposição, o que só aumentou rumores de que ele já está traçando com parlamentares do PSDB e do DEM a composição do futuro ministério.

Michel Temer, o Judas da República!

É por isso e outros motivos que a classe política está cada vez mais desacreditada.

Tenho Dito!

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