18/AGO/2015 – Projeto solar da UFRJ é citado como maior do Brasil, porém RN supera
Reportagem exibida pelo Jornal Nacional de 18/08 e pelo Bom Dia Brasil de 19/08 mostrou um projeto na Cidade Universitária da UFRJ, na Ilha do Fundão, de um estacionamento que vai gerar energia solar a ser distribuída para todo o campus, proporcionando uma economia de R$ 63 mil por ano na conta de luz da instituição, além de proteger até 65 veículos ao mesmo tempo do calor do Sol, sob os 651m2 de área ocupados pelos 414 painéis. De acordo com a matéria, este seria o maior estacionamento solar do país .
Mas, ao contrário do que diz a matéria, o maior projeto de instalação de painéis fotovoltaicos já existe e fica no Rio Grande do Norte. Na fábrica de sorvetes e água mineral Sterbom, um sistema semelhante, instalado no início de 2015, supera em muito esses números.
A fábrica está localizada no Distrito Industrial de Parnamirim. O sistema foi implantado em duas áreas, sendo uma delas o estacionamento. No total, o projeto possui 1728 painéis solares que juntos somam 2.871 metros quadrados de área coberta e geram 475.2Kwp. Já no estacionamento da fábrica foram instalados 1.134 painéis que cobrem uma área de 1.884 metros quadrados e pode abrigar cerca de 150 veículos. Mais que o dobro do projeto carioca. O investimento foi de aproximadamente R$ 3 milhões.
CRONOLOGIA SOBRE O TEMA:
13/AGO/2015 – Energia solar aposta em crescimento
A Tribuna do Norte trouxe uma matéria especial abordando os investimentos em produção de energia solar em Natal e no Rio Grande do Norte. A capital potiguar é conhecida por ser a Cidade do Sol e a instalação de sistemas fotovoltaicos, para a geração de energia através dos raios solares, tem apresentado crescimento, segundo empresas e entidades do setor. Inclusive, o crescimento deste segmento trouxe mudanças ao setor tributário do Estado.
De acordo com a matéria, a partir de 1º de setembro, o Governo do RN reduzirá a base de cálculo do ICMS sobre a energia elétrica com geração solar, atualmente em 17% de alíquota. O secretário adjunto de tributação, Fernando Amorim, explicou como será o cálculo: “vamos utilizar uma conta de luz hipotética de R$ 1 mil, onde o KW/H corresponde a R$ 1 real de tarifa e o cliente gerou 300 KW/H com a energia solar. O que acontece hoje? Ele paga R$ 1 mil, com um desconto feito pela Cosern de R$ 300, mas, o ICMS permanece, com R$ 170, já que o imposto é calculado sobre toda a conta. Mas, com o convênio, a base de cálculo será outra. O valor será os R$ 700, que é a diferença entre a fatura total e a energia gerada. É sobre este número que será calculado os 17% da alíquota, que permanece com o mesmo percentual”.
Diogo Azevedo, diretor na empresa Energia Zero Brasil e diretor de energia solar fotovoltaica do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne),disse que não há prejuízos para o Estado com com a redução do ICMS para o setor. “Sabemos que a energia é uma grande receita do Estado. Mas, o nível de pessoas que vão adotando sistemas solares é muito pequeno versus a matriz energética que você tem instalada e o crescimento populacional das cidades”. Ele ainda ressaltou que os sistemas fotovoltaicos são rentáveis também para os consumidores que possuem capital para investimentos seguros.
Segundo Azevedo, a energia solar ainda está distante do grande mercado consumidor. “Em média, gerar energia através de sistemas fotovoltaicos custa entre R$ 50 e R$ 60 mil. Atrativa, ela é. Todo mundo que conhecer os benefícios, vai se interessar. Mas, na hora do custo, o cliente se afasta. Hoje, ainda trabalhamos muito em nichos de mercados”, disse.
O retorno desse tipo de produção de energia é a médio e longo prazo. O diretor financeiro da New Energy, Paulo Morais, estima que com uma vida útil de 25 anos, os sistemas se pagam e geram receitas. Contudo, há limitadores na legislação da geração energética que influenciam nesta conta, sendo aconselhável produzir apenas aquilo que se consome.
18/JUN/2015 – Sistema de dessalinização solar
Foi entregue no RN o primeiro sistema de dessalinização alimentado por energia solar. O projeto piloto, instalado no assentamento Maria da Paz, município de João Câmara (RN), oferta água potável para 220 pessoas. O sistema recém-inaugurado integra outros cinco que já estão operando em comunidades vizinhas e beneficiam cerca de 1.500 pessoas.
O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão, destacou as vantagens do sistema de dessalinização solar: “Agora podemos atender localidades que tenham energia deficitária. Os painéis fotovoltaicos garantem maior autonomia às comunidades, que deixam de depender da prefeitura ou outra instituição para arcar com a conta de luz e o custo da adaptação para captar a energia do sol é baixo.”
A iniciativa foi fruto de uma parceria entre o governo federal com o governo do estado. Segundo o Portal Brasil, que divulgou a notícia, a tendência é o sistema movido a energia solar seja implantado em outras comunidades rurais. “Esse sistema utiliza energia limpa e ainda fornece uma autonomia para a comunidade que deixa de se preocupar com conta de luz”, ressaltou o coordenador Nacional do Programa Água Doce, Renato Ferreira.
29/JAN/2015 – Energia solar produzida no IFRN economiza 85 mil em despesas
Notícia animadora para o setor e que demostra os benefícios da energia solar: a produção de três microgeradores fotovoltaicos instalados na Reitoria e nos campi São Paulo do Potengi e Ceará-Mirim, foram responsáveis pela geração de 340.532 kWh em 2014. O resultado gerou uma economia aproximadamente R$ 85.860,00 em contas de energia elétrica.
A notícia, divulgada pela instituição, ressalta que além da considerável economia, os painéis fotovoltaicos evitaram a emissão de 30,3 T de CO2, já que o produto dos microgeradores é uma energia limpa. A primeira usina de energia solar do IFRN começou a funcionar na Reitoria do Instituto no dia 30 de dezembro de 2013. A segunda, do Campus Ceará-Mirim, entrou em funcionamento em 24 de março de 2014 e a terceira, do Campus São Paulo do Potengi, em 17 de abril de 2014.
O IFRN foi a primeira instituição pública do Rio Grande do Norte a aderir ao sistema de compensação de energia através da produção de fontes alternativas. A instituição quer ir mais além: vai instalar usinas nos campi Canguaretama, Currais Novos e Natal-Central. Os campi avançados Parelhas e Lajes inauguraram neste ano suas usinas fotovoltaicas. Como se pode perceber, a tendência é que a economia na conta de energia da instituição seja ainda maior.
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