Notícia publicada no blog Economia do RN por Aldemir Freire:

No dia do trabalho uma das perguntas que se impõe a todos é: tem os trabalhadores do Rio Grande do Norte algo a comemorar?

Para responder a essa pergunta eu fui procurar os dados de formalização e rendimento dos trabalhadores potiguares na última década. A única fonte de informações disponíveis são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, cuja última publicação contém os dados de 2011. Aliás abro um parênteses aqui apenas para informar que já fui o coordenador dessa pesquisa no estado.

Comparei a situação dos trabalhadores do RN em 2001 e 2011 em dois indicadores: nível de formalização dos empregados e rendimento médio real (ou seja, já descontada a inflação do período).

Podemos verificar que nos 10 anos analisados a formalização no mercado de trabalho local foi crescente. Em 2001 38% das pessoas empregadas no Rio Grande do Norte possuíam carteira assinada, 19,9% eram servidores públicos estatutários ou militares e 42,1% eram empregados sem carteira assinada. Em 2011 os empregados sem carteira assinada haviam recuado para 33,6% e aqueles com carteira assinada subido para 49,3%. Portanto, foi uma década de crescente formalização do emprego local.

Foto; Economia do RN

Nesse período o rendimento médio real das pessoas ocupadas no estado saltou de R$ 633 em 2001 para R$ 930 em 2011. Um crescimento real de 45% na década. Esse crescimento foi maior que o registrado para a região Nordeste e praticamente o dobro do registrado pelo Brasil.

Podemos afirmar, portanto, que o trabalhador potiguar tem sim o que comemorar nesse dia do trabalho. Mais empregos, maior formalização e melhores salários são seus motivos.

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