Em decisão unânime, vereadores revogam reajuste das passagens de ônibus em Natal

6 de setembro de 2012

Deu no caderno Natal da Tribuna do Norte:

Os vereadores votaram na manhã desta quinta-feira (6) o decreto legislativo que, na prática, revoga o reajuste tarifário concedido há uma semana pelo Executivo e permite, no entendimento do Legislativo, que o valor da tarifa de ônibus volte a custar R$ 2,20.

Foto: Tribuna do Norte

O Decreto Legislativo nº 037/2012 da Câmara Municipal revogou a Portaria nº 47/2012 da Prefeitura, que determinou o aumento das passagens de ônibus para R$ 2,40. Para a decisão do Legislativo, foi considerado o artigo 147 da Lei Orgânica Municipal, que permite o poder legislativo revogar decisões do poder executivo sem interferência deste, quando há discumprimento de qualquer ponto desta mesma lei.

Os vereadores afirmam que a Prefeitura, ao aumentar a tarifa dos ônibus sem aviso prévio à população, desobedeceu o artigo 125 da Lei Orgânica, que determina a comunicação prévia à população acerca do aumento de tarifas de transporte. Quatro vereadores faltaram a sessão, totalizando 17 votantes que decidiram unanimamente a revogação da Portaria.

Um telão foi colocado à porta da CMN para que os estudantes pudessem assistir à sessão plenária ordinária, que votou a revogação do reajuste no preço das passagens de ônibus. Foram discutidos antes da votação duas pautas: o Decreto Legislativo 037/2012, que revoga todos os termos da portaria número 47/2012 de 27 de agosto, que pediu a revogação do aumento das passagens, de autoria do vereador Julio Protasio (PSB); e o projeto de lei contra a dupla função do motorista.

Segundo o presidente da Comissão de Justiça da CMN, o vereador Ney Lopes Júnior, a Portaria 47/2012 da prefeitura, responsável pelo aumento do valor das passagens, é ilegal e não tem fundamentação. O vereador disse ainda que a Portaria não traz benefício social e que não foram apresentados os arguentos para esse aumento no Diario Oficial do Município (DOM).

De acordo com Ney Lopes Júnior, é possivel conceder isenção fiscal aos empresários para que as passagens sejam subsidiadas pelo município. O presidente da Comissão de Justiça da Câmara alegou ainda que isso já ocorre em várias cidades do Brasil e faz com que o serviço público beneficie a população e o aumento dos insumos não recaia totalmente sobre o usuário.

Foi criticada também a falta de apresentação de planilhas de custos na publicação do DOM, onde não apresentaram justificativas legais

Foto: Tribuna do Norte

sobre essas despesas.

“Licitação não tem nada a ver com tarifa de ônibus”, falou Ney Lopes, em relação ao fato da CMN ainda não ter votado a licitação do transporte público. “A Semob deveria ter sido mais responsável ao publicar essa portaria”, disse o vereador. Ney Lopes Júnior criticou também a posição da secretaria, que tentou passar para a sociedade a imagem de que a CMN negligenciou e não agiu em favor da população, para mostrar discurso político dos vereadores.

Júlio Protásio criticou severamente a prefeita, alegando que Micarla de Sousa apenas ouviu os empresários e acatou a decisão deles, sem levar em conta a população, que foi surpreendida pela decisão.

No fim da sessão, os vereadores parabenizaram ainda o movimento Revolta do Busão pela forma com que enfrentaram o aumento da tarifa.

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Veradores revogam por unanimidade aumento do preço da passagem de ônibus

Notícia publicada no Diário de Natal:

Os vereadores da Câmara Municipal de Natal aprovaram por unanimidade a revogação do decreto de aumento das passagens de ônibus em Natal, durante votação na manhã desta quinta-feira (6). A proposta foi apresentada pelo vereador Júlio Protásio (PSB) na última terça, durante audiência pública que discutia o fim da dupla função dos motoristas de ônibus e dupla jornada de trabalho dos cobradores, proposta que também foi aprovada hoje, com 17 votos a zero. A publicação será feita nesta sexta-feira (7), no Diário Oficial do Município, quando a tarifa de ônibus retornará a R$ 2,20.

Um telão foi instalado do lado de fora do prédio, para que a multidão de estudantes presentes no local possam acompanhar o que se passa no plenário em tempo real. Como trata-se da anulação de um decreto, a decisão não precisará passar por um segundo turno, nem mesmo pela homologação da prefeita Micarla de Sousa.

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