Notícia publicada no portal Nominuto.com:
O nível dos reservatórios de água das hidrelétricas que produzem a energia consumida no Rio Grande do Norte não é dos melhores, contudo, já é suficiente para que o Governo Federal possa desligar até o final deste mês duas das mais caras termoelétricas do Brasil, a Potiguar 2 e Potiguar 3, localizadas em Macaíba. A medida visa diminuir o gasto com a produção energética, gerando uma economia de, aproximadamente, R$ 80 milhões por mês para a União. No entanto, para o consumidor local, a previsão continua sendo de pagar a mais pela energia, para diminuir o valor que já foi gasto para que as usinas produzissem até agora.
As termoelétricas do RN estão em funcionamento desde o final do ano passado e, se fosse seguir o que rotineiramente acontece, teriam sido desligadas no início de 2013, ou seja, serviriam apenas para atender a demanda crescente do veraneio. O problema é que, em 2013, com o nível dos reservatórios das hidroelétricas bem mais baixo, foi necessário manter as termoelétricas em funcionamento por um pouco mais de tempo, mesmo elas produzindo uma energia que custa cerca de R$ 1 mil por cada quilowatt gerado – a base de óleo diesel.
Consequentemente, com essas duas, o Rio Grande do Norte produz uma das energias a base de termoelétricas mais caras do Brasil. “Essas quatro usinas (as duas em Macaíba e mais as de Pau Ferro e a Termomanaus, em Pernambuco, também serão desligadas) são realmente muito caras. Nós vamos economizar com elas aproximadamente de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões por mês. É uma economia significativa”, analisou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
A decisão nesse momento, porém, só é possível porque o nível de água nos reservatórios continua longe do ideal, mas já é superior ao que o próprio Governo Federal previa. No Nordeste, por exemplo, eles estão chegando a 49% do seu limite, se tornando suficientes para atender a demanda existente sem a necessidade de racionamento ou risco de apagão. “O nível das represas dá completa tranquilidade para iniciar o desligamento das térmicas. Nós imaginávamos que chegaríamos ao final do período chuvoso com 50% a 55% de armazenamento nos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, mas chegamos com 63%, muito além do que esperávamos”, disse o ministro.
É importante lembrar que, mesmo com o desligamento das duas termoelétricas no RN, o consumidor potiguar deverá continuar com a previsão nada animadora de pagar mais caro pela energia elétrica – aumento médio de, aproximadamente, 3,5%. Isso porque a utilização dessas usinas térmicas até agora gerou um custo extra para a União de R$ 2 bilhões. O valor do prejuízo será repassado ao consumidor ao longo de cinco anos na tarifa de energia.
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Notícia publicada no blog economia do RN, por Aldemir Freire:
A geração de energia elétrica no RN caiu significativamente nas últimas semanas e promete seguir em queda pelos próximos meses.
A principal razão para essa queda foi a redução do ritmo de despachos das usinas termelétricas existentes no estado. Essa redução decorre da melhora dos níveis dos reservatórios das usinas hidráulicas.
Atualmente três usinas térmicas localizadas no RN estão sendo despachadas.
A principal delas é a Jesus Soares Pereira, também conhecida como Termoaçu, localizada no município de Alto do Rodrigues e que é movida a gás natural. Do início de outubro até medos de fevereiro essa usina vinha produzindo uma média de 300 mwh. Agora seu ritmo de produção caiu praticamente à metade, pra cerca de 160 mwh. Mesmo assim esse ainda é um ritmo acima do habitualmente gerado por essa usina.
As outras duas usinas são a Potiguar e a Potiguar III, localizadas no município de Macaíba e movidas a óleo combustível. Essas usinas começaram a ser despachadas no fim de outubro de ano passado. Até meados de março o ritmo de produção das duas era de aproximadamente 100 mwh. Desde então sua produção caiu para 50 mwh e ontem o Ministro Edson Lobão anunciou que até o final do mês de março as mesmas não estarão mais em operação. Essas duas usinas, por serem movidas a óleo diesel, são algumas das que produzem energia mais cara do país e também são mais poluentes. As mesmas funcionam em sistema de reserva, ou seja, são uma espécie de “seguro” do sistema elétrico, só sendo ativadas em momentos críticos de oferta hídrica. Foi justamente isso que aconteceu desde meados do ano passado. Com a melhora do nível dos reservatórios tais usinas podem ficar paradas novamente.
Na verdade elas não serão desativadas, elas apenas não irão mais produzir energia até que o Operador Nacional do Sistema decida despachá-las novamente.
Mas está ocorrendo também uma redução no volume de geração das usinas eólicas existentes no estado. Nesse caso o fator decisivo é a sazonalidade. Estamos no período de ventos menos intensos na região.
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