Agripino Maia de volta à liderança do DEM no Senado

28 de março de 2012

O SENADOR JOSÉ Agripino (RN) assumiu ontem a liderança do DEM no Senado, depois de o colega de bancada e de partido Demóstenes Torres (GO) pedir o afastamento do cargo em meio às denúncias de ligação com o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Agripino disse que a Procuradoria Geral da República tem que divulgar o inquérito para que Demóstenes possa se defender de fatos e não de insinuações.

Agripino assume vaga de Demóstenes Torres na liderança do DEM no Senado

Agripino assume vaga de Demóstenes Torres na liderança do DEM no Senado. (foto:VALTER CAMPANATO / ABR)

O novo líder afirmou que a situação de Demóstenes é “incômoda” porque sobre ele pairam dúvidas que não foram esclarecidas. “O que não pode é perdurar a dúvida. É acusado de que? Qual a legitimidade da denúncia? A Procuradoria tem todos os elementos para fazer isso, para que os acusados possam ter direito de defesa. É isso que o DEM quer”, disse.

Agripino afirmou que o partido não convive com a falta de ética e que, caso as denúncias sejam comprovadas, Demóstenes será expulso. “Na hora em que seus líderes são acusados, com base em evidências em perda de decoro, o partido nunca hesitou em expulsar. O Democratas tem uma tradição a zelar e a zelará. Não convivemos com a perda da ética.”

Investigação policial gravou cerca de 300 diálogos entre o senador Demóstenes e o empresário de jogos por pelo menos oito meses. O democrata também ganhou de Cachoeira um fogão e uma geladeira, presentes que segundo Demóstenes foram oferecidos por um “amigo” quando se casou no ano passado.

AFASTAMENTO
Demóstenes pediu para deixar a liderança do DEM no Senado. Em meio às denúncias de ligação com o empresário, ele enviou carta para o presidente do partido, senador José Agripino (DEM–RN), formalizando o pedido para se afastar da liderança. “Afim de que eu possa acompanhar a evolução dos fatos noticiados nos últimos dias, comunico a Vossa Excelência o meu afastamento da liderança do Democratas no Senado Federal”, afirmou em carta de três linhas endereçada a Agripino.

Abatido, Demóstenes passou a manhã em seu gabinete no Senado, mas não circulou pelos corredores da Casa. O democrata procurou líderes partidários para pedir apoio político. Disse que espera o julgamento criminal pela Procuradoria Geral da República, mas espera ser poupado de um processo no Conselho de Ética do Senado — que poderia lhe acarretar a perda de mandato.

 

PROCURADORIA VAI INVESTIGAR DEMÓSTENES

 

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, confirmou que vai pedir a abertura de inquérito para investigar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) por possíveis ligações criminosas com o empresário do ramo de jogos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Demóstenes foi citado nas investigações que resultaram na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desmantelou um esquema de exploração de jogos caça-níqueis.

Na tarde de ontem, Gurgel recebeu deputados e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Segundo os parlamentares, o procurador afirmou que pedirá a abertura nas “próximas horas”.

Demóstenes admite que recebeu de Cachoeira um telefone especial para conversas entre os dois. A investigação policial gravou cerca de 300 diálogos entre o senador e o empresário de jogos por pelo menos oito meses.

O democrata também ganhou de Cachoeira um fogão e uma geladeira, presentes que segundo Demóstenes foram oferecidos por um“amigo” quando se casou no ano passado.

Demóstenes pediu para deixar a liderança do DEM no Senado. Em meio às denúncias de ligação com o empresário, ele enviou carta para o presidente do partido, senador José Agripino (DEM–RN), formalizando o pedido para se afastar da liderança.

Afim de que eu possa acompanhar a evolução dos fatos noticiados nos últimos dias, comunico a Vossa Excelência o meu afastamento da liderança do Democratas no Senado Federal”, afirmou em carta de três linhas endereçada a Agripino.

Demóstenes pediu para deixar a liderança do DEM no Senado.

Demóstenes pediu para deixar a liderança do DEM no Senado.

Abatido, Demóstenes passou a manhã em seu gabinete no Senado, mas não circulou pelos corredores da Casa. O democrata procurou líderes partidários para pedir apoio político. Disse que espera o julgamento criminal pela Procuradoria-Geral da República, mas espera ser poupado de um processo no Conselho de Ética do Senado – que poderia lhe acarretar a perda de mandato.

 

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