Hospital Universitário se torna referência no tratamento de esclerose lateral amiotrófica

24 de setembro de 2014

Saiu no Novo Jornal:

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O nome ainda é pouco conhecido, embora nos últimos meses tenha sido bastante divulgado em campanhas de conscientização, principalmente nas mídias sociais. Apesar de só recentemente ter havido essa maior amplitude no assunto, desde 2007, um grupo multidisciplinar do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) trabalha na atenção aos pacientes que têm essa doença, prestando cuidados médicos e informações às famílias.

O Ambulatório Multidisciplinar de Assistência aos Pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica surgiu há sete anos, capitaneado pelo professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e neurologista Mário Emílio Dourado. Desde quando foi iniciado, o ambulatório já tratou de 145 pacientes, a maioria do Rio Grande do Norte, mas também recebendo pessoas da Paraíba, Rondônia, Manaus e Piauí, tornando-se, em um período relativamente curto, um hospital de referência no Brasil nesse tipo de tratamento.

A equipe hoje conta com 13 profissionais, incluindo fisioterapeutas, neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, pneumologistas, entre outros. São atendidos hoje 60 pacientes. A psicóloga e coordenadora administrativa do ambulatório, Glauciane Santana, ressalta a importância do trabalho realizado no Onofre Lopes, informando que um paciente que recebe os devidos cuidados aumenta de três a cinco anos a sua sobrevida.

“Um paciente que está em uma situação grave precisa colocar uma sonda para se alimentar, precisa colocar um parelho para respirar, uma traqueostomia. Se ele não recebe uma orientação correta no tempo certo de colocar, infelizmente irá a óbito mais rápido”, explica.Até hoje a medicina ainda não descobriu a cura nem a causa exata da doença. Existem estudos em diversos países que apontam para alterações em alguns genes específicos do corpo humano. “Se você tiver tendência a ter vitiligo, você tem uma informação sobre isso no seu gene e uma hora vai disparar”, exemplifica a coordenadora.

Foto: www.sistemas.ufrn.br

Foto: www.sistemas.ufrn.br

 

 

A partir desses estudos, existe uma tendência de se designar a esclerose como uma síndrome do neurônio motor. Esses neurônios saem do tronco cerebral e inervam pelo corpo, exercendo a função de enviar informações aos membros, como se fossem cabos elétricos. Eles permitem, desse modo, a contração dos músculos voluntários, como os da face, boca, garganta e língua.

Dos vários tipos de neurônios existentes no corpo há uns específicos que inervam nos músculos e permitem suas contrações. Na esclerose lateral amiotrófica, são esses neurônios que são afetados. Como os músculos passam a não mais receber estímulos nervosos, eles acabam atrofiando; é quando os pacientes começam a perceber os primeiros sintomas.“Com a doença, esses neurônios vão se degenerando aos poucos e chega uma hora que, quando os indivíduos percebem, eles não podem mais abrir uma garrafa, segurar a escova de dente”, comenta Glauciane.

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