Cultura Livre

Magna Costa é apaixonada por pessoas, leitura, locais, história, música, triathlon, vida saudável, natureza, urbanidade e todos os aspectos que embalam a cultura dos povos, raças e nações sintonizando o passado e o presente. Cidadã Brasiliense residente na bela cidade de Natal.

Viver, Correr…,por fora, por dentro, afinando um movimento!

1 de setembro de 2015

Há não mais que treze anos atrás, nos percursos das minhas corridas, cruzava com pouquíssimas pessoas, mulheres então, era uma raridade.

Roupas descoladas? Não mesmo, era camiseta de propaganda de lojas e de política,  short (calção) meia soquete e tênis basiquinho…

De repente, há alguns anos atrás…, “BOOM” Corridas de Rua, e já tínhamos dois marcos de Corridas, a Maratona do Rio de Janeiro desde a década de 80 e a gloriosa São Silvestre desde 1925.

E hoje são milhares de corredores pelo mundo, dezenas de corredores que cruzo em meus treinos, o que por vezes, me faz  descordar empiricamente  com as recentes pesquisas de índice de obesidade e excesso de peso, as quais  o RN ainda se coloca em primeiro  lugar da Região Nordeste com o maior índice de pessoas obesas e sobrepeso  e a nível nacional em oitavo lugar em excesso de peso e em  décimo segundo lugar em obesidade.  E penso, com tantos corredores, mudanças de hábitos notáveis, durante os sete dias da semana o que se vê são pessoas caminhando e/ou correndo, como assim ainda somos detentores destes índices?

Modismo urbano? Em sendo ou não, não é apenas um tênis, uma roupa e um fone de ouvido. É muito, mas muito mais…

Tem que, ter uma alimentação saudável, através de um nutricionista, através de leituras na internet em sites confiáveis de saúde e bem estar ou ainda participando de programas de qualidade de vida, os quais dão ótimas  dicas de saúde, alimentação e prática de atividades físicas. É muito importante acompanhamentos médicos, nutricionais e esportivos, para nos tornamos corredores de rua mesmo que amadores, porém com bom desempenho e com saúde.

Tem que, gostar de correr, curtir este momento tão íntimo entre você e as asas da sua imaginação, e ao mesmo tempo tão coletivo, um  alivio dos estresses das relações cotidianas. Porque quando você corre, você entra um ser e sai outro muito melhor.

Tem que, ter  um motivo, e que você seja sempre seu maior motivo, foco em você, disciplina, coragem, força e destemor.

Tem que, ter interação com os corredores que cruzam seu caminho, um olhar, um sorriso, um gesto, um incentivo “vamos lá”,  “bora”, isso é muito importante. É gratificante demais quando nos cumprimentamos nas ruas da vida.

Tem que, ter educação. Oh! Educação? Sim, EDUCAÇÃO. Por muitas vezes o corredor, se desvia da famosa “corda de caranguejo-uçá” para o fluxo de carros, porque o paredão humano formado por três a quatro pessoas caminham e conversam, as vezes até param para “mímica” da conversa, sem literalmente se importar com os corredores do percurso, sem se incomodar com algumas faixas orientadoras como “exclusivo correr”. A invisibilidade humana é tanta, que o corredor ultrapassa este paredão, e ele não se desmancha. Espaços para corridas e caminhada é comum, é bem de todos, a educação se faz em olhar pro chão ou para o lado e saber qual é o seu “quadrado”, mesmo não havendo marcação, mas havendo educação é possível compartilhar o mesmo espaço entre runners e walkers.

Tem que, DESCANSAR, pois descansar também é treino. O corpo precisa do day-off.

É importante ler, que tal iniciar  com o livro Operação Portuga – Cinco Homens e um Recorde a Ser Batido, Vidas Corridas?.  Participar de Congressos on-line (pois o tempo é curto), a exemplo o CONAMARATONA (Congresso Nacional de Maratona), uma ferramenta que propiciou um aprendizado sem igual o qual acompanha todos os participantes até os dias de hoje, o CONARUN (1º Congresso On Line Nacional de Running) de 14 a 20 de setembro,  já estou ansiosa pra novos aprendizados, eventos gratuitos e que propiciam conhecimentos científicos e práticos sobre Corrida.

Há mais de oito anos adotei a rotina de correr, estou sempre com ‘Sansão’ (meu tênis) e em minha melhor companhia, eu mesmo. Esta é minha escolha para enfrentar a velhice  na minha melhor forma do meu corpo e mente, este é o meu projeto, nele encontra-se o melhor de mim. Choro, me emociono com meus resultados, eu me supero e me surpreendo a cada corrida.

“E a vida? E a Corrida, o que é, diga lá, meu irmão?” 

É alma, é espírito de liberdade, é um eu contigo e com os outros, é um quê de sedução e sofrimento, de elegância e humildade, de solidão e coletividade, é um contentamento vicioso, é uma euforia a flor das pernas, é emoção a flor do cansaço, é uma renúncia prazerosa aos prazeres do álcool e das noitadas dos fins de semana, porque amo correr aos sábados e domingos. Correr se basta, é alimento para minh’alma! Se vivo, corro!

Eu vivo e corro, caminho.

Tu caminhas, corres, vives?

Ele corre, vive e caminha.

Nós vivemos e caminhamos, corremos.

Vós caminhais, correis, viveis?

Eles correm e vivem e caminham!

 

Magna Costa

 

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