A Unicat ainda sofre com falta de remédios, mas, atualmente, o maior problema é a lentidão no sistema de informática – quando cai a rede, não se pode atender ninguém, pois tem que registrar a entrega de remédios. Rainier Morais, responsável pelo atendimento ao usuário disse que o problema já foi maior, no entanto está normalizando, mas reconhece que ainda é lento o atendimento, quando o sistema cai e a pessoa é recém-operada o remédio é liberado assim mesmo.
Conforme explicou Rainier,o azatioprina, um remédio utilizado na tentativa de impedir a degradação metabólica da 6 – mercaptopurina e que é usado na dermatologia, gastroenterologia, oncologia, reumatologia e várias outras áreas da medicina, devido às suas propriedades antileucêmicas, antiinflamatórias e imunossupressoras, é um dos produtos que está em falta.
Já a questão do sistema o responsável pelo atendimento disse que o programa do Ministério da Saúde estava muito lento e caindo constantemente. Cada vez que caia o atendimento parava o que gerava sempre muita reclamação. “Todo dia as pessoas reclamam aqui” adianta.
Na semana passada um técnico do Ministério da Saúde esteve na Unicat, conversou sobre o programa e ouviu a reclamação da lentidão do mesmo, que é usado simultaneamente em todo o País, prometendo resolver a questão.
Hoje o sistema estava funcionando bem. Às 9h geralmente caia o sistema, hoje não caiu, segundo Rainier mesmo assim o atendimento estava sendo lento. “Um atendimento de cinco minutos está se fazendo em 30 e isto tem uma explicação: as pessoas eram cadastradas no outro sistema que foi desativado e tem que ter cadastro neste novo programa, então em vez de só entregar o remédio, estamos fazendo um novo cadastro de todos, pois o cadastro velho perde o valor em um de junho”, adianta.
Rainier contou um problema que aconteceu ontem quando um usuário chegou pouco depois das 17h e queria entrar, o que não pode, ele irritado chutou a porta que a arrombou.
O atendimento, conforme explicou Rainier vai até as 19h, mas como está lento, se fecha às 17h, mas as reclamações são sempre constantes. “Todo dia o povo reclama” explica. Segundo ele 400 pessoas por dia, em média, procuram a Unicat.
Quem vem pela primeira vez tem outro atendimento onde vai apresentar a documentação necessária. São 20 pessoas por dia, um só atendente e também muita reclamação. “As pessoas também desconhecem este funcionamento, quando vem com os documentos passa por uma junta médica que autoriza ou não, a entrega de medicamentos, eles querem receber no mesmo dia, e esta junta dá um parecer em três dias. Quando a junta não autoriza o remédio vem mais reclamações para a gente ouvir”, diz.
Maria Cícera da Silva, do lar, disse que é a sexta vez que vem para o primeiro atendimento porque sempre alegam que falta algum documento. Hoje pegou a ficha número sete, tendo chegado às 6h15 e às 9h não havia ainda sido atendida. ”É muito lento, incompleto e se tiver tudo certo ainda vou ter que aguardar três dias para começar a usar o remédio que estou precisando. Eu sei que está faltando este remédio, mas ninguém de confirmou ainda”, explica.
O comerciante agrário Francisco de Assis Ramalho Rocha disse que nem sempre tem muita gente atendendo. Achava estranho ter muitos atendentes hoje e lamentou a demora no atendimento. “Não sei por que ninguém reclama”, diz.
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