Campanha Novembro Azul realiza mais de 400 atendimentos em hospital universitário de Natal

13 de novembro de 2014

do riograndedonorte.net:

Desde 2003, o mês de novembro é dedicado às doenças da próstata. O Novembro Azul teve início na Austrália, quando pesquisadores e médicos decidiram combater mais intensamente as doenças masculinas. Este ano, o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) participa da campanha pela primeira vez de forma ativa e sistemática.

Os atendimentos do Novembro Azul estão sendo realizados de 3 a 14 de novembro. Por dia, cerca de 40 pacientes são atendidos por urologistas e estudantes de medicina no ambulatório do Hospital, realizando toque retal, exames de sangue para verificação de glicose, colesterol, glicemia, creatinina e o chamado PSA (Prostate Specific Antigen), sigla em inglês para Antigénio Específico da Próstata.

“O Hospital dobrou a quantidade de biópsias realizadas para atender todos os pacientes que vieram ao ambulatório e precisaram fazer o diagnóstico”, explica o urologista e professor do Departamento de Medicina Integrada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Paulo José de Medeiros, que, também, é coordenador da campanha no Hospital Universitário.

Hospital Universitário Onofre Lopes participa da campanha pela primeira vez. (Foto: Anastácia Vaz)

Hospital Universitário Onofre Lopes participa da campanha pela primeira vez. (Foto: Anastácia Vaz)

O intuito da ação é atender homens que, de preferência, nunca fizeram exames da próstata e que tenham entre 50 e 75 anos de idade. As consultas são feitas de forma detalhada, com conversa a respeito de possíveis sintomas e hábitos de vida, bem como encaminhamentos para exames.

Durante a campanha, foi criada uma ação de extensão junto à UFRN para que os atendimentos acontecessem de forma organizada e sem filas de espera, contando com agendamento das consultas por telefone. “Inicialmente oferecemos 20 vagas por dia. No primeiro dia de marcação, todas as vagas foram preenchidas”, afirma Paulo Medeiros.

Devido à demanda, o Hospital dobrou a quantidade de vagas disponibilizadas passando a atender 40 pacientes por dia. As vagas foram preenchidas na mesma semana que foram ofertadas e muitos pacientes compareceram ao ambulatório para tentar um encaixe. “Sempre aparecia alguém querendo atendimento. Geralmente, conseguimos encaixar os pacientes”, diz o urologista.

Para o professor Paulo Medeiros, a alta demanda reflete uma necessidade da população pelo atendimento especializado que, hoje, é deficiente na rede pública de saúde. “A população não encontra esse serviço gratuitamente de forma fácil. Atendemos pacientes que estavam na fila de espera por uma consulta ou até mesmo cirurgia, há vários meses”, afirma.

Após a análise dos exames, a equipe de urologia entrará em contato com os pacientes por telefone ou carta para informar os resultados. Dessa forma, pacientes que moram no interior, por exemplo, não precisam retornar ao hospital para receber os testes.

Cerca de 40 pacientes são atendidos por urologistas e estudantes de medicina no ambulatório do Hospital. (Foto: Anastácia Vaz)

Cerca de 40 pacientes são atendidos por urologistas e estudantes de medicina no ambulatório do Hospital. (Foto: Anastácia Vaz)

A campanha Novembro Azul do HUOL termina nesta sexta-feira, 14, mas os atendimentos no ambulatório de urologia continuam. Os interessados devem marcar consultas nos postos de saúde dos municípios para serem encaminhados ao Hospital. Mais informações pelo telefone (84)33425004.

Pesquisa

Em parceria com o ambulatório de urologia e aproveitando a campanha Novembro Azul, a médica homeopata e farmaceutica Regina Carmen Esposito, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos da UFRN prospecta voluntários aptos para o desenvolvimento de sua pesquisa.

O projeto consiste em desenvolver e estudar as ações de drogas homeopáticas para tratamento de doenças na próstata, inclusive câncer. Segundo, o professor Paulo Medeiros, foram realizados testes em animais e a droga desenvolvida foi capaz de regredir o tamanho de suas próstatas.

Segundo a pesquisadora Regina Esposito, os testes em voluntários humanos serão feitos em pacientes que possuem Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), uma vez que essa doença causa o aumento da próstata de forma benigna. “Não é ético fazermos esse teste em pacientes com câncer, pois não posso dar placebo a eles, por isso a escolha por pacientes com HPB”, explica.

Pacientes com HPB que nunca realizaram nenhum tratamento para a doença serão estudados durante seis meses, sendo administradas doses de drogas homeopáticas e placebo para obtenção de parâmetros de avaliação por meio de sintomas e exames.

com informações da Agecom UFRN

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