Universidades do RN investem em mobilidade acadêmica

2 de maio de 2013

Notícia publicada no portal G1 RN:

O processo de globalização também chegou às universidades potiguares. “As instituições de ensino superior do Rio Grande do Norte, tanto públicas quanto privadas, estão investindo cada vez mais na internacionalização do ensino a fim de formar alunos com maior potencial competitivo e, assim também, tornar as próprias instituições reconhecidas além das divisas e fronteiras”. Esta é a visão do diretor de Internacionalização da Universidade Potiguar (UNP), André Lemos.

Neste processo, os universitários que desejam estudar fora do Brasil são beneficiados por convênios que possibilitam fazer intercâmbio em universidades de outros países, ou seja, uma ‘graduação sanduíche’, em que parte do curso é feita no país de origem e outra no exterior. Esta é a chamada mobilidade acadêmica.

Ana Luíza Augusto, estudante de Rádio e TV da UFRN, está cursando Cinema na Universidade de Roehampton, em Londres (Foto: Arquivo Pessoal)

Ana Luíza Augusto, estudante de Rádio e TV da UFRN, está cursando Cinema na Universidade de Roehampton, em Londres (Foto: Arquivo Pessoal)

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) passou a oferecer cursos de graduação em mobilidade no ano de 2007. Desde então, tem crescido expressivamente o número de acordos de cooperação com instituições de ensino superior do exterior.

Naquele ano, a Secretaria de Relações Internacionais e Interinstitucionais da universidade mantinha 13 acordos e possuía 45 convênios em vigor. Em 2012, este número praticamente triplicou. Os acordos firmados chegaram a 52, e os convênios com países como Alemanha, Holanda, França, Cuba, Angola, Argentina, Canadá, EUA e México somaram 125.

Segundo o secretário de Relações Internacionais da UFRN, Márcio Venício Barbosa, “o processo de internacionalização de uma universidade abre uma via de comunicação com o exterior que pode trazer novas concepções, novos procedimentos e uma cooperação acadêmica e científica que permitirá desenvolver novas metodologias e até mesmo produtos que serão úteis na solução de problemas locais e, ao mesmo tempo, poderão permitir a participação de nossos pesquisadores na solução de problemas internacionais”.

A UNP, que é privada, também começou a investir neste processo em 2007, quando passou a integrar uma rede internacional de universidades, a Rede Laureate, que está presente em 29 países da América do Norte, América Latina, Europa, África do Norte, Ásia/Pacífico e Oriente Médio. Para André Lemos, que é o diretor de internacionalização desta universidade, o momento atual obriga as instituições de ensino superior a adotarem esta postura. “A educação nunca teve fronteiras. Nós sempre usamos autores de outros países em nosso sistema de ensino. Sempre houve uma troca que antes era evidente somente pelos livros”, disse. “Hoje, nós mandamos nossos alunos para o lugar onde os primeiros estudos foram desenvolvidos, para os locais em que os livros foram escritos, onde as pesquisas foram ou estão sendo feitas. E estes alunos retornam amadurecidos, com novas soluções e abordagens, com mais noção de responsabilidade, pontualidade e pró-atividade”, acrescentou.

A consequência imediata do investimento em internacionalização é a maior quantidade de estudantes do Rio Grande do Norte fazendo intercâmbio acadêmico. A UNP não divulga os números, mas a UFRN, no ano de 2007, tinha apenas dois alunos estudando fora do Brasil. Já em 2012, este número chegou a 197. E, atualmente, mais de 300 graduandos estão cursando parte da faculdade no exterior por meio de programas de cooperação como o da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); o Programa de Bolsas Luso-Brasileiras do Santander; e o Programa de Licenciaturas Internacionais, financiado pela Capes e organizado pelo Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras. E, além do Programa de Mobilidade Mercosul, que está em fase de construção entre o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, a UFRN também participa do mais recente programa criado pelo governo federal, o Ciência sem Fronteiras.

Ciência sem fronteiras

Élmano Ricarte, em Portugal: gosto pela pesquisa (Foto: Arquivo Pessoal)

Élmano Ricarte, em Portugal: gosto pela pesquisa
(Foto: Arquivo Pessoal)

Lançado em 2011, o Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) intensificou o processo de internacionalização ao promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência, da tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. Este tem sido o propósito do governo federal. A iniciativa é resultado de uma ação conjunta dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), e as Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

A meta é oferecer 101 mil bolsas de intercâmbio em todo Brasil nos próximos quatro anos para que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. É o que está fazendo Ana Luíza Augusto, estudante de Rádio e TV da UFRN. Ela está cursando Cinema na Universidade de Roehampton, em Londres, Reino Unido, há três meses. Tempo que, segundo ela, foi suficiente para ampliar a visão de mundo e as perspectivas de futuro. “Estudar aqui tem me dado acesso a conteúdos e oportunidades profissionais que desconhecia no Brasil. Às vezes, em uma mesma sala de aula, temos alunos de 8, 10 países diferentes. O conhecimento que ganhamos com trocas culturais é algo que nenhum livro ou professor pode proporcionar. Minha ideia de mercado de trabalho agora é bem diferente, bem mais ampla. Outra coisa na qual tenho crescido é no domínio da língua inglesa”, relata a estudante.

Para ser selecionada, a graduanda teve que apresentar uma carta de recomendação de um professor, comprovante de bons índices de rendimento acadêmico, participação em projetos de ensino, pesquisa ou extensão, e proficiência linguística atestada pelo TOEFL (Test of English as a Foreign Language) e pelo IELTS (International English Language Testing System) – que são duas provas reconhecidas em nível internacional, realizadas na própria UFRN e que comprovam o domínio da língua do país de destino.

Na universidade de Londres, Ana Luíza está cursando três disciplinas específicas da área de Cinema que não são ofertadas no Rio Grande do Norte. São elas: Crítica Audiovisual, Formas de Cinema e Cinemas Mundiais – cada uma com quatro horas de duração por semana. Além das aulas e atividades em classe, o curso demanda bastante leitura preparatória. O regresso ao Brasil está previsto para janeiro de 2014, ano em que pretende concluir a graduação na UFRN. Apesar do interesse que já desperta em empresas por aqui, ela pensa em voltar para a Europa, “Vejo que, só de estar aqui, já tenho despertado interesse de algumas pessoas na área de comunicação. E isso pode ser um bom começo para oportunidades de trabalho enquanto estiver no Brasil. Mas, tudo que sempre busquei está aqui, em Londres. Por isso, tenho tentado construir uma rede de relacionamentos profissionais que me permita ter portas abertas para um possível retorno”, diz Ana Luíza.

De acordo com o secretário de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Márcio Venício, o processo de internacionalização ainda não chega a promover alterações curriculares, mas no caso de graduação Sanduíche, como no CsF, é necessário que os cursos sejam flexíveis para que as equivalências de conteúdos possam ser efetivas. Isso significa reconhecer que, saindo da universidade, os alunos vão encontrar currículos diferentes e disciplinas que tratam dos mesmos conteúdos, mas, muitas vezes, sob ângulos diferentes. Ainda segundo o secretário, um dos maiores benefícios para os estudantes que fazem intercâmbio acadêmico é o fato de terem contato com uma cultura diferente, vislumbrando maneiras e procedimentos novos no tratamento de questões de ordem científica, seja nos estudos teóricos, seja nas aplicações práticas desses estudos.

“O fato de terem acesso a laboratórios estrangeiros, muitos deles melhor equipados que os nossos, ou de terem contato com as equipes de pesquisadores locais, ou, ainda, simplesmente de conhecerem pessoas que serão suas contemporâneas no exercício da profissão ou na vida acadêmica, vai permitir que eles estabeleçam redes que, no futuro, ampliarão a cooperação internacional”, destaca o coordenador da SRI, Márcio Venício.

Foi exatamente essa formação de uma rede de contato que permitiu que, o hoje mestrando, Élmano Ricarte retornasse recentemente ao país onde fez graduação Sanduíche.  “Cursar comunicação social na Universidade Católica Portuguesa por seis meses me fez adquirir gosto pela pesquisa e me fez valorizar o contexto global, mundial. Logo após concluir a graduação, ingressei no mestrado e atualmente faço uma análise de como a fotografia jornalística representa a cultura popular tomando como base jornais impressos de Natal e Lisboa”, conta.

Élmano estudou em Portugal entre os meses de setembro de 2009 e março de 2010 pelo Programa de Bolsas Luso-Brasileiras mantido pelo convênio entre o Banco Santander e a UFRN. Durante este período manteve laços que o possibilitaram voltar entre os meses de dezembro de 2012 e fevereiro deste ano, já como mestrando, para dar continuidade às suas pesquisas. “Nestes três meses de retorno tive acesso livre à universidade e à biblioteca, além de apoio do pessoal que já conhecia. Foi muito proveitoso para a pesquisa que desenvolvo”, afirma. Em Portugal, o jovem se mantinha com uma bolsa de estudos.

Investimento brasileiro
A quase totalidade dos alunos que se encontram no exterior recebe bolsas do governo brasileiro que, em geral, cobrem todas as despesas com deslocamento, alojamento e alimentação. Algo que, lá fora, chama atenção para o Brasil.

“Todos ficam muito impressionados com o fato de o governo brasileiro ter um programa como o Ciência sem Fronteiras. Aqui, na Inglaterra, não existe qualquer instituição de Ensino Superior gratuita como temos no Brasil. Isso contrasta muito com a minha realidade, que fiz ensino médio e técnico num instituto federal. Estou cursando graduação em uma universidade federal e agora sou bolsista do Governo Federal. Faço questão de usar todas as oportunidades possíveis pra mostrar aos outros que tenho um país que investe em mim!”,  revela Ana Luíza, estudante de Rádio e TV que está em Londres.

Reflexo no mercado
“Quem tem no histórico da faculdade o registro de uma experiência de intercâmbio em uma universidade de outro país é visto com outros olhos”. Esta é a opinião do empresário Áureo Paiva, dono da Cia do Intercâmbio. Nas seleções que realiza dentro da empresa para contratação de pessoal, este atributo coloca o candidato em vantagem. A preferência é dada a quem acumula conhecimento de mundo e de outro idioma, seja em qualquer área, da administração às engenharias. As próprias universidades têm contratado os alunos que voltam do intercâmbio para atuar em pesquisas ou em setores administrativos que mantêm relações diretas com o exterior.

Mobilidade acadêmica docente
A mobilidade acadêmica não é apenas discente. As instituições de ensino superior do RN também têm enviado seus docentes para intercâmbio fora do Brasil. O secretário de Relações Internacionais da UFRN, Márcio Venício, explica que as universidades brasileiras têm atraído a atenção internacional para projetos de cooperação. “Em muitas áreas, nossos pesquisadores já são convidados a ministrar cursos no exterior e a desenvolver pesquisas conjuntas em outras universidades, uma vez que já estamos superando a necessidade de formação no exterior e atingindo um patamar de qualidade que chega mesmo a abrir, para o Brasil, algumas áreas de excelência”.

Uma mostra desta busca por cooperação com o Brasil se deu na última segunda-feira, 15, quando a reitora da UFRN, Ângela Paiva Cruz, assinou mais um termo de cooperação. Desta vez, com a Universidade de Birmingham e com a Universidade de Nottingham, ambas da Inglaterra. Logo depois de assinado o termo, os representantes das instituições inglesas se reuniram com pesquisadores da UFRN a fim de identificar áreas para possíveis realizações de workshops e projetos de pesquisa.

Na ocasião, o professor Malcolm Press, da Universidade de Birmingham, relatou que em sua instituição cada departamento mantém professores e colaboradores internacionais com iniciativas direcionadas para cada país. Mas, com o Brasil, “há um relacionamento diferenciado, porque está sendo feito em parceria com a Universidade de Nottinghan”. Ele frisou ainda que como estratégia de cooperação com as universidades brasileiras estão sendo feitas visitas às universidades do eixo sul-sudeste, “mas percebemos que há muitas possibilidades fora desse eixo, e a UFRN se ajusta ao que estamos procurando”.

O professor Michael R. Merrifield, da Universidade de Nottinghan, afirmou que a universidade que representa é pioneira no Reino Unido na questão da internacionalização, mantendo escritórios fora de seu país. “A cooperação com o Brasil faz parte das metas de expandir as fronteiras da Universidade de Nottinghan”, disse.

Outro exemplo desta demanda pela participação de docentes brasileiros em pesquisas internacionais é o professor da UFRN e da UNP, mestre em publicidade Josenildo Soares Bezerra. Ele integra a RELAIP – Red Latinoamericana de Investigadores em Publicidad. Trata-se de uma rede de investigadores internacionais de publicitários. De duas a três vezes por ano o professor faz intercâmbio em universidades do exterior com a finalidade de discutir a comunicação publicitária frente às questões do mercado, mobilidade e cibernética.

“A RELAIP nos convida a dar aulas e palestras nas universidades locais de vários países. Quando os eventos versam sobre Publicidade e subjetividade, Publicidade e discurso, erótica e consumo, sou indicado para representá-los. Assumo o título de representante da RED. Fizemos isto na UNP no último dia primeiro de abril. Oito pesquisadores de países sulamericanos foram convidados para uma discussão acerca da Publicidade e pós-modernidade com os universitários”, lembra o professor que organizou o evento no RN.

Segundo ele, a Capes/CNPq pontua o currículo LATTES (base de dados de currículos de pesquisadores do Brasil) a cada experiência como esta. Cada discussão, interação permite uma troca de informações com pesquisadores de renome, proporcionando resultados que chegam até a sala de aula. “Desde que comecei a fazer estes intercâmbios culturais e acadêmicos minha postura de ‘ensinante’ e ‘aprendente’ mudou muito”, diz o professor.

No ano passado, Josenildo também representou a RELAIP no Simpósio Internacional Ciudad y Publicidad realizado na Universidade Pontifícia Bolivariana Seccional, na cidade de Palmira, Colômbia. No mesmo ano, foi um dos 12 convidados a ser conferencista internacional e brasileiro acerca da Publicidade nos anos 2020. “Estamos em um bom momento de expansão da marca BRASIL. O mundo nos olha com desejo de nos conhecer. Assim, é importante que levemos pesquisas, resultados e produtos brasileiros sérios para a firmeza de nosso nome enquanto país preocupado com o ambiente social e humano”, finaliza.

Estudantes estrangeiros no RN

nternacionalização do ensino reúne estudantes (Foto: Ana Luiza)

nternacionalização do ensino reúne estudantes
(Foto: Ana Luiza)

Por outro lado, a internacionalização do ensino também tem proporcionado a permanência de estudantes estrangeiros nas instituições de ensino superior do RN. São estudantes e pesquisadores do exterior que querem se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa CsF.

A reitora da UFRN, Ângela Paiva, acredita que este interesse advém, sobretudo, pela variedade de áreas de atuação da universidade e destaca que a instituição desenvolve ações no ensino de outro idioma a estes universitários, como forma de consolidar o processo de internacionalização, uma das metas da sua gestão: “A Universidade possui um convênio com o Instituto Ágora, que oferece cursos de cinco línguas, além do português para alunos estrangeiros que vêm estudar aqui, inclusive para professores”, afirma a reitora.

Há ainda programas que oferecem bolsas a estes graduandos, como o Programa de Estudantes de Convênio de Graduação – PEC-G, mantido pelo MEC e pelo Ministério de Relações Exteriores. O programa seleciona estudantes em países em desenvolvimento, sobretudo na África e na América Latina, que vêm estudar nas universidades brasileiras, com grande parte de suas despesas cobertas, já que as universidades, sobretudo as federais, ainda não têm alocação de verbas específicas para este fim.

As universidades privadas do RN também recebem estudantes de fora, principalmente do Chile, Espanha, México, Peru e de Portugal. Eles podem ficar no Brasil por um período que varia de seis meses a um ano. “Esta experiência tem sido percebida como um diferencial competitivo, visto que os alunos que não saem do Brasil acabam trocando experiências com os que vêm”, destaca o diretor de internacionalização, André Lemos.

A portuguesa Tânia Teixeira está cursando Administração na UNP há poucos meses. Em Portugal, o curso é chamado de Gestão. “O intercâmbio está a contribuir de uma maneira bastante positiva, pois estou a conhecer uma nova cultura, pessoas novas, métodos diferentes de ensino, está a ser bastante enriquecedor para a minha formação. Uma das diferenças é que, em Portugal, o meu curso contém mais matemáticas que aqui. E outra coisa bastante positiva é que as aulas são muito dinâmicas”, diz.

Desafios
Os rankings das universidades que têm sido feitos por diversas instituições de avaliação mostram que o grau de internacionalização das universidades tem sempre um grande peso. O número de acordos de cooperação internacional, de produtos desses acordos e o número de estudantes estrangeiros que procuram pelos cursos geram patentes e propriedade intelectual. Para a secretaria de Relações Internacionais da UFRN, nesse aspecto, as universidades brasileiras concorrem sempre em desigualdade de condições, dada sua constituição de instituições públicas, enquanto as melhores rankeadas são sempre instituições privadas.

Na opinião do coordenador da SRI da UFRN, Márcio Venício, o programa CsF tem o crédito de expor à sociedade todos os problemas que as universidades enfrentam nesse processo de internacionalização e todas as fragilidades na formação dos estudantes, sobretudo no que diz respeito ao domínio de línguas estrangeiras. “É necessário lançar programas igualmente ambiciosos nos níveis fundamental e médio da educação para que as universidades recebam alunos em melhores condições de usufruir e de manter esse processo que parece ser irreversível”.

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