Exposição sobre mundiais traz campeões a Natal

12 de março de 2014

Notícia publicada na Tribuna do Norte:

Carlos Arthur da Cruz 
repórter

Três campeões mundiais pela Seleção Brasileira estiveram em Natal ontem para a abertura da exposição “Brasil: um País, um Mundo”. José Macia, o Pepe, ponta-esquerda bicampeão mundial pela Seleção nas Copas de 1958 e 1962 e bicampeão mundial pelo Santos em 1962 e 1963; o zagueiro Márcio Santos, titular da Seleção campeã do mundo em 1994 e o lateral Cafu, recordista de jogos com a camisa amarelinha e bicampeão mundial em 1994 e 2002, quando foi o capitão e ergueu a taça Jules Rimet, no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão. A exposição está aberta de segunda a sexta das 9h às 18h, e aos sábados das 9h às 16h, na Universidade Potiguar — Unidade Roberto Freire.

Os três falaram sobre a oportunidade que a cidade recebeu de sediar uma exposição como essa, em que objetos como chuteiras, bolas antigas e camisas usadas pelos atletas, além de fotos e vídeos que mostram a história da Seleção Brasileira desde a primeira Copa do Mundo, disputada em 1930, no Uruguai, passando pelo fracasso de 1950, até chegar aos títulos de 1958, 1962, 1970, 1944 e 2002.

Pepe, Cafu e Márcio Santos comemoram a oportunidade de levar as peças pelas cidades do Brasil. (Foto: Magnus Nascimento)

Pepe, Cafu e Márcio Santos comemoram a oportunidade de levar as peças pelas cidades do Brasil. (Foto: Magnus Nascimento)

Para o capitão do penta, essa é a oportunidade de aproximar a população brasileira da Copa do Mundo. “Natal vai ter a oportunidade de ter um evento ímpar. Vocês vão ter a oportunidade de ver maravilhas que jamais poderiam ver em outras ocasiões, em outras cidades ou em outros países. Nós vamos poder contar a história do futebol desde o seu nascimento até os dias de hoje, desde a primeira chuteira de ferro até a chuteira de hoje que praticamente pesa cem gramas. Nós vamos contar um pouco da história que o Pepe fez na Copa do Mundo, o que o Márcio Santos fez na Copa do Mundo e dar oportunidade às outras pessoas de conviver com um pouco do que nós convivemos no futebol. O intuito da exposição é mostrar para o povo brasileiro que a Copa do Mundo é nossa. A Copa do Mundo não é da Fifa e não é de outro país. A Copa do Mundo é nossa. Fazer com o povo brasileiro se sinta dono da Copa, se sinta orgulhoso de ser brasileiro. As pessoas que tiverem oportunidade venham aqui na universidade, venham ver a exposição”, afirma.

Titular ao lado de Aldair no Mundial de 1994, Márcio Santos comenta: “Essa é a sexta edição desse museu itinerante com os campeões mundiais e está de parabéns a iniciativa de fazer esse museu porque, como o próprio Cafu disse, a Copa é do Brasil, o futebol brasileiro é o maior destaque mundial ainda, é o maior vencedor de Copas do Mundo e o maior formador de talentos do mundo. A aproximação que o brasileiro vai poder ter com esse acervo, é um acervo muito rico. A história do Brasil está praticamente toda contada nesse acervo. São peças que nós e outros atletas que ganharam os outros títulos usaram e é importante poder ter contato com todo esse acervo e ter essa curiosidade de ver mais de perto nosso jogo de futebol”, declara.

Pepe foi bicampeão mundial em 1958 e 1962. O primeiro título mundial que deu início à rica história do Brasil em Mundiais. Ele acredita que essa exposição é uma forma de reconhecimento pelo vitorioso trabalho dos atletas brasileiros vestindo a camisa amarela. “Eu tive o prazer e a honra de ser bicampeão em 1958 e 1962 na Seleção Brasileira. São títulos que fazem com que a gente se sinta orgulhoso. O Brasil começou em 1958 uma nova era. O Brasil não era campeão do mundo e partir de 1958 nós tivemos aquela grande conquista. O Brasil conheceu não só uma Seleção imbatível como dois dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos: o Pelé, com quem eu tive a honra de jogar mais de dez anos quando atuava no Santos e o Garrincha. Estar aqui em Natal, ser homenageado ao lado desses grandes campeões ao meu lado é motivo de grande satisfação”, conta.

Para o idealizador da exposição, Paulo Gini, expor seu acervo no início era uma barreira, mas depois de ver seu material causando comoção nos visitantes, tem um orgulho imenso de expor sua coleção. “Na verdade, começou desde pequenininho. Eu tinha 2 ou 3 anos, meu avô era diretor do Corinthians e eu conseguia entrar nos jogos, no vestiário e pegar, então eu lembro que ganhei minha primeira camisa com 3 anos, na final do Campeonato Paulista de 1982, fiquei maravilhado e comecei a colecionar. Coleciono há 35 anos e fui atrás de todos os jogadores, ver o que eles tinham de acervo, pesquisando e cheguei nessa coleção de mais de 4 mil peças.  É o maior acervo de Seleção Brasileira que existe”, revela. A “Brasil: um País, um Mundo” fica em Natal entre os dias 12 de março e 4 de abril.

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