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No próximo dia 31 de outubro, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) realiza o leilão de energia de reserva para energia fotovoltaica. O Rio Grande do Norte possui 42 projetos cadastrados que irão gerar 1.155 megawatts (MW) para serem entregues para uso em 2017.
Mesmo com um bom número, o estado possui apenas nove empreendimentos geradores de energia solar, totalizando 1.478,23 MW. A informação foi confirmada pelo coordenador de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), José Mário Gurgel.
“Os empreendimentos estão em operação. Esses empreendimentos são de pequeno porte, é micro, de até 100 quilowatt (kw) de capacidade instalada, e mini geração é até 1 megawatt de potência. A energia pode ser usada em residência, estabelecimento comercial e serviço e indústria”, detalhou o coordenador da Sedec.
José Mário explicou que o estilo de geração de pequeno porte não tem o objetivo de lucro, o gerador consume a própria energia, fazendo que, no máximo, anule o que seria consumido pela concessionária.
Os projetos estão instalados nos municípios de Natal, São José de Mipibu, Ceará-Mirim, Parnamirim e Alto dos Rodrigues, neste município, a Petrobras construiu uma usina de caráter experimental que gera 1,1 megawatt, consumida pela própria empresa.
Porém, a perspectiva da Sedec é que o Rio Grande do Norte desponte com a realização do leilão no final deste mês. Segundo José Mario, o Rio Grande do Norte tem um bom potencial, mas ressaltou a necessidade de um Atlas Solar, um projeto do Governo para medição do potencial da região que deverá ser formulado até 2015.
“O ano de 2014 está sendo para a fonte solar, o que 2009 foi para a fonte eólica, onde teve o primeiro leilão da fonte eólica que disputou com ela mesma. Desde o ano passado, a solar disputa com outras fontes. Agora vai ter o primeiro leilão com a energia fotovoltaica onde ela vai disputar apenas com empreendimentos fotovoltaica e o Rio Grande do Norte será competitivo”, declarou José Mário. Neste leilão, o preço teto estabelecido será de R$ 2,62 reais por megawatt/hora.
Nesse cenário favorável, o coordenador de Desenvolvimento Energético acredita que o estado da Bahia será um ‘calo’ para o RN na competição por mais projetos instalados nos estados. No leilão do dia 31 de outubro, a Bahia cadastrou 161 empreendimentos. “Pela dimensão geográfica e pelo bom potencial que tem. Tem que ser levado em consideração, em relação à quantidade de projetos, é a questão das linhas de transmissão, onde a Bahia é um estado que está em um patamar melhor em relação às linhas de transmissão”, acrescentou.
Com o start da produção de energia fotovoltaica, José Mário Gurgel prevê o desenvolvimento da cadeia produtiva, a atração de fabricantes de componentes, acirrando a competitividade, os preços baixos, formando um ciclo econômico favorável.
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