Coluna do Barbosa

Carlos Alberto Barbosa é jornalista, natural de Natal (RN), formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 1984. É ainda autor do blogdobarbosa e assina uma coluna no portal Nominuto.com​

Uísque, vinho, champanhe e um cheque-salário de R$ 160 mil na Dama de Espadas

22 de agosto de 2015

Uma fonte de credibilidade garante boas informações ao jornalista. A imprensa potiguar acompanha atentamente o desenrolar da Operação Dama de Espadas desencadeada na última quinta-feira (20) pelo Ministério Público e Polícia Militar do Rio Grande do Norte, que apura o desvio de R$ 5,5 milhões num esquema de corrupção na Assembleia Legislativa envolvendo, inclusive, sua procuradora, Rita das Mercês. No entanto, alguns detalhes da operação não se sabe. Ou melhor, não se sabia. Agora o leitor poderá ter conhecimento graças a uma fonte.

Você sabia que na sala onde despachava a procuradora-geral da Assembleia ela tinha a seu dispor e, claro, dos deputados, uísque, vinho e até champanhe? De certo para comemorar a quantidade de cheques-salário alí distribuídos. O leitor há de perguntar: e pode bebida alcoólica no trabalho e ainda mais numa repartição pública, caso de uma Assembleia Legislativa? Respondo: poder não pode não, mas triste do Poder que não pode.

Você sabia que foi encontrado nos documentos apreendidos pelo Ministério Público e Polícia Militar no gabinete da procuradora-geral da Assembleia um recibo no valor de R$ 2 mil só de estacionamento, “pagos” com direito a reembolso que sai do seu bolso?

Você sabia que foram encontrados, da mesma forma, em computadores da Procuradoria-geral da Assembleia, documentos que informam os nomes das pessoas com indicações de deputados para recebimento de cheque-salário?

E, pasmem, e acredite se quiser. Um dos cheques-salário tinha um valor de R$ 160 mil. Isso mesmo, R$ 160 mil.

Pois é caro leitor, nada como uma boa fonte para nos informar dos podres Poderes.

Assim como na Operação Gafanhoto, em que o ex-governador do Rio Grande do Norte, Fernando Freire, foi preso, o MP também sinaliza para o mesmo modus operandi na Dama de Espadas, ou seja, os cheques-salário continham no verso assinaturas falsas endossando o depósito. Em muitos casos as pessoas cujos nomes figuravam nos documentos sequer sabiam que eram beneficiários de gratificação de representação de gabinete ou então embora algumas soubessem e tenham recebido por um curto período, desconheciam que elas continuassem a ser pagas e desviadas por terceiros.

A conferir!

 

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