Candidatos à prefeitura de Natal são sabatinados em evento

14 de agosto de 2012

Deu na editoria eleições da Tribuna do Norte:

Os principais problemas da cidade, os desafios da próxima gestão e as propostas para enfrentar as dificuldades que criam barreiras ao desenvolvimento do município foram os principais assuntos da sabatina promovida pelo projeto Motores do Desenvolvimento do RN  com quatro candidatos que disputam a Prefeitura de Natal: Fernando Mineiro (PT), Hermano Morais (PMDB), Rogério Marinho (PSDB) e Carlos Eduardo (PDT). Por quase quatro horas, eles abordaram e responderam a perguntas sobre Educação, Saúde, Mobilidade Urbana, Turismo, Gestão Pública e Gestão Ambiental.

Candidatos respondem sobre saúde, educação, mobilidade urbana, turismo, gestão pública e ambiental. (Foto: Rodrigo Sena)

Foram quase quatro horas durante as quais os candidatos fizeram uma explanação inicial e trataram de questões formuladas pela Federação das Indústrias do RN (Fiern), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) e da Universidade Federal do RN (UFRN).

“Os candidatos tiveram a oportunidade de tratar das questões levantadas pelo empresários e pela UFRN. Essas instituições cumpriram, assim, o papel no que diz respeito à promoção de uma discussão qualificada”, afirmou o presidente da Fiern, Amaro Sales.

O presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz, destacou que além da chance de apresentarem suas propostas e programas de governo, os candidatos que participaram da sabatina tiveram, com as perguntas que foram elaboradas, uma síntese das preocupações dos empresários de diferentes setores a respeito dos problemas da cidade.

Na avaliação que fizeram da sabatina, os presidentes da Fiern e da Fecomércio destacaram que uma parte significativa das questões que foram abordadas pelos quatro participantes envolveram os preparativos para a cidade receber os jogos da Copa do Mundo de 2014.

A reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz, afirmou que os candidatos conseguiram mostrar o que pensam sobre cada um dos assuntos propostos durante a sabatina. “As nossas expectativas foram plenamente atendidas. Foi um evento muito bem organizado, no qual os candidatos puderem se posicionar sobre todas as questões que envolvem as problemáticas da cidade. São propostas de pessoas que conhecem Natal e mostraram que têm soluções”, observou. Ângela Paiva acrescentou que a expectativa agora é que o eleito “tenha fôlego, recursos financeiros, postura ética e transparência na implementação das propostas que apresentou”.

Pela ordem definida por sorteio, foram ouvidos o candidato Fernando Mineiro (PT), Hermano Morais (PMDB), Rogério Marinho (PSDB) e Carlos Eduardo (PDT). Inicialmente, eles fizeram uma apresentação inicial e, logo em seguida, responderam seis perguntas elaboradas pelas instituições que integram a parceria do Motores do Desenvolvimento.

A sabatina, realizada na manhã de ontem no auditório do CTGAS-ER, foi uma edição especial do projeto “Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte”. O “Motores do Desenvolvimento” realiza uma série de discussões e eventos sobre temas relevantes para o crescimento do RN. Trata-se de um projeto executado em parceria pela TRIBUNA DO NORTE, Sistema Fiern, Tribuna do Norte, Fecomércio, UFRN e RG Salamanca Capital.

Para definir os candidatos a prefeito convidados à sabatina foram observados os índices das mais recentes pesquisas eleitorais registradas na Justiça Eleitoral. São os mesmos critérios adotados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao promover debates nos períodos de campanha eleitoral. A sabatina não teve transmissão por meios audiovisuais e foi restrita a convidados.

O formado do evento foi definido em reuniões com a presença de representantes das coligações e partidos. As perguntas sobre saúde e educação foram elaboradas pela UFRN, as sobre mobilidade urbana e turismo pela Fecomércio,  e as sobre gestão publica e ambiental sobre a Fiern.

Mineiro defende gestão integrada com vizinhos

O deputado Fernando Mineiro foi o primeiro a responder as perguntas dos empresários e da UFRN, de acordo com o sorteio feito. (Foto: Rodrigo Sena)

O candidato do PT à Prefeitura do Natal, Fernando Mineiro, é um dos parlamentares mais conhecidos do Rio Grande do Norte. Tanto como vereador quanto como deputado, Mineiro acumula experiência de mais de 20 anos em cargos eletivos. Porém, nunca conseguiu uma vitória em disputa majoritária. Caso consiga vencer a eleição para a Prefeitura do Natal, o petista tem em mente o que ele considera como o principal papel do chefe do Executivo da capital potiguar: lideranças nas grandes discussões.

Participando da sabatina pouco após os discursos de abertura do presidente da Fiern, Amaro Sales, da Fecomércio, Marcelo Queiroz, e da reitora da UFRN, Ângela Paiva,  Mineiro concordou com os que cobram uma maior atenção por parte dos gestores sobre as ações voltadas à Região Metropolitana. Para o candidato, os problemas que assolam a área circunvizinha à capital refletem diretamente no cotidiano de Natal. O parlamentar entende que, por ser a principal cidade do Estado, a capital tem uma responsabilidade maior sobre as ações voltadas ao desenvolvimento da região. “Não existe nenhuma solução para Natal, principalmente devido aos seus gargalos, se não tivermos um olhar metropolitano. E o prefeito tem que ser proativo, buscar a liderança sobre as principais discussões”, disse Mineiro.

Um exemplo dado pelo parlamentar sobre a necessidade de que o prefeito comande as discussões de interesse da cidade foi a questão da Via Costeira, onde há impasse com relação às construções e obras na área. Fernando Mineiro acredita que, por ser um problema que afeta diretamente a economia da cidade e a vida dos cidadãos, é importante que o prefeito participe diretamente do debate sobre a questão. “É em uma questão como essa que o gestor tem que sentar, chamar para a discussão e buscar um entendimento. Se ficar esperando que cada um decida, todos só olharão suas próprias razões, o que mais atende seus interesses, e não haverá um meio termo”, analisou o deputado.

Além da suposta falta de liderança nos debates mais importantes para a cidade, Mineiro também criticou a forma como a cidade é gerida. Ele acredita que Natal poderia estar seguindo o rumo de desenvolvimento do país, mas que estaria “na contramão” do atual momento econômico brasileiro. Na opinião do candidato, a classe empresarial também tem o dever de contribuir para a melhoria da cidade, principalmente contribuindo nas discussões acerca de temas importantes. “Temos (candidato e empresários) afinidades nos diagnósticos , nas necessidades que a nossa cidade tem. Natal pode ser muito diferente, é possível administrá-la de outra maneira, mas isso depende também dos posicionamentos dos senhores e das senhoras”, explicou.

Apesar de concordar que é necessário redirecionar de maneira adequada os recursos da cidade, Mineiro também aproveitou para alfinetar os candidatos que defendem a redução dos cargos comissionados do Poder Público. Para o candidato, é preciso que o gestor valorize os servidores públicos, inclusive os comissionados, e que trabalhe para que o serviço oferecido à população seja melhor. “Não vamos jogar culpa nos servidores. Há muitos dedicados e que fazem um grande trabalho, o que não pode ser feito é politicagem com a distribuição de cargos, e isso não vai acontecer”, garantiu Mineiro, afirmando ainda que tem condições de coordenar a equipe que poderá mudar a forma de se administrar Natal. “Tenho o compromisso para coordenar essa equipe e levar Natal a outro patamar. Temos a experiência necessária e um link com o Governo Federal para conseguir viabilizar as mudanças que Natal precisa e, caso eleito, conseguiremos implementar”.

Mineiro não precisou esperar

O candidato petista foi o primeiro a ser sabatinado e por isso teve os “momentos de bastidores” a espera que os adversários terminassem de falar no auditório do CTGás. Logo após a participação, Mineiro ficou alguns momentos no hall do auditóiro, lanchando e conversando com assessores e repórteres. Para ele, o fato do PT não ter formado aliança para a eleição majoritária em Natal não é problema.

O candidato, ao contrário, disparou contra os candidatos que formaram vastas coligações para a disputa eleitoral. Apesar de não citar nomes, Mineiro afirmou que os compromissos firmados na eleição tendem a ser desfeitos.

Depois de criticar a suposta politicagem que direciona indicações a cargos na administração pública, Mineiro disse que chegou a buscar alianças para o PT na eleição, mas  não teve resposta positiva. O petista garante que, caso seja eleito, há a possibilidade de diálogo.

Mineiro garante que o discurso que tem mostrado na campanha é o mesmo que teve durante toda a vida pública e que as críticas às coligações formadas não demonstra postura agressiva. A deputada federal Fátima Bezerra (PT), que também acompanhou a sabatina, elogiou a forma como Mineiro expôs seu pensamento. “Mais uma vez ele mostrou que é o candidato mais preparado, mostrando coerência e preocupação como assuntos importantes, que é o caso da Região Metropolitana, criada através de uma lei minha enquanto deputada estadual. O discurso do PT é o mesmo e o nosso candidato reafirmou o que é o pensamento do nosso partido”, disse.

O que propõe Fernando Mineiro para:

Saúde: A terceirização da gestão

“A situação da saúde pública não ficou ruim de um dia para o outro. Agravou-se com  a atual gestão. A reforma do sistema de saúde em Natal é um projeto incompleto. O município não assumiu de fato a gestão, apesar da lei dizer que essa gestão é plena. Natal perde oportunidades e a terceirização dos serviços é sinal da incompetência para gerir a saúde por conta própria. Vamos reformatar e rever esse modelo. A prioridade deve ser os serviços básicos. Não é possível que a cidade tenha 116 equipes do PSF, 61 sem médicos.”

Educação: Como garantir resultados

“Primeiro, é necessário reorganizar a rede de ensino. Existe um descompromisso da gestão e duas carreiras para os professores: uma da rede infantil e outra do ensino fundamental. Não temos um sistema articulado na educação, reflexo do modelo que atinge também o Estado e a União. Temos professores qualificados que podem contribuir muito, mas precisam de oportunidades de capacitação através de parcerias que vamos estabelecer com a universidade. Natal tem 70 mil crianças entre zero e cinco anos e apenas 10 mil vagas na rede infantil.”

Mobilidade: Como garantir o legado da Copa

“O chamado legado da Copa foi relegado. Não houve ações articulados entre poder público, instituições e o empresariado. Governo e Prefeitura ficaram realizando festejos. A Copa não precisa de um legado, quem precisa de um legado é a sociedade. Natal não terá benefícios. Dos blocos das obras de mobilidade, um foi licitado sem projetos e outro nem isso. Neste primeiro bloco, me parece que as obras começaram de forma errada e pela parte mais difícil: as desapropriações. A cidade corre o risco de perder os R$ 390 milhões previstos”.

Turismo: Como solucionar a polêmcia da Via Costeira

“Não entendo que essa é uma questão nova nem polêmica. É uma questão técnica e juridica que não será resolvida por vontades próprias de A ou de B. A área e da União, cedida ao Estado e segundo regras. O que precisamos é de diálogo sobre uma área de interesse turístico, mas que tem regras. Precisamos repactuar a situação e não ficar tentando culpar os órgãos ambientais. Precisamos discutir como liberar os novos hotéis, mas também a urbanização, os acessos previstos, assim como a relação a Via Costeira com o Parque das Dunas.”

Gestão pública: Critérios para a administração

“O maior critério para definir a gestão publica é o amor pela cidade. Quero imprimir a profissionalização e não fazer demagogia dizendo que vou cortar cargos. Natal tem 1.500 cargos comissionados. Cortar cargos é algo muito bom para dar manchete aos jornais, mas não resolve o principal problema. O que existe de serviço por parte da Prefeitura existe por causa dos servidores que são abnegados. Vamos valorizar, profissionalizar e capacitar os funcionários. Reformatar a gestão municipal. Os critérios serão técnicos e políticos.”

Gestão ambiental: Como lidar com a ocupação ilegal em Mãe Luíza

“A questão sobre a ocupação de Mãe Luiza é, a maioria das vezes, discutida com preconceitos. Lá é uma área de interesse social, definida pela legislação, não uma favela. Existem ocupações ilegais, em Mãe Luiza e no Parque das Dunas, e elas precisam ser removidas. Agora, precisamos de um grande projeto de reurbanização que eleve a qualidade de vida em Mãe Luiza. Isso será bom não só para os pobres do bairro, mas também para os empresários. Mãe Luiza precisa ser integrada a Via Costeira e ao Parque das Dunas de forma racional e consorciada”.

Hermano defende modernização e planejamento

Hermano Morais afirma que tem um programa voltado à melhoria da qualidade de vida dos moradores da cidade. (Foto: Emanuel Amaral)

Ao participar da sabatina do projeto Motores do Desenvolvimento, o candidato a prefeito de Natal, Hermano Morais (PMDB), da coligação ‘Natal Merece Respeito’ defendeu  a modernização da máquina administrativa e um planejamento a longo prazo. “Vamos rever todo esse projeto administrativo. Hoje, a cidade não tem qualquer planejamento e sem planejamento Natal não chegará a lugar nenhum”, afirmou o candidato.

Fazendo a defesa de uma gestão participativa, o deputado estaudal Hermano, que foi o segundo a se apresentar na sabatina, garantiu que vai preomover um governo de transformação. O pemedebista afirmou que está pronto para o desafio de administrar Natal, com uma postura proativa, uma gestão participativa e uma visão metropolitana. “Natal precisa ocupar seu papel, de liderança da região metropolitana”, disse ele.

O candidato lamentou os poucos avanços, nas últimas décadas. “Infelizmente, as últimas administrações”, afirmou o pemedebista, “foram conservadoras, repetitivas e poucos resultados trouxeram para a cidade. Pelo contrário, Natal está em situação de insolvência, com problemas antigos que precisavam ser resolvidos e não foram”.

Hermano afirmou que, se eleito prefeito, não permitirá que “Natal pare no tempo”. O candidato do PMDB disse ainda que vai viabilizar parcerias, “dentro de uma visão estratégica para os quatro anos de mandato,  preservando o interesse público e coletivo”. O pemedebista prometeu que como prefeito vai “exercer toda sua capacidade de diálogo e de entendimento”.

Ainda durante a apresentação, primeira parte da sabatina, Hermano Morais afirmou que sua plataforma de governo vai permitir a construção de uma cidade com melhor qualidade de vida, dando prioridade a áreas essenciais como Educação e Saúde. Ao afirmar que quer uma relação aberta com a Câmara Municipal, o candidato do PMDB disse que espera uma atuação proativa dos edis.

Para Hermano, desenvolver a cidade, gerando  emprego e renda depende, fundamentalmente, de promover a justiça social. “Sem isso não há como promover crescimento”, disse ele. O candidato do PMDB criticou a estrutura organizacional do executivo municipal. “Existe um número muito alto de secretarias  e de cargos comissionados”, afirmou o deputado, “e uma de nossas medidas iniciais será uma ampla reforma administrativa, com extinção de pastas e corte de comissionados”.

Nessa primeira parte da sabatina, Hermano destacou ainda a proposta de valorização do servidor municipal. “Vamos estimular, capacitar e fazer avaliação de desempenho de todos os servidores municipais para que possamos evoluir”, garantiu o pemedebista. O candidato terminou sua apresentação afirmando que está na vida pública há 20 anos e conhece Natal o suficiente para saber onde investir.

“Vamos trabalhar com austeridade, fazendo investimentos  onde eles são necessários e obedecendo ao princípio da economicidade, ou seja, vamos gastar menos e fazer mais”, prometeu Hermano Morais. Após o encerramento da sabatina, Hermano Morais disse à TRIBUNA DO NORTE que o evento foi uma oportunidade ímpar de estar entre os que integram a academia e que estudam os problemas da cidade, e àqueles que fazem parte do setor produtivo, que geram emprego.

“Foi importante fazer parte desse projeto (Motores do Desenvolvimento) que não só debate os problemas de nosso Estado, mas estimula o progresso”, afirmou o deputado estadual. Ao avaliar o cenário político, o  pemedebista disse ainda que sua  candidatura está em crescimento e que tem “convicção de um segundo turno”. “Temos a melhor proposta para Natal e estamos mostrando, a cada dia, que teremos capacidade de viabilizar soluções”, afirmou Hermano.

NOS BASTIDORES COM HERMANO

Enquanto aguardava sua participação na sabatina, o deputado estadual Hermano Morais demonstrou tranquilidade.   Nos quase 50 minutos que ficou em sala reservada aproveitou o tempo para trocar informações com seu marqueteiro João Maria Medeiros, da Agência Ecoar, e o engenheiro e presidente do ABC, Wilson Cardoso, que integra a equipe de campanha, e repassar informações que contavam num roteiro elaborado no dia anterior.

Uma das preocupações do candidato era quanto à objetividade que deveria ter ao apresentar as propostas. Nos bastidores, Hermano folheou pouco o documento e preferiu conversar sobre outros momentos de sua vida, como as campanhas eleitorais das quais participou. O pemedebista relembrou que na campanha para vereador e, até mesmo, na última para deputado estadual, quase não aparecia nas pesquisas eleitorais.

“Quando as urnas abriram”, recorda Hermano, “fui para a cabeça. Começaram a dizer que eu tinha voto atrepado, aquele voto de quem mora em apartamentos, onde a pesquisa não chega. No máximo, escutam o porteiro do prédio”. Faltando uns 15 minutos para terminar a sabatina do primeiro candidato (Fernando Mineiro-PT), a esposa de Hermano, Suely Silveira chegou a sala e aproveitou para repassar as percepções que teve do primeiro sabatinado e do formato do evento. Ela orientou o marido a ser “objetivo e claro” e deu dicas de como ele deveria abordar os temas das perguntas – parte que, na opinião dela, exigia mais desenvoltura dos candidatos.

O que propõe Hermano Moraes para:

Saúde: Atenção à rede materno infantil

“O problema da saúde é de financiamento e de gestão. Natal tem índices altos de mortalidade materno-infantil e isso se deve a falta de uma política de atendimento preventivo que inclua desde a assistência médica especializada aos exames. Além disso, a rede municipal da capital atende uma demanda que não é dela. Dos cerca de 16 mil partos/ano, apenas sete mil são de natalenses. Então, a solução também precisa ser uma solução integrada com os municípios”.

Educação: Investimentos na educação infantil

“Existe uma demanda reprimida por vagas na educação infantil. A obrigação do município é garantir a oferta de vagas não só na educação infantil, como também no ensino fundamental. Precisamos revolucionar as políticas adotadas até agora para o setor, promovendo melhores condições de trabalho para os professores, garantindo o funcionamento das escolas, do ponto de vista da infraestrutura física e não permitindo nenhuma criança em idade escolar fora das salas de aulas.”

Mobilidade: Como garantir as obras para melhorias do trânsito

“O consenso é que Natal não pode desperdiçar as oportunidades oferecidas pelo Mundial de 2014 e todos sabem que os recursos para as obras previstas no PAC da Copa já estão garantidos na Caixa Econômica. O que vamos fazer é criar, no primeiro momento, uma força tarefa para enfrentar os problemas na liberação desses recursos. Ao longo da gestão, vamos adotar uma política integrada para o transporte rodo-ferroviário, a região metropolitana e a oferta de transporte público durante 24 horas.”

Turismo: Modelo de divulgação da cidade

“Essa questão deve ser viabilizada com iniciativas em parceria com o setor privado. Qualquer ação neste sentido deve levar em conta a valorização da Via Costeira; a reativação do Conselho Municipal de Turismo, que há muito tempo não se reune; a racionalização no uso de recursos do fundo municipal de turismo e o Plano Diretor da cidade, que é um bom plano. A gestão do turismo, em Natal, deve ser profissionalizada e a divulgação deve incluir, também, os valores culturais e gastronômicos que possui.”

Gestão pública: Como tratar o comprometimento da receita

“Precisamos fazer o dever de casa, rearrumar as contas. Vamos fazer, já no primeiro dia de gestão, uma reforma administrativa. Natal não precisa de 27 secretarias. Precisa é sair do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal com os gastos com pessoal. O Plano de Cargos e Salários da atual administração foi uma coisa boa, mas não reorganizou a gestão do município e não evitou desperdícios. Reorganizar as finanças também requer parcerias com o Governo do Estado e a União, que também tem obrigações com o município.”

Gestão ambiental: Como vê a ação do Ministério Público Estadual

Respeito a atuação do Ministério Público, que tem prestado relevantes serviços à sociedade brasileira. Mas, é preciso ser mais criterioso. Vamos buscar a pareceria do Ministério Público, mas não abriremos mão das prerrogativas do município. A questão a Via Costeira é um exemplo. Natal não pode perder investimentos, como os previstos para os seis projetos anunciados. O desenvolvimento deve ser sustentável, mas não é possível que a cidade pare no tempo. Também não pode haver insegurança jurídica.”

Rogério destaca prioridade para gestão profissionalizada

Para Rogério Marinho, candidato do PSDB, o atual plano de diretor é uma carta de intenções que não foi retirada do papel. (Foto: Rodrigo Sena)

O candidato a prefeito de Natal Rogério Marinho (PSDB) aposta na profissionalização da gestão pública para liderar a cidade rumo ao desenvolvimento. Nos minutos a que teve acesso para apresentar sua proposta de governo na sabatina do projeto Motores do Desenvolvimento, o deputado federal enfatizou os 15 meses utilizados para gerar o Pensar Natal, plano que baliza as suas propostas. “Fiz o meu dever de casa”, foi uma das frases mais repetidas pelo candidito, que com isso quis deixar claro que domina sobre os temas importantes para Natal. Na oportunidade, Rogério apresentou suas propostas incluídas em seu plano de governo nas áreas de Saúde, Educação, Mobilidade Urbana, Gestão Pública e Gestão Ambiental.

“O eleitor espera para a cidade o que espera para a própria casa. A cidade é uma extensão da casa. Ele quer a casa organizada, limpa, funcionando bem e quer a mesma coisa para a cidade”, iniciou o seu discurso. Para conseguir expressar o caminho necessário para conseguir essa organização, Rogério Marinho citou a possibilidade de modificar o “modelo gerencial”. “Temos um modelo gerencial falido há muitos anos. Nós perguntamos aos cidadãos o que eles esperam do serviço público, de forma bastante objetiva e conseguimos um plano que está em sintonia com a realidade”, apontou.

Um dos primeiros temas específicos abordados por Rogério Marinho foi o transporte público. Ele criticou a forma como os gestores têm se relacionado com o tema. “A prioridade da minha gestão será o transporte coletivo, transporte público. Mas sem ver o empresário como vilão. Um problema que vem se agravando é o desequilíbrio financeiro do contrato. Já há mais de R$ 100 milhões em ações impetradas contra o Município por conta desse desequilíbrio”, analisou.

Em seguida, o candidato passou a falar sobre o turismo. Na opinião de Rogério Marinho, Natal tem ficado para trás na luta por atrair e fidelizar o turista por conta da falta de planejamento. “Os gestores têm preferido soluções amadoras e improvisos. Nós precisamos viabilizar novos atrativos ou vamos perder o turista para os estados vizinhos”, disse. Rogério citou a construção de vários mirantes e equipamentos públicos como forma de criar novos atrativos, além de parcerias público-privadas para provocar o crescimento de modalidades específicas de turismo. “Precisamos investir no turismo de eventos, por exemplo. É o que Fortaleza vem fazendo. Lá eles construíram um centro com capacidade para receber 30 mil pessoas. Aqui nós precisamos construir, através de uma parceria público-privada um local para 10 ou 15 mil pessoas”, comparou.

Uma das características que o deputado federal demonstrou querer para a sua gestão é o planejamento. “Precisamos de gestores que enxerguem a cidade dentro de uma visão estratégica, de planejamento. Uma cidade não se exaure em quatro anos, na duração de um mandato”, apontou. E complementou: “Para isso usamos dados concretos, como os dados do Censo 2010, que trazem informações não só relativas a população, mas econômicos e sociais”.

Rogério Marinho seguiu mostrando temas que, segundo ele, foram deixados de lado nos últimos 10 anos em Natal. O Plano Diretor é um deles. “O Plano Diretor de Natal hoje é uma carta de intenções, infelizmente. Não foi tirado do papel”, disse. Outra possibilidade é o investimento  em infraestrutura na área de transmissão de dados e internet. “Natal tem uma rede de fibra ótica inutilizado há 15 anos porque os gestores ou por falta de informação ou porque não se prepararam para serem gestores não sabem da existência desse equipamento”, encerrou.

Nos bastidores com Rogério Marinho

Enquanto não chegava a sua vez de ser sabatinado, Rogério Marinho, que foi o terceiro da ordem definida por sorteio, aguardou de forma tranqüila na sala destinada ao candidato. A tranqüilidade, segundo o candidato, seria resultado da preparação realizada antes da campanha. “Sempre fico tranqüilo demais. Principalmente porque me preparei para esse momento, para debater, para apresentar propostas”, disse, ainda antes de subir ao palco do auditório do CTGás.

A tranqüilidade e a segurança, de acordo com o candidato, podem trazer conseqüências também negativas na apresentação ao eleitor. E isso é alvo de alguma preocupação. “Preciso tomar cuidado para que essa segurança e essa tranqüilidade não sejam interpretadas como arrogância”, diz. Poucos assessores  acompanhavam o deputado nos bastidores antes do início da sabatina.

Ainda comentando a segurança com que abordaria os temas da sabatina, Rogério Marinho garantiu que tinha “opinião sobre todos os assuntos”. “Gosto de repetir que eu me preparei. O eleitor pode até não concordar com o que eu digo, mas eu tenho opinião sobre todos os assuntos. Opinião formada durante o tempo que estudei a cidade. Foram 15 meses antes da campanha, além dos vários anos de vida pública. É o quarto documento de planejamento estratégico que entregamos para a cidade”, disse.

Segundo o candidato, a aposta da campanha para conseguir cativar o eleitor é a propaganda eleitoral na televisão. “Poderemos mostrar como nos preparamos e como temos propostas para a cidade”, encerrou.

O que propõe Rogério Marinho para:

Saúde: Tratamento de doentes mentais e drogados

“Os Caps, não conseguem dar todas as respostas para essa questão. Faltam médicos e os Caps precisam ser reestruturados, através de parcerias com universidades, permitindo a regulação do atendimento. No caso dos dependentes do crack, trata-se de um capitulo especial. A droga é uma doença e precisamos de pelo menos 03 clinicas de desintoxicação, em Natal. Depois, é preciso acompanhar esse paciente e isso é possível com parcerias com redes de igrejas que já trabalham a muito tempo nesta área.”

Educação: Avaliação dos gastos públicos

“A preocupação maior com os gastos com a educação é que eles sejam bem gastos. A lei diz que 30% da arrecadação municipal deve ir para o setor, mas apesar disso não temos bons resultados. Isso porque falta gestão, transparência. Há 10 anos que Natal tem os maiores indices de reprovação na 4ª série e tem o menor índice de matriculas. O quadro é de tragédia. Precisamos capacitar os gestores, adotar disciplina e método na gestão e acabar com  o democratismo nas escolas públicas. ”

Mobilidade: Problemas com o crescimento da frota de veículos

“A opção da gestão pública deve ser dar prioridade ao transporte público e isso não vai ser possível demonizando os empresários. Agora, também é preciso que a Prefeitura retome o controle do sistema, entregue ao Seturn para repensarmos os corredores de ônibus, a melhoria nas vias, a retomada de padrões aceitáveis de velocidade média nas viagens, mais regularidade e mais conforto. Sem isso, o usuário  não volta a usar o transporte público.”

Turismo: Como incrementar a atividade

“O turismo é uma das atividades mais importante para Natal. A Via Costeira mudou a realidade da cidade. Natal era uma coisa antes e foi outra após a Via Costeira. O Parque das Dunas foi a compensação pela via. Concordo que é preciso pensar o desenvolvimento também em termos de meio ambiente, mas as decisões sobre o assunto não podem ser transformadas em embates ideológicos. Do ponto de vista ambiental, Natal tem uma tragédia muito maior: 80 mil pessoas vivendo em condições precárias.”

Gestão pública: Como retomar a capacidade de investimento

“”Precisa primeiro recuperar a credibilidade da administração pública. A capacidade de investimento da Prefeitura é zero há muitos anos, não é só fruto da atual gestão, que é ruim. O que interessa é procurar soluções de qualidade. Como o reequilíbrio do custeio e, para isso, vamos nomear uma comissão de avaliação da qualidade dos recursos que serão aplicados. Também é preciso que os servidores aceitem uma trégua quanto a folha. Recursos novos podem ser captados com bons projetos, como na área de regulação fundiária.”

Gestão Ambiental: Coleta e tratamento do lixo

“O município tem um plano de resíduos sólidos que vai precisar ser ampliado. A questão é bem mais ampla que a coleta dos resíduos. Saneamento básico é um dos aspectos dessa questão e quem diz que Natal foi saneada está mentindo. A Prefeitura precisa repactuar o contrato com a Caern e fazer o saneamento da cidade, a coleta seletiva deve ser implantada e o consórcio intermunicipal para a estação de transbordo e o aterro sanitário ampliado para outros municípios da região metropolitana.”

Carlos Eduardo tem como meta a ampliação dos investimentos

Ao participar da sabatina promovida pelo projeto Motores do Desenvolvimento do RN, o candidato Carlos Eduardo Alves, do PDT, afirmou que serão dois os pilares que

Carlos Eduardo afirma que é preciso acabar com a atual situação na qual a Prefeitura não consegue resolver os problemas da cidade. (Foto: Rodrigo Sena)

darão suporte técnico, social e gerencial a sua administração, caso seja eleito prefeito de Natal. O primeiro deles ocorrerá em curto prazo, por meio de um planejamento produzido especialmente para os primeiros 100 dias. Essa iniciativa estará imbuída, segundo ele, de ações enérgicas e emergenciais, como o ataque a problemas imediatos de coleta de lixo, conservação de vias públicas e medidas urgentes nas áreas de saúde e educação.

“Essas dificuldades se avolumam dia a dia. A Prefeitura atual está inepta para solucionar e enfrentar os problemas, mesmo os mais simples, da cidade”, criticou o ex-prefeito. Para os primeiros meses ele propôs um ataque vigoroso e específico nas chagas administrativas que minam as finanças do município. E anunciou que, se eleito, fará um corte no número de cargos comissionados, reduzirá os gastos com custeio, renegociará contratos importantes para a Prefeitura, além de “colocar as pessoas certas nos lugares certos”. “Essa será no princípio a base para termos recursos e enfrentarmos desafios”, completou ele.

Segundo o candidato, a ideia é, em um momento posterior, viabilizar um segundo pilar, que proporá ações de médio e longo prazos. Como alicerce para essa fase, prevê investimentos em ações diversas, nos primeiros quatro anos, de R$ 1,4 bilhão e a meta de investir 10 por cento da receita orçamentária. Carlos Eduardo destaca que Natal perdeu nestes últimos anos a capacidade de investimento e que a retomada dessa condição é vital para o desenvolvimento da cidade, da região Metropolitana, tudo isso dentro de uma realidade que precisa ser levada em conta, que é a Copa do Mundo na capital, cujo evento beneficiará a cidade com recursos extras.

Carlos Eduardo ressaltou que é preciso prumo nas finanças, de obras estruturantes e que a Prefeitura precisa de capacidade financeira para as contrapartidas necessárias. E lembrou que somente de recursos de projetos paralisados a gestão municipal conta atualmente com R$ 40 bilhões em caixa. “Tudo isso por causa de pendências nas licenças ambientais”, assinalou.

A Grande Natal está intrinsecamente nos planos do ex-prefeito do PDT. “Vamos planejar um acordo com contexto na região metropolitana. Na última década a população cresceu 12 por cento e nessa área o crescimento foi de 20 por cento. Essa realidade deve se aprofundar nos próximos anos”. Ele lembrou que a capacidade de investimento foi aumentada quando governou a capital e contratou planos de saneamento, drenagem, de mobilidade, tudo sem que fosse dada a continuidade pela atual gestão.

Ele mencionou ainda a discussão e efetivação da revisão do Plano Diretor de Natal, além da feitura de um código de obras, a implantação do orçamento participativo, muitos dos quais inseridos em um plano estratégico para a região metropolitana. “O desafio é trabalhar para sanar os problemas do presente, sem perder de vista o futuro”, assinalou o pedetista.

A área de Saúde e Educação, promete o ex-prefeito, também terão prioridade, caso seja eleito. Ele disse que pretende construir 34 novas escolas, do infantil ao fundamental, e na Saúde pretende estender o programa saúde na família e ter uma UPA em cada distrito sanitário. “A palavra chave da minha gestão será ‘modernização'”, sentenciou Carlos, para finalizar: “A nossa missão é reverter o quadro atual que aponta a Prefeitura com pouca capacidade de investimentos. Com a devida licença, posso desenhar esse cenário e estabelecer metas porque conheço esta cidade e seus problemas”.

NOS BASTIDORES COM Carlos Eduardo

Como foi sorteado o último dos candidatos a ser sabatinado, Carlos Eduardo foi também o que mais tempo passou ao lado de assessores e aliados, na sala reservada aos  entrevistados. Nem por isso, utilizou do tempo disponível para receber orientações, dirimir dúvidas ou um momento de concentração ou reflexão para as indagações de empresários as quais seria questionado minutos depois.

O ex-prefeito estava bem humorado, se dizendo confiante e após dar uma rápida passada no texto que leria no início da sabatina, descarrilhou por uma conversa amena sobre política, livros e a vida de adolescente e início da idade adulta, quando atuou como repórter e editor da Tribuna do Norte e de quando era frequentador assíduo dos antigos cinemas da cidade e da lanchonete ‘Só Lanche’ e ‘Bob’s”, que nada tem a ver com a rede de fast food americana, ambas no centro da cidade.

Na sala com o candidato a ex-secretária de Educação, Justina Iva, dois dirigentes do PDT, um assessor de imprensa e o fotógrafo. O marqueteiro Alexandre Macêdo passou rapidamente pela sala onde estava o ex-prefeito, para segundo depois se retirar. A conversa no “ambiente interno” pedetista teve ainda recordações de quando morou no Rio de Janeiro e participou, junto a outros políticos do país, de movimentações das “Diretas Já”. “Aquilo era muito emocionante”, rememorou. De tão amena, a conversa fluiu até a leitura. “Estou relendo Navegação de Cabotagem”. O livro de Jorge Amado continua na prateleira junto com os tantos outros do autor que o pedetista garante ter lido. “Estou vendo esse livro aos poucos porque agora tenho me debruçado com afinco nas propostas, problemas da cidade…”. A campanha está pesada? “Não. Estamos fazendo o melhor”. Perto de deixar a sala, Carlos Eduardo Alves recebeu ainda a visita e um aperto de mão do ex-presidente estadual do PT, Geraldo Pinto, o Geraldão. “Estou confiante”, disse Carlos Eduardo.

O que propõe Carlos Eduardo para:

Saúde: Rede primária 100% SUS

“Esse é o maior desafio. Saúde é, em primeiro lugar, uma questão de financiamento. O Brasil só investe 4% do PIB no setor. Precisamos ampliar essa percentual. Mas, trata-se também de uma questão de gestão. Precisamos trazer de volta as equipes multidisciplinares e reestruturar o Programa Saúde da Família, ambas desmanteladas na atual gestão. Precisamos concluir as UPAs paradas, construir mais quatro e aumentar de três para nove o numerod e Ames. Quanto aos Caps, precisamos de pelo menos dois funcionando 24h.”

Educação: Como melhorar o rendimento dos estudantes

“Fizemos 28 escolas novas e reformamos ou ampliamos 42, quando fomos prefeito de Natal. Eram escolas com salas de ciências, laboratórios e bibliotecas, quadras de esportes cobertas e tudo o necessário para criar um ambiente que atrai o aluno para a escola. Isso e mais a valorização dos professores, além da participação da comunidade e da capacitação dos gestores, o que fazíamos através do portal do conhecimento, garantem escolas de qualidade. ”

Mobilidade: Como garantir a facilidade de locomoção na cidade

“Natal precisa se modernizar nesta questão. Precisa de obras estruturantes, com viadutos e túneis, mas também de áreas de estacionamento, de ciclovias, de calçadas, de jardins e praças. A solução para esta questão precisas vir de um conjunto de iniciativas. Precisamos do BRT, que são linhas exclusivas de ônibus; do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e também dos corredores binários em certas avenidas nos horários de pico. Além disso, na questão do licenciamento dos transportes coletivos, devem prevalecer os interesses dos usuários.”

Turismo: Capacitação de mão de obra

“O turismo é o maior gerador de salários na cidade. Uma política para esse setor deve contemplar não apenas a capacitação de mão de obra, mas também incluir açõs de divulgação da cidade e a retomada de projetos anteriores, como o da Marina de Natal, criminosamente interrompido. Os empresários espanhois estavam prontos para iniciar as obras e foram abandonados. Isso será retomado na nossa nova gestão.”

Gestão pública: Medidas para desburocratizar

“A saída para desburocratizar é qualificar os servidores para que eles atendam as demandas da população é dos empresários de forma mais eficiente e rápida. Já fizemos um concurso para suprir com o pessoal técnico necessário a secretario de Meio Ambiente e Urbanismo, garantindo uma análise técnica dos processos da construção civil. Outro aspecto é quanto a tributação. O sistema de cobrança e atendimento deve ser modernizado e já havia um projeto para informatizar o setor, com financiamento garantido, mas também foi abandonado.”

Gestão ambiental: Como simplificar as licenças para obras

“Precisamos aumentar o efetivo técnico disponível na secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo. A cidade está se verticalizando e o numero dos pedidos de licenças está aumentando, mas também precisamos preservar o diferencial que Natal tem, em relação a outras cidades, que é a sua paisagem, seu clima agradável. Se começarmos a levantar prédios em algumas áreas, vamos perder tudo isso. Natal tem, hoje, 38% da sua área considerada como zonas de proteção ambiental. O Plano Diretor regulamenta isso.”

Os desafios do futuro prefeito 

O representantes das instituições que integram a parceria do projeto Motores do Desenvolvimento do RN aproveitaram os pronunciamentos na abertura da sabatina dos candidatos, ontem no auditório do CTGÁS-ER, para apontar os principais desafios do próximo prefeito de Natal e as expectativas do setor empresarial e da universidade com relação ao escolhido pelos eleitores para administrar o município.

“São muitos os desafios para Natal, são muitos os problemas que precisamos resolver, há muito comodismo que devemos remover e muita necessidade de competente gestão pública”, afirmou o presidente da Fiern, Amaro Sales.

Ele disse que uma das questões prioritárias para a próxima gestão é o desenvolvimento urbano. Para o empresário, é necessário definir como a cidade pode crescer ordenadamente e oferecer os serviços públicos essenciais à população. Isso ao mesmo tempo em que as forças produtivas devem ser fortalecidas e incentivas.

O presidente da Federação ainda pontou que a prefeitura deve ser exemplar na gestão de recursos públicos, com eficiência e transparência. “Precisamos que o município faça o que é devido nas áreas de saúde, segurança, habitação popular, infraestrutura mobilidade urbana e assistência social”, destacou.

O presidente da Fecomércio,  Marcelo Queiroz, lembrou o candidato, ao ser eleito, deve ser coerente com os compromissos assumidos ao longo da campanha. “Um vez eleito, o futuro prefeito de Natal deixará de ser apenas um postulante, suas ideias passam a ser projetos e atos práticos e suas ações, atos ou omissões, saem do campo do debate para ter reflexos e diretos no dia-a-dia de cada um de nós”, disse.

A reitora Ângela Paiva fez questão de reafirmar que a UFRN pode ajudar ao município. “Por oportuno gostaria de dizer a cada um dos que pleiteiam o mais alto posto da cidade, que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte que é a instituições que lhes é tão familiar e querida continuará como um centro de estudos interessado em oferecer soluções para melhorar a vida de todos”, afirmou.

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