Notícia publicada no caderno de Política da Tribuna do Norte:
O Ministério Público Estadual (MPE), através da 60ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal, instaurou um Inquérito Civil Público para apurar possíveis irregularidades nos gastos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte. Como primeira providência, o Ministério Público requer que o presidente da Assembleia, deputado Ricardo Motta, envie cópias à Procuradoria Geral de Justiça dos processos de pagamento referentes às despesas com verbas alimentares.
A portaria que avisa sobre a abertura do inquérito foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Estado (DOE). A peça é assinada pelo promotor de defesa do Patrimônio Público, Afonso de Ligório, e tem como fundamento legal as leis 8.429/92 sobre atos de improbidade administrativa que importam enriquecimento ilícito e 8.666/93 licitações e contratos administrativos.
Os gastos com o pagamento de auxílio-alimentação aumentaram 846%, no período de três anos, na Assembleia Legislativa. A informação consta do portal da Transparência do Legislativo. No primeiro trimestre de 2011, a Assembléia estadual pagou R$ 345.424,20 como ajuda de custo para alimentação aos servidores da Casa. No mesmo período do ano passado, o valor subiu para R$ 388.771,86. Este ano, houve um acréscimo significativo. Entre janeiro e março, foram pagos R$ 3.269.771,03.
Os dados integram o único item que se aproxima do objeto de investigação do MP, mas a relação não foi confirmada pelo promotor. A assessoria de imprensa da AL explicou que o aumento dos gastos com ajuda para alimentação é conseqüência da reforma administrativa realizada ano passado. Segundo a assessoria, o benefício de auxílio-alimentação era restrito, até 2012, aos funcionários efetivos da Casa. Com a reforma, o benefício foi estendido a todos os funcionários. Por isso, esse aumento nos números, informou Rubens Lemos Filho, diretor de comunicação.
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