O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (Sintracon/RN) protocolou ontem pedido ao Tribunal de Justiça de audiência em caráter de urgência para dirimir o movimento grevista dos operários da Arena das Dunas, estádio de Natal para a Copa do Mundo de 2014. O sindicato quer a intermediação da Justiça devido à resistência dos trabalhadores da obra que se recusam a cumprir com a liminar expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho enquanto as reivindicações não forem atendidas. “Diante do comportamento dos trabalhadores e na condição de entidade laboral, continuamos no apoio aos trabalhadores, mas saímos do canteiro de obras e pedimos a mediação da Justiça para resolver o impasse”, disse o presidente Assis Pacheco.
Com a continuidade do movimento, cresce a preocupação de que o impasse traga mais atrasos à construção da Arena das Dunas que deveria ser entregue à Fifa em junho de 2014, um mês antes do mundial. Para o representante do Sindicato dos Trabalhadores a decisão de continuar com a greve é dos próprios operários, não é do sindicato. A categoria espera uma resposta da Empresa OAS sobre a reivindicação de aumento de salários e readmissão de dez trabalhadores demitidos recentemente. Eles também querem que a construtora disponibilize alojamento para os operários que residem no interior. “Não é só por causa de quem foi demitido é também pelo abono salarial que foi garantido apenas este mês “, destacou.
A reportagem entrou em contato com a OAS, empresa responsável pela construção da Arena das Dunas, que por meio da assessoria respondeu que ainda não tinha uma posição, pois o assunto foi encaminhado para o setor jurídico. A greve foi decretada no dia 2 de abril por conta da demisão de 12 operários da obra. Apesar de não estarem trabalhando, os operários permanecem no canteiro de obras, onde estão cumprindo horário de braços cruzados e batendo o ponto. Segundo o presidente do sindicato, fala-se até em pedido coletivo de demissão se a empresa não der uma resposta sobre as reivindicações até o dia 16, conforme foi acordado no Ministério do Trabalho. Os operários reclamam que seus salários são inferiores às remunerações de outros estádios da Copa do Mundo.
O abono concedido pela empresa no mês de março proporcionou um aumento de cerca de 20% com o operário saindo de R$ 827 para 1.002,00, enquanto o ajudante teve a remuneração aumentada de R$ 675 para R$ 830. A expectativa é de que esse aumento se confirme para este mês.
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