Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Indústria do RN está menos confiante

21 de junho de 2012

Os empresários do setor industrial potiguar estão menos confiantes em junho. O ICEI, índice que me a confiança da atividade, divulgado pela Federação das Indústrias (Fiern), registrou queda de de 1,69%, ao passar de 59,2 para 58,2 pontos entre maio e junho. O recuo foi generalizado entre setores e portes de empresas avaliados.

As condições atuais da economia brasileira, da economia estadual e da própria empresa ainda são consideradas desaforáveis, de acordo com informações da Fiern. As expectativas dos executivos com relação aos próximos seis meses são, também, menos otimistas do que no levantamento de maio.

Indústria de açúcar no Rio Grande do Norte: a indústria de transformação é uma das que mostraram maior queda no indicador. (Foto: Emanuel Amaral)

De acordo com a Federação, a queda no ICEI reflete a persistente desaceleração da economia nacional, cujo cenário se tornou ainda mais incerto para os investimentos privados em decorrência do agravamento da situação internacional. “Os estímulos contracíclicos oferecidos pelo governo com o intuito de aumentar o consumo e a produção industrial, o recuo nos juros, além da recente desvalorização cambial não conseguiram melhorar o ânimo do empresário, que parece estar mais influenciado por sinais negativos externos e atento ao aumento da inadimplência da população. Em matéria de menor confiança, o Rio Grande do Norte acompanhou a tendência nacional”, disse a Federação, em nota.

Resultados

O Índice de Confiança do Empresário Industrial potiguar, elaborado com base em Sondagem realizada entre os dias 1º e 18 do mês, registrou recuo de 1,69%, mas mantém-se acima da linha divisória dos 50 pontos, revelando que os empresários potiguares permanecem confiantes, ainda que em menor intensidade. Na comparação com junho de 2011, o ICEI caiu 4,43%.

O decréscimo no ICEI deve-se, segundo a Fiern, tanto à percepção de piora nas condições atuais dos negócios, quanto à diminuição do otimismo em relação aos próximos seis meses. O indicador de condições atuais recuou 2,50%, passando de 48,0 para 46,8 pontos (valores abaixo de 50 pontos indicam piora). O indicador de expectativas, por sua vez, apontou queda de 1,70%, passando de 64,8 para 63,7 pontos (valores acima de 50 pontos indicam otimismo).

As indústrias extrativas e de transformação mostraram a maior queda do indicador na comparação mensal (-2,68%), passando de 59,6 para 58,0 pontos. Já o ICEI da indústria da construção apontou declínio de 0,68%, passando de 59,0 para 58,6 pontos (valores acima de 50 pontos indicam empresários confiantes).

A retração no nível de confiança, em junho, ocorreu de forma mais intensa entre os pequenos empresários, cujo indicador caiu 2,61%, passando de 57,5 para 56,0 pontos. Já o ICEI dos médios e grandes empresários recuou 1,51%, passando de 59,8 para 58,9 pontos.

Comparando-se o ICEI do Rio Grande do Norte com o divulgado dia 20/06 pela CNI para o Brasil, observa-se, nos dois casos, queda no nível de confiança. Contudo, o indicador nacional reportou maior redução (-3,11%), passando de 57,9 para 56,1 pontos. Além disso, a maior queda ocorreu entre as médias e as grandes empresas.

Eletros pede prorrogação de redução do IPI

Brasília (AE) – O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, pediu ontem ao Ministério da Fazenda que seja prorrogada a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para itens da linha branca. A medida foi anunciada em dezembro do ano passado pelo governo como uma das ações de estímulo à economia. A redução do IPI terminaria no final de março, mas foi prorrogada por mais três meses. Por isso, o setor já se mobiliza para evitar uma elevação do tributo a partir de julho. “Imagine como ficará o consumo se vier a seguinte notícia: IPI volta a aumentar”, comentou Kiçula, após encontro com o secretário executivo do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.

O presidente da Eletros disse que foi o primeiro encontro com o governo para pedir a extensão do benefício. Barbosa, segundo ele, pediu à Eletros que apresente um estudo sobre o desempenho do setor. Uma nova reunião será marcada.  As alíquotas de IPI para geladeira estão em 5% e para máquina de lavar, 10%. Fogões e tanquinhos estão isentos de IPI.

O presidente da Eletros informou que as vendas cresceram entre 5% e 10%, dependendo do produto, no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, mas voltaram a registrar queda em abril. Os dados de maio mostraram uma nova recuperação, com alta em torno de 5% em relação ao mesmo mês de 2011.

Kiçula disse que o governo está interessado no comportamento do mercado deste mês e que, por isso, o setor deve apresentar um balanço com a tendência das vendas na próxima semana. Ele relatou que, apesar da grande expectativa do setor sobre a continuidade do IPI reduzido, o governo não sinalizou se manterá o benefício para os produtos. Mais do que isso, Barbosa teria perguntado sobre as contrapartidas dadas pelo setor à diminuição do imposto, como eficiência energética, estimulo às vendas e aumento dos investimentos.

Termina também no dia 30 deste mês a redução de IPI para luminárias, lustres, papeis de parede, laminados e revestimentos e móveis. O governo condicionou o benefício tributário à manutenção dos empregos.

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