Bancários do RN encerram greve nos bancos privados após 23 dias

14 de outubro de 2013

Notícia publicada no portal G1 RN:

Os bancários do Rio Grande do Norte decidiram encerrar a greve nos bancos privados, que voltam a funcionar normalmente na próxima segunda-feira (14). Nos bancos públicos a paralisação continua. A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Bancários do estado realizada nesta sexta-feira (11), dia em que a greve completou 23 dias.

O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) chegaram a um acordo na madrugada desta sexta para encerrar a greve da categoria, porém o fim da paralisação nos estados depende da aprovação dos bancários nas assembleias de cada federação. Os principais pontos do acordo, segundo a Contraf-CUT, são 8% de reajuste (1,82% de aumento real); 8,5% (2,29%) de reajuste para o piso da categoria, e compensação pelos dias parados pela greve de até uma hora por dia (entre segunda e sexta-feira) até o dia 15 de dezembro.

Foto: ne10.uol.com.br

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No RN, a coordenadora geral do Sindicato dos Bancários do estado, Marta Turra, explica que mesmo com a orientação do Comando Nacional, a decisão foi de manter a greve nos bancos públicos. “Os motivos para a continuação são questões específicas, como o pagamento integral de horas extras, o pagamento dos dias da greve e a contratação de mais servidores para atuar nos bancos públicos. Não tivemos garantias em relação a isso”, afirma.

Os bancários avaliaram a proposta apresentada de 8% de reajuste e 8,5% sobre o piso como insuficiente. De acordo com o sindicato, a proposta não é acrescida de avanços nas demais cláusulas sociais, isonomia, melhoria de condição de trabalho, entre outras reivindicações. Os bancários devem se reunir novamente na segunda-feira (14) para avaliar a continuidade do movimento.

Em busca de acordo

O presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, disse que avaliou como positiva a proposta patronal e orientou os sindicatos da categoria a aceitarem o acordo, encerrando a greve em todo o país.

A reunião entre o comando e os representantes dos bancos começou pela manhã, mas as negociações se arrastaram até por volta de 2h30 porque a Fenaban propunha a compensação dos dias parados em 180 dias, enquanto os representantes dos trabalhadores pediam a anistia do período.

“A culpa da greve é dos bancos. Não aceitamos que sejamos responsabilizados pelos dias parados”, disse Ademir Wiederker, diretor de imprensa da Contraf-CUT.

Balanço divulgado na véspera pela Contraf-CUT informava que a greve dos bancários deixou 56,4% das agências do país fechadas na quarta-feira (9).

Os bancários em greve haviam rejeitado, na segunda (7), uma proposta de reajuste de 7,1% oferecida pela Fenaban.

Na terça, a Contraf-CUT diz ter enviado ofício do comando nacional de greve à Fenaban comunicando que as decisões das assembleias de segunda-feira em todo o país “rejeitaram a proposta insuficiente” apresentada na sexta, que eleva de 6,1% para 7,1% (o que representa apenas 0,97% de ganho real).

Proposta

A proposta dos bancos, de elevar de 6,1% para 7,1% foi apresentada na sexta (4) pela Fenaban. A proposta incluia ainda aumento de 7,5% no piso da categoria e elevação de 10% nos valores fixos da PLR (participação nos lucros e resultados).

“A Fenaban lamenta os transtornos causados pela paralisação e ressalta que está empenhando todos os esforços necessários para chegar a um acordo”, afirmou a federação na segunda.

A paralisação dos bancários já afeta a captação de crédito no país, segundo a Contraf-CUT, que cita o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. De acordo com o levantamento, o número de pessoas em busca de crédito diminuiu 9,8%, em setembro, comparado a agosto.

Os bancários inciaram a greve pedindo reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Eles buscavam, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários.

A Fenaban afirma que o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos 7 anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%.

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Bancos públicos do RN abrem na terça-feira

Tribuna do Norte:

Responsável pelo pagamento de benefícios como Bolsa Família, Auxílio-Desemprego, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), prêmios das loterias, além de análise dos dossiês das famílias de baixa renda sorteadas com imóveis do Minha Casa Minha Vida, a Caixa Econômica Federal chegará segunda-feira ao 26º dia de greve em alguns Estados brasileiros.

Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) mostra que a greve dos funcionários da Caixa, iniciada no final de setembro, ainda perdura sete estados: Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Paraíba, Sergipe e Alagoas. Sindicatos ligados a Conlutas acrescentaram mais alguns: Maranhão, Santa Catarina, Mato Grosso e Pará.

O levantamento mostra ainda que a greve é geral em dois bancos  cujo foco de atuação é direcionado ao desenvolvimento regional: o Banco do Nordeste (BNB) e Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul).

No Rio Grande do Norte, os bancários da rede privada decidiram, na assembleia de sexta-feira à noite (11), acatar a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e voltam ao trabalho amanhã (14). Já os bancários do Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco do Nordeste realizam assembleia no final da tarde da segunda-feira para decidir o futuro do movimento.

A tendência é que voltem ao trabalho na terça-feira, dia 15, uma vez que o impasse sobre as reivindicações salariais foi solucionado e a proposta dos patrões aceitas pela categoria. Nas redes sociais, uma pergunta vem sendo feita desde o final da noite da última sexta-feira, quando foram encerradas as assembleias dos bancários de norte a sul do País:  “Por que os bancários da rede pública não seguiram o caminho dos trabalhadores da rede privada e mantiveram a greve?”

Segundo Marta Turra, coordenadora geral do Sindicato dos Bancários do RN, questões específicas, como o pagamento integral de horas extras e dos dias parados, além da contratação de mais servidores para atuar nos bancos públicos, foram os motivos. “Não tivemos garantias em relação a isso.”

À TN Online, ela previu que a greve será encerrada amanhã e que Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste abrirão normalmente na terça-feira. “Nossa luta pela ampliação do quadro de pessoal nos bancos públicos vai continuar em outras frentes. O Banco do Brasil já acenou com a contratação de 3 mil trabalhadores, o que achamos muito pouco para atender às demandas. No caso da Caixa Econômica, nem isso. Temos consciência de que o grande problema dos bancos públicos, hoje, é a falta de pessoal. Se nos dessem a opção, trocaríamos o reajuste salarial pela contratação de mais pessoal para atender ao público”, disse Turra, que é funcionária da Caixa Econômica.

Depósitos

Desde a semana passada, os clientes dos bancos em greve vêm reclamando das dificuldades para fazer depósitos em cheque ou dinheiro nas agências da Caixa Econômica e do Banco do Brasil em Natal. Além da falta de envelopes, eles dizem que foram desativadas as opções “depósito” e “pagamento em dinheiro”  nas máquinas de autoatendimento
Dono de um pequeno comércio de confecções  – fardamentos para microempresas -, Daniel Gurgel é um dos prejudicados. Ele recebeu um cheque de um cliente na quarta-feira da semana passada e até ontem (sábado) tentava depositá-lo numa conta que mantém na CEF. Já perambulou por agências na Cidade Alta, Ribeira, Petrópolis e Parnamirim, mas em todas elas não há opção de depósito.

O Procon já aplicou multas nos bancos, mas o problema não foi resolvido. Na manhã deste domingo, a TN Online  visitou algumas agências. A opção nos caixas eletrônicos permanecia desativada. “No Banco do Brasil, 222 funcionários não aderiram à greve. Se o banco quisesse, teria como manter esse serviço, mas as prioridades deles são outras”, disse Marta Turra.

Proposta da Fenaban
Reajuste: 8,0% (1,82% de aumento real)

Pisos
Reajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%)

Piso de portaria após 90 dias
R$ 1.148,97

Piso de escriturário após 90 dias
R$ 1.648,12

Piso de caixa após 90 dias
R$ 2.229,05 (que inclui R$ 394,42 de gratificação de caixa e R$ 186,51 de outras verbas de caixa)

PLR regra básica

90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49

LR parcela adicional

Aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).

Auxílio-refeição
De R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia

Cesta-alimentação
De R$ 367,92 para R$ 397,36

13ª cesta-alimentação
De R$ 367,92 para R$ 397,36

Auxílio-creche/babá
De R$ 306,21 para R$ 330,71 (para filhos até 71 meses) e de R$ 261,95 para R$ 282,91(para filhos até 83 meses)

Novidades

Abono-assiduidade
1 dia de folga remunerada por ano

Vale-cultura

R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos

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