Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Copa vai gerar 1,3 mil novas vagas de emprego no RN

8 de abril de 2014

Notícia publicada na Tribuna do Norte:

Vinícius Menna
Repórter

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou ontem estudo apontando que o Rio Grande do Norte deverá gerar 1.371 vagas de emprego extras no turismo com a Copa do Mundo. Conforme a estimativa da CNC, esse número representa 2,9% dos 47,9 mil empregos estimados para o setor no país entre abril e julho. A maioria das vagas é temporária. O índice previsto para o Rio Grande do Norte é o terceiro menor entre os estados-sede, o que deixa o RN à frente apenas de Amazonas e Mato Grosso. O estado também é o que pagará o pior salário médio de admissão na Copa: R$ 854.

Palco da abertura da Copa do Mundo, São Paulo ficou com a maior fatia na divisão de empregos, com 30,5%, e também apresentou o maior salário médio, de R$ 1.343. Já o Rio de Janeiro, que sediará a final do mundial de futebol, foi o segundo colocado, com 21,5% dos empregos e um salário médio de R$ 1.323. O salário médio de admissão do país ficou na casa dos R$ 1.167.

O segmento de alimentação é o que deve apresentar o maior incremento de empregos, diz a CNC. A estimativa é de 16,1 mil vagas, o equivalente a 33,5% do total. Transportes (29,2%) vem em segundo lugar, seguido por hospedagem (25,7%), cultura e recreação (7,9%), e agências de viagem (3,6%).

Foto: apertaenter.com.br

Foto: apertaenter.com.br

As 1.371 vagas que o RN deve gerar durante a Copa representam 13,20% do total de empregos criados no estado em 2013. Na opinião do economista da CNC, Fábio Bentes, apesar de menor que a maioria dos outros estados, a fatia é positiva. “É um impacto extra. Para o Rio Grande do Norte, gerar mais de 1.300 postos de trabalho formais não é um número pequeno, até porque estamos falando de um período bastante curto”, explica.

Para o economista, é preciso avaliar também que a tendência é que o Sudeste gere mais vagas por agregar um número maior de pessoas que vão a trabalho ao evento. “São Paulo e Rio de Janeiro vão sediar abertura e encerramento, então naturalmente as pessoas acabam ficando mais tempo nos dois estados”, analisa. “O número de jogos menor em Natal também entra nessa conta”, acrescentou.

Alimentação

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no RN (Abrasel-RN), Max Fonseca, concorda que o número menor de jogos impacta no movimento e, consequentemente, nas contratações. “Mas um segundo motivo é  que temos condições de atender bem com a estrutura e o pessoal que já temos”, disse. “Não vamos ter um movimento durante a Copa que seja superior à última semana de dezembro e a primeira de janeiro”, completou. Já os presidentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomercio-RN), Marcelo Queiroz, e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do RN (ABIH/RN), Habib Chalita, acreditam que a quantidade de jogos não afeta tanto os números de geração de emprego.

Queiroz avalia que a fatia de 2,9% é positiva. “Os empregos novos, somente no turismo, representam cerca de 1,5% dos empregos formais gerados pelo setor de Serviços na capital. São números que estão dentro da nossa realidade e do peso do varejo potiguar no contexto nacional”, disse.

A empresa de hospitalidade e gestão de eventos CSM Catering está desde março em processo de seleção para preencher 1 mil vagas em Natal, para atuação em bares, restaurantes e recepção na Arena das Dunas. A CNC não confirmou se essas vagas estão incluídas no estudo divulgado ontem, que considera também vagas temporárias.

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