Agentes penitenciários do RN entram em greve

31 de maio de 2012

Os agentes penitenciários do Rio Grande do Norte entraram em greve nesta quinta-feira (31), como haviam adiantado ontem. A decisão de greve ocorreu após o diálogo com o Governo do Estado não ter avançado como previa a categoria. Na sexta-feira da semana passada, os agentes foram informados que o Executivo não teria condições de atender as reivindicações.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp/RN) está na ala do regime semi-aberto do Complexo Penal Doutor João Chaves, na zona Norte de Natal, organizando o movimento grevista na unidade. Segundo a agente Lindalva Campina, todas as cadeias públicas do Estado trabalham com 30% do pessoal, como previsto por lei. No caso do semi-aberto do Complexo João Chaves, este número corresponde a três homens, que também fazem a segurança na ala de regime aberto.

Todas as cadeias públicas do Estado trabalham com 30% do pessoal, como previsto por lei. (Foto: plantaoapodi.blogspot.com)

Mesmo hoje sendo dia de vistas nestas alas, Lindalva afirma que é provável que não seja permitida a entrada das pessoas nos pavilhões, devido ao número insuficiente de agentes em atividade. “Os agentes de plantão vai realizar seu serviço de hoje elegendo prioridades. A visita não é o mais importante a se fazer”, explicou.

Agentes penitenciários iniciam greve nesta quinta-feira (30.05.12)

Os agentes penitenciários do Rio Grande do Norte darão início nesta quinta-feira (31) a uma paralisação por tempo indeterminado. A decisão de greve ocorreu após o diálogo com o Governo do Estado não ter avançado como previa a categoria. Na sexta-feira da semana passada, os agentes foram informados que o Executivo não teria condições de atender as reivindicações. “Fomos comunicados que o Governo iria priorizar outros setores. Sinceramente, acho impossível algum mais precário que o Sistema Prisional”, opinou Vilma Batista, presidenta do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp/RN).

O clima nos presídios do Estado, que já é considerado tenso, pode se agravar com a diminuição do efetivo nas unidades. “Infelizmente não é o que a gente queria, mas não houve compromisso e a categoria votou pela paralisação por tempo indeterminado”, acrescentou Vilma. A presidenta do Sindasp esclareceu como funcionará a quantidade de efetivo durante o período da greve: “Não podemos deixar apenas os 30% do efetivo, mesmo que isso esteja previsto em lei, por uma questão de segurança. Os agentes se revezarão para que a porcentagem seja maior”. Visitas, inspeção em alimentos para presos e audiências podem ser suspensas.

A categoria reivindica melhores condições de trabalho, através de reformas nas estruturas físicas de unidades prisionais. Além disso, também reclama a nomeação de 55 agentes, já formados e prontos para reforçar o efetivo considerado deficitário, e um curso de formação para outros 500 aprovados em concurso. Para a guarda de mais de 7 mil presos em todo o Rio Grande do Norte, há pouco mais de 900 agentes. Também na pauta está o reajuste salarial. “Lutamos por um projeto de lei para que o nosso salário seja uma parcela única e não dependa de gratificações, semelhante a um subsídio. Queremos que o projeto tramite para que possa ser encaminhado para aprovação na Assembleia Legislativa”, afirmou Vilma.
Representantes do Sindasp foram convocados para uma reunião com o secretário interino da Sejuc, Aldair da Rocha, para tentar encontrar um caminho de solução. Até o final da manhã desta quarta-feira, ainda não havia alteração quanto à decisão de greve.

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