Notícia publicada no caderno de Economia da Tribuna do Norte:
O Governo Federal tem duas cartas em mãos que podem interferir na economia do Rio Grande do Norte. A primeira delas é um projeto de redistribuição dos royalties de petróleo, que já passou pela Câmara e Senado, e aguarda apenas o posicionamento do Executivo. A sanção, ao contrário do que se pensava, é vantajosa para o Rio Grande do Norte. Já uma proposta do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, de unificação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), pode colocar o RN em maus lençóis. Esta mudança, que deve entrar vigor em 2014, apresentadas nesta semana aos governadores, anula todo investimento feito pelo governo estadual para atração de empresas.
Com relação à notícia boa, referente aos royalties, a presidente Dilma Roussef já informou que fará uma “análise exaustiva da Lei dos Royalties”. Contudo, não há preocupação para o RN. Apesar do projeto prever a redução de 26,25% para 20% na fatia de royalties destinada aos estados produtores, o Rio Grande do Norte é compensado por um fundo especial. “Esta mudança preocupa estados como o Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, que são grandes produtores. O RN não tem grande produção. Não vai perder. Dentro de qualquer cenário, tem um ganho”, ressaltou o secretário estadual de tributação, José Airton da Silva.
A base do benefício para o Rio Grande do Norte é a redistribuição da participação especial, outro tributo pago pela exploração do recurso, mas incidente apenas sobre grandes campos, por exemplo, das reservas do pré-sal. Assim, o RN que hoje, apesar de ser produtor, não recebe um tostão desta fatia, passará a ser beneficiada também. Atualmente, 50% da participação especial vai para a União. A outra metade é distribuída entre os estados (40%) e municípios (10%) produtores em larga escala.
Pela proposta do Senado, aprovada na Câmara esta semana, os estados contemplados com a tarifa atualmente terão apenas 32% da participação especial em 2013, e 20% em 2020. Os municípios, conforme o texto, receberão 5% da participação em 2013 e 4%, em 2020. Na nova distribuição, os 10% que sobram serão destinados, em 2013, ao Fundo Especial dos Estados e do Distrito Federal.
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