Estado caminha para fechar 2014 como líder em geração de energia eólica

8 de setembro de 2014

Notícia publicada no Novo Jornal:

  • TALLYSON MOURA
  • DO NOVO JORNAL

O Rio Grande do Norte deve dar um salto na geração de energia eólica até o final do ano, assumindo definitivamente a dianteira do setor no país.Até 31 de dezembro de 2014, serão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) 36 usinas eólicas potiguares, adicionando à capacidade instalada do estado 975,82 MW de potência. Com este aumento, o RN baterá a marca dos 2 GW de geração.

Este avanço só será possível graças a conclusão da Subestação (SE) João Câmara III, confirmada pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) para o final de outubro deste ano.Nela serão conectados 30 parques, sendo cinco da Global (160 MW), quatro da Galvão (94MW), cinco da Energisa (150 MW), sete da Copel (196 MW), dois da Dobrevê (60 MW), dois da CPFL (108 MW) e dois da Atlantic (60 MW). Este total já representa incremento de 828,3 MW na capacidade instalada do estado.

As empresas terão o prazo de um mês, a contar da conclusão da subestação, para fazer a conexão dos empreendimentos ao SIN. E é interessante que ela se interliguem de imediato.Em decorrência do descompasso entre a conclusão dos parques e as linhas de transmissão, a maioria destas usinas está recebendo uma receita fixa do Governo Federal desde o ano passado, mesmo sem gerar energia.

"Basta olhar o número de parques viabilizados nos primeiro leilões. O estado ficará muito à frente dos outros estados" diz o coordenador de desenvolvimento energético da Sedec, José Maria Gurgel. (Foto: Ney Douglas)

“Basta olhar o número de parques viabilizados nos primeiro leilões. O estado ficará muito à frente dos outros estados” diz o coordenador de desenvolvimento energético da Sedec, José Maria Gurgel. (Foto: Ney Douglas)

Não há estimativas recentes do quanto está sendo repassado às usinas paradas por falta de linhas. Contudo, o último levantamento da Abeeólica, realizado no ano passado, mostrou que só no RN, em 2012, foram gastos cerca de R$ 100 milhões por uma energia não gerada. Esse “prejuízo” é repassado aos consumidores na conta de luz.

No cronograma da Aneel, ainda está prevista para este ano, a conexão de outros seis parques: Rei dos Ventos 1, em Galinhos, que se conectará à subestação Açu II; Terral, em Areia Branca, e Caiçara II e Caiçara I – ambas em Caiçara do Norte-, que se ligarão à SE Mossoró II; e Modelo I e Modelo II, interligadas através da Subestação João Câmara II. Elas soma à capacidade instalada, mais cerca de 150 MW de potência.

A previsão da Aneel para o início de geração de energia dos parques, divulgada mensalmente, é apresentada considerando, inicialmente, a data da entrada em operação comercial constante do ato de outorga.Em caso de verificação de atrasos ou adiantamentos dos eventos do cronograma de implantação, a informação da previsão é prorrogada ou adiantada em igual período. A fiscalização é feita com base nas informações enviadas pelo agente responsável pela usina.

Para o coordenador de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), José Mario Gurgel, não há dúvida de que o Rio Grande do Norte despontará consideravelmente neste ano, com as novas conexões que serão realizadas. “Basta olhar o número de parques viabilizados nos primeiro leilões. O estado ficará muito à frente dos outros estados”, assinalou.

O RN tem hoje quase 1/3 de todos os parques do País, prontos ou em construção. São, segundo a Aneel 149 parques, que somarão uma capacidade instalada de 3.939 MW até 2018.Do segundo lugar, a Bahia, em número de empreendimento, o RN mantém um distância de 1.350 MW de capacidade instalada e 41 parques. “Mas tudo tem dois lados. É preciso ter cuidado com a Bahia, que vem crescendo muitos nos últimos leilões”, ponderou.

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