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Na primeira semana após o reajuste do preço do combustível, autorizado pela Petrobrás, motoristas de Natal se mostram inconformados e tentam se adaptar a nova realidade. A reportagem do portalnoar.com percorreu, na tarde desta quarta-feira (12) postos na zona Leste da capital e da Via Costeira e constatou o litro da gasolina sendo comercializado por até R$ 3,16.

Para o aposentado José Martins o aumento na cobrança do combustível é um abuso que só vem para prejudicar a população. “Já temos tantos gastos e ainda temos que nos deparar com esse tipo de abuso. Estou inconformado com essa situação”, disse ele.

O sentimento de insatisfação do senhor Martins também é compartilhado pelo representante comercial José Maria. Ele diz que não vê razão para o reajuste e que tal aumento deveria ser melhor planejado, para prejudicar tanto a população. “Acho que esse reajuste poderia acontecer de forma gradativa. Meu trabalho depende que eu me desloque de um lugar para outro, várias vezes ao dia e isso com certeza vai pesar no final do mês”, observou ele.

População reclama de reajuste no combustível (Foto: Saulo de Castro)

Para o estudante universitário, Vinícius Barreto, o aumento é mesmo abusivo. Ele diz que só na casa dele são três carros e que o reajuste deverá fazer a diferença no somatório geral. “Tenho acompanhado essa discussão pelos jornais, mas já começo a perceber ela nas ruas”, disse ele.

De acordo com o coordenador do Procon Estadual, Ney Lopes Júnior, várias denúncias já foram encaminhadas ao órgão por parte de consumidores que estão se sentindo abusados com o novo reajuste.

Segundo o coordenador do órgão fiscalizador do estado, embora o reajuste de 3% para a gasolina e de 5% para o diesel já seja uma prática abusiva, pouca coisa pode ser feita uma vez que foi autorizado pelo Governo Federal.

Ele diz ainda que uma fiscalização conjunta reunindo o próprio Procon Estadual, o Procon Municipal, o Ministério Público do Consumidor e o Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindpostos) está sendo realizada em vários pontos da capital e do interior.

A intenção é verificar a cobrança abusiva do combustível acima do valor estabelecido pelo Governo. “Orientamos a população ainda que ao se deparar com esse tipo de situação, que procure o Procon e denuncie”, alertou.

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