Conheça programa de viagens que a cada dia atrai os natalenses

13 de maio de 2013

Notícia publicada no portal No Ar:

O sonho de conhecer outro país, aprender um novo idioma e apreciar uma cultura diferente vem se tornando a cada dia uma realidade no Brasil. Hoje o mercado de intercâmbio vem crescendo rapidamente e atraindo um público de todas as idades. O setor que movimentou em 2010 aproximadamente R$ 2,3 bilhões e embarcou 167 mil passageiros praticamente dobrou em dois anos, onde movimentou R$ 4 bilhões e chegou a impressionante marca de 285 mil embarques.

Foto: internet

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E os destinos mais comuns são o Canadá, Reino Unido e os Estados Unidos, porém isso depende do período do ano, que pode se alterar com as tendências de mercado. A média de idades dos intercambistas varia dos 12 aos 75 anos e partilham o interesse de aprender outro idioma e ter experiências que muitas vezes não é possível em seu próprio país. Esta é a situação do estudante de engenharia, Filipe Linhares, que fez sua primeira viagem a Áustria no ano de 2008.

O estudante ficou durante 11 meses na cidade de Bruck an der Leitha, que fica localizada a 30 minutos da capital Viena e tem uma população de aproximadamente oito mil habitantes. Ao chegar ao local, o rapaz foi recebido por uma família voluntária (sem receber ajuda de custo) e informou que foi muito bem aceito e querido entre eles. Durante o período, Filipe Linhares conheceu uma nova cultura, aprendeu a falar alemão e mostrou mais de um Brasil, que os austríacos desconheciam.

“Minha primeira dificuldade ao chegar à minha nova casa foi à língua, porém tive o apoio de todos, seja familiares, colegas de escola ou até mesmo moradores da cidade. Como se tratava de uma cidade menor e pacata onde todos se conheciam eu terminei conhecido como o único brasileiro de lá. Quem chegasse e perguntasse por mim iria me encontrar rapidinho”, comenta o estudante aos risos.

Mas o diferencial para Filipe Linhares durante o período fora de casa foi à independência que ele adquiriu durante sua estadia, pois segundo ele no Brasil ele não tinha muitas preocupações com contas, compras, pagamentos e coisas pessoais, porém ao chegar em terras estrangeiras tudo mudou e ele teve que aprender a “se virar, pois não tinha a ajuda dos pais como no Brasil e que isso ajudou muito a conseguir a independência”. E além da Áustria, o rapaz conheceu também Alemanha, Bélgica, Eslováquia, França, Holanda, Hungria, Inglaterra, Itália e Republica Tcheca.

Foto: www.expomundi.com.br

Foto: www.expomundi.com.br

“A grande vantagem de estar na Europa é que você pode pegar um metrô e em 30 minutos, você já está em outro país, como pessoas, línguas e culturas diferentes. Foi um período inesquecível, com várias experiências que não teria oportunidade de conhecer se não tivesse saído do Brasil”, diz Filipe Linhares. E ao retornar a sua casa, o estudante deixou a nova família que ganhou, mas que também já veio ao Brasil no ano passado a passeio. “Foi muito legal poder mostrar a eles os nossos costumes e também desfazer a imagem errada que se tem do nosso país e mostrar que não somos apenas futebol, carnaval e mulher”, diz.

E após a primeira temporada no exterior, o estudante se prepara para mais um período fora do Brasil que irá durar um ano. E o destino, mas o destino desta vez será a Alemanha, na cidade de Dresden onde Filipe Linhares fará a graduação sanduiche (parte no Brasil e Parte na Alemanha) por meio do programa Ciência sem Fronteiras, promovido pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

“Estou aguardando ansiosamente a chegada do mês de agosto, que é quando viajarei para fazer uma parte da minha graduação na Alemanha e só retornarei ao Brasil no mês de julho de 2014 e concluirei meus estudos no meu país de origem”, explica o estudante.

Já a intercambista e também coordenadora de atendimento da Cia do Intercâmbio, Fernanda Rodrigues, informou que antes de se fazer um intercâmbio é importante tomar alguns cuidados antes de pensar em viajar. O primeiro é procurar uma empresa que seja filiada a Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta) que reúne as principais instituições brasileiras que trabalham nas áreas de cursos, estágios e intercâmbio no exterior. A associação é reconhecida tanto no Brasil como no exterior e hoje suas empresas representam mais de 90% do mercado de educação internacional.

Em Natal existem oito agências que trabalham com intercâmbio, porém de acordo com a coordenadora é importante pesquisar com ex-clientes sobre a reputação da empresa para saber sobre a reputação, se ela é licenciada e junto aos órgãos internacionais antes de comprar o pacote. Outro ponto importante é saber se as instituições aonde vai se estudar dispõem dos selos internacionais. Hoje um pacote básico com curso, acomodação, transfer, refeições e taxa de matrícula custam R$ 3,5 mil. No pacote de R$ 8,4 mil, temos além destes itens anteriores às passagens aéreas, o seguro saúde e o visto.

“Hoje nós dispomos dos pacotes mais baratos para quem já tem visto e passagens que é usado geralmente por quem já fez intercâmbio. Também temos o pacote completo que custa mais de oito mil reais, porém o cliente não precisa se preocupar com nada que nós fazemos todo o trabalho para ele em agendar os voos, dar entrada no processo do visto e também preparar a matricula e a documentação obrigatória deste intercambista”, explica a coordenadora.

Os períodos mais requisitados são dentre os meses de junho/julho e dezembro/janeiro, porém muitos não conseguem as passagens devido à malha aérea que está congestionada no período. E após adquirir o pacote, o intercambista tem um período de recomendado de esperar até três meses para se tirar o visto dependendo do país a se viajar, porém Fernanda Rodrigues informou que também é possível a aquisição imediata do pacote, dependendo do local escolhido, como na Europa e na América do Sul que não exigem visto para receber os futuros alunos, porém os Estados Unidos e a Grã Bretanha exigem o documento.

“Temos uma média de público muito boa, inclusive pessoas que já viajaram conosco mais de uma vez. Temos uma cliente de 74 anos que já está em sum quarta viagem. Muitos deles não optam só pelo passeio, vão realmente estudar uma segunda língua, trocar experiências e ter uma nova vivência cultural. Sem contar que com as viagens seguidas, estes alunos aumentam sua rede de contatos, seja para trabalho ou pessoais”, comenta Fernanda Rodrigues.

E como intercambista, a coordenadora de atendimento da Cia do Intercâmbio viajou primeiro para o Canadá seguido de Austrália, Inglaterra e também no Chile. E com esta experiência, a Cia do Intercâmbio realiza uma reunião 20 dias antes da viagem, onde o cliente recebe orientações sobre comportamento, vestimenta, telefones de emergência e também normas educacionais e culturais de cada país.

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