Saiu na Tribuna do Norte:
Vinícius Menna
Repórter
A seca prolongada de 2012 e 2013 afetou diretamente as casas de mel que cortam o Rio Grande do Norte do Oeste ao Mato Grande, acarretando na perda de 73% das colméias e na queda de cerca de 60% na produção. A falta das chuvas – que são essenciais para que o interior floresça e atraia as abelhas – influenciou inclusive na saída do mel da pauta de exportação do RN, que chegou a ocupar em 2011 a sexta colocação no ranking dos estados que vendem o produto ao exterior. Agora, mesmo com um inverno irregular, apicultores comemoram a recuperação de 35% das colméias, na média das regiões, investem na diversificação de produtos para garantir renda durante o ano todo e nutrem uma perspectiva positiva para 2015, com a possibilidade de retomar o comércio para fora do país.
Recuperação
De acordo com o presidente da Associação de Apicultores de Serra do Mel e ex-presidente da Federação Apícola do RN, José Hélio da Costa, em 2014, apiários situados nas proximidades de Apodi e Pau dos Ferros tiveram uma recuperação de até 60%. Já em cidades como Mossoró, Areia Branca, Serra do Mel, Lajes e em municípios da região do Mato Grande, a recuperação foi menor devido às chuvas irregulares.
Segundo o vice-presidente da Federação, Gilson Nunes, a recuperação média dos enxames foi de 35%. “Com a falta de chuvas, as abelhas começaram a procurar outros lugares. Se dependesse das abelhas retornar, não teríamos recuperado. O que ajudou mais foi a multiplicação dos enxames. De uma caixa boa, fizemos duas”, explica.
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