Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Bancos de Leite materno estão com estoques em baixa no RN

15 de janeiro de 2013

Notícia publicada no caderno Cidades do Jornal de Hoje:

Os estoques de Banco de Leite no Rio Grande do Norte continuam em baixa. Os bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber os benefícios do leite materno a partir da doação, mas a prática não vem sendo realizada como esperado. O serviço que atende às crianças prematuras ou hospitalizadas está em déficit e, por isso, os Bancos fazem um apelo às mães que tem excesso de leite para a doação.

Banco de Leite da Januário Cicco precisaria de 15 litros por dia, mas só tem tido 5. (Foto: José Aldenir)

Banco de Leite da Januário Cicco precisaria de 15 litros por dia, mas só tem tido 5. (Foto: José Aldenir)

Segundo a coordenadora responsável pelo maior banco de leite do Estado, o da Maternidade Escola Januário Cicco, seriam necessários cerca de 15 litros de leite por dia. “Só para atender os bebês locados na Maternidade, aproximadamente 35 crianças, seriam necessários seis litros diários. Mas hoje temos disponíveis apenas cinco. Diante disso, nós estamos priorizando os bebês que estão na UTI. Para suprir o quadro, infelizmente temos que recorrer ao leite artificial”, disse Ana Célia Pristo.

O banco de leite da Maternidade é responsável por abastecer todos os hospitais do Estado, com exceção do Hospital da Polícia Militar e do Hospital Santa Catarina, que dispõem de Banco de Leite próprio, além da rede privada. Uma situação que agrava o abastecimento do banco é que o carro que faz a coleta das doações é do Corpo dos Bombeiros, que trabalham em parceria com a Maternidade, mas que no momento está em péssimas condições.

“Já solicitamos ao secretário de Saúde e ao Corpo de Bombeiros novas unidades para ajudar nesse problema, e eles disseram que estariam resolvendo isso. Enquanto os veículos não cumprem a rota normalmente, estaremos com o sistema prejudicado. Nesta segunda-feira, por exemplo, só teremos rota à tarde, pois o carro está fazendo a coleta para outros bancos”, disse Ana Célia.

Esse período de começo de ano é um dos mais difíceis para conseguir novas doadoras para os bancos. Ana Célia Pristo ressalta que neste ano em especial, já que o Carnaval será realizado no começo de fevereiro, a situação mais crítica deve se estabelecer até o final do mês. “O período de maior dificuldade é esse que se estabelece entre o recesso natalino até o final de fevereiro, pois muitas pessoas não estão em suas casas. Aliado a isso, o problema com os veículos vem a agravar a situação”, afirmou.

A coordenadora conta também que, além do problema com os veículos, a falta de vidros para condicionar o leite também preocupa. “Estávamos comprando os recipientes de uma sucata em Felipe Camarão, mas até lá está em falta. As pessoas podem ajudar doando vidros de café solúvel ou de maionese, todos com tampas plásticas. Mas isso também está difícil de conseguir”, disse.

O Estado possui atualmente seis bancos, três deles em Natal, um em Parnamirim e os outros dois nos municípios de Mossoró e Caicó. A situação dos demais bancos de leite da capital não é tão diferente. Os bancos dos Hospitais José Pedro Bezerra (Santa Catarina) e Coronel Pedro Germano (Polícia Militar) também estão trabalhando no limite. Além da distribuição para os bebês, os bancos são responsáveis pelo processamento e armazenamento do alimento.

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