25/NOV/2015
Com informações do CERNE Press
A capital potiguar vai sediar a 8ª edição do Fórum Nacional Eólico 2016 – Carta dos Ventos. O anúncio oficial aconteceu durante a abertura da sétima edição do evento, ocorrido nos dias 24 e 25 de novembro, na cidade de Salvador/BA. A novidade simbolizou o retorno do FNE à cidade que sediou as primeiras edições do fórum. O evento reúne anualmente empresários e membros do poder público para discutir a regulação do setor eólico brasileiro.
Na ocasião, também foram delineados os quatro temas que irão nortear as discussões na próxima edição, são eles: transmissão, logística, financiamento e questões socioeconômicas no setor eólico. O foco será mostrar o panorama atual de cada tema, elencar os problemas enfrentados pelo setor e planejar soluções que promovam o desenvolvimento da indústria eólica.
A programação também vai agregar debates sobre exploração do potencial offshore, regulação da atividade eólica e tributação da geração de energia.
O Governo do Rio Grande do Norte esteve representado pelo secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Otomar Lopes Júnior, que recebeu o status de anfitrião da próxima edição do Fórum Nacional Eólico 2016 e convidou as autoridades presentes para participar do evento, previsto para abril do ano que vem.
Panorama
O diretor-presidente do CERNE, Jean-Paul Prates, presente no evento, falou em palestra sobre a importância do Fórum para o desenvolvimento regulatório do setor eólico brasileiro. Prates traçou um histórico, mostrando a evolução da indústria eólica desde 2009, quando a fonte energética sequer participava dos leilões de energia promovidos pelo Governo Federal.
A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Gannoun, apresentou os resultados do Climatescope 2015, estudo elaborado pela Bloomberg New Energy em 55 países da América Latina, África e Ásia. O estudo coloca o Brasil em destaque, pela segunda vez consecutiva, como o segundo país mais atrativo para investimentos em energias renováveis no mundo, ficando atrás apenas da China no ranking global.
Élbia também apresentou dados do estudo anual realizado pelo Conselho Global de Energia (GWEC) que mostra o Brasil como o 10º país com maior capacidade eólica instalada e também o 10º maior produtor de energia renovável no mundo.
Nordeste se destaca
O secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jorge Hereda, destacou a importância da atividade eólica como a “terceira onda” da economia baiana. “O setor eólico para a Bahia tem sido tão importante quanto os ciclos do pólo petroquímico e da indústria automotiva”, afirmou.
Representando o Governo do Piauí, o secretário Mineração, Petróleo e Energias Renováveis, Luís Coelho, ressaltou a evolução do estado nos últimos na atração de investimentos em energia eólica e manifestou interesse em estreitar as discussões com os estados líderes do setor (RN e BA).
Coelho salientou o grande potencial do Piaui para energia solar e mencionou a vinda do governador do Estado, Wellington Dias, para a próxima edição do evento, previsto para abril de 2016 em Natal, Rio Grande do Norte.
Carta dos Ventos
A Carta dos Ventos é um instrumento que reúne as intenções e pleitos de toda a cadeia de produtos e serviços para a produção de energia eólica junto aos governos.
Criada em 2009, a Carta dos Ventos tem cumprido seu papel de guiar as decisões no setor público e privado em benefício de uma indústria nacional mais competitiva e uma geração de energia abundante, ambientalmente amigável e socialmente inclusiva.
A pauta para 2016 trará assuntos como a revisão do modelo de concessões federais para a transmissão de energia elétrica, aprimoramento da logística de transporte dos equipamentos eólicos, a criação de novas formas de financiamento para atração de empreendimentos e a maximização dos benefícios sócio-ambientais nas regiões produtoras.
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