Natal está com risco de super oferta na hotelaria

19 de junho de 2012

Cinco das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 correm o risco de ter, após a competição, mais quartos de hotéis do que turistas dispostos a ocupá-los. É o que aponta o levantamento Placar da Hotelaria, do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), divulgado ontem. Apesar de não estar incluída na lista de sedes com alto risco de super oferta no setor, Natal não escapa da ameaça, segundo o levantamento.

De acordo com os dados, na capital potiguar, há “risco moderado” de super oferta no segmento de hotéis de médio padrão (midscale). A previsão é que o segmento tenha a taxa de ocupação reduzida de 67% – registrada em 2011 – para 63% em 2015.

Rede de hotéis em Natal: a oferta de quartos está em expansão. Foto: (Alex Régis)

A cidade, que tem uma oferta de 1.370 quartos nessa categoria, deverá  ter uma adição de 463 novos quartos até 2015. Também haverá crescimento na oferta em hotéis econômicos, em que o número de quartos deve saltar de 3.854 para 4.520 – serão 666 a mais. Não há projeções disponíveis, entretanto, para a taxa de ocupação nem para os riscos de super oferta deste segmento nem do segmento de hotéis de alto padrão, que, até 2011, tinham 868 quartos em Natal, de acordo com o levantamento.

Outras sedes estão com o sinal de alerta aceso. Das doze que foram analisadas, cinco apresentam alto risco de super oferta em pelo menos uma das categorias analisadas (Econômico, Midscale e Upscale), o que significa que o investidor deve ter cautela antes de construir ou comprar novos hotéis, diz o FOHB. A lista inclui Brasília, Cuiabá, Belo Horizonte, Manaus e Salvador, sendo que as três últimas têm alertas nas categorias econômica e superior (midscale).

De acordo com o levantamento, as cinco cidades terão baixas taxas de ocupação a partir de 2015. Rio de Janeiro e São Paulo, por outro lado, apresentam boas perspectivas de demanda para os novos empreendimentos.

Para o presidente do FOHB, Roberto Rotter, o estudo reflete a realidade do setor e a necessidade do planejamento cauteloso para novos investimentos. “Um dos objetivos do Placar da Hotelaria é alertar que a construção de novos hotéis não deve ser pautada pela chegada de grandes eventos, mas, sobretudo, pelo desenvolvimento do turismo e da economia, porém, é necessário que os investimentos atendam à demanda do mercado”, diz ele. “É importante garantir acomodação para os visitantes que participarão da Copa do Mundo, mas não à custa de investidores incautos”, complementa o documento.

Em sua quarta edição, a análise incluiu novos hotéis que não estavam nas projeções anteriores e mantém o alerta em algumas regiões sobre o crescimento do setor hoteleiro, que subiu 5,4% em comparação ao levantamento anterior, divulgado em outubro de 2011. Até 2015, estão previstos 21.143 novos apartamentos na rede de hotelaria do país.

De acordo com o estudo, Belo Horizonte é uma das cidades com maior risco de superoferta, tendo em vista que a quantidade de quartos em 2015 quase dobrará em relação ao número atual, passando de 6,2 mil para 12 mil. Com isso, a taxa de ocupação que, no ano passado, estava em 70% nos hotéis econômicos, poderá cair para 49%. Nos quartos de padrão médio também pode haver redução, de 67% para 43%.

Outra situação apontada como crítica pelo documento é a de Cuiabá, que teria a taxa de ocupação reduzida de 65% para 49% em 2015. Segundo estimativa do FOHB, o número de quartos disponíveis na capital matogrossense aumentará de 1,7 mil para 2,7 mil.

Contramão

São Paulo (ABr) – Rio de Janeiro e São Paulo, que já apresentam elevadas taxas de ocupação, permanecem como boas opções de investimento para a indústria hoteleira, aponta o estudo. Nos hotéis econômicos da capital fluminense, por exemplo, que atualmente têm taxa de ocupação de 84%, a expectativa é de elevação para 88%. Também é esperado crescimento nas taxas dos hotéis de luxo (alto padrão), de 70% para 75%. Nas acomodações de padrão médio, por outro lado, a previsão é queda de 77% para 68%. São Paulo, que tem um oferta hoteleira atual de 37,7 mil quartos, passará para 38,7 mil em 2015. A demanda deve sustentar esse crescimento em todas as categorias, segundo estimativa publicada no Placar da Hotelaria. No geral, estima-se uma taxa de ocupação de 79% em 2015, elevação de 11 pontos percentuais em comparação com o índice atual (68%).

Deu no blog do Luciano Kleiber

Não precisamos (mesmo) de mais hotéis no estado

Para aqueles que ainda acham que o RN precisa de mais hotéis, mais uma prova que o caminho das pedras para aquecer nosso turismo – mesmo em tempos de Copa do Mundo FIFA – é mesmo investir alto na promoção do nosso destino, ressaltando nosso potencial e nossas diversidades de atrativos.

O Placar da Hotelaria, do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), divulgado nesta segunda-feira, 18, mostra que cinco das doze cidades-sede da Copa correm o risco de ter uma superoferta de leitos e ficar sem ter o que fazer com eles após o Mundial de Futebol. Apesar de não estar incluída na lista de sedes com alto risco de super oferta no setor, Natal não escapa da ameaça, segundo o levantamento.

De acordo com os dados, na capital potiguar, há “risco moderado” de super oferta no segmento de hotéis de médio padrão (midscale). A previsão é que o segmento tenha a taxa de ocupação reduzida de 67% – registrada em 2011 – para 63% em 2015.

A cidade, que tem uma oferta de 1.370 quartos com esta classificação, deverá ter uma adição de 463 novas unidades até 2015. Também haverá crescimento na oferta em hotéis econômicos, em que o número de quartos deve saltar de 3.854 para 4.520 – serão 666 a mais. Não há projeções disponíveis, entretanto, para a taxa de ocupação nem para os riscos de super oferta deste segmento nem do segmento de hotéis de alto padrão, que, até 2011, tinham 868 quartos em Natal, de acordo com o levantamento.

Outras sedes estão com o sinal de alerta aceso. Das doze que foram analisadas, cinco apresentam alto risco de super oferta em pelo menos uma das categorias analisadas (Econômico, Midscale e Upscale), o que significa que o investidor deve ter cautela antes de construir ou comprar novos hotéis, diz o FOHB. A lista inclui Brasília, Cuiabá, Belo Horizonte, Manaus e Salvador, sendo que as três últimas têm alertas nas categorias econômica e superior (midscale).

O presidente do FOHB, Roberto Rotter, explica que o estudo reflete a realidade do setor e a necessidade do planejamento cauteloso para novos investimentos. “Um dos objetivos do Placar da Hotelaria é alertar que a construção de novos hotéis não deve ser pautada pela chegada de grandes eventos, mas, sobretudo, pelo desenvolvimento do turismo e da economia, porém, é necessário que os investimentos atendam à demanda do mercado”, diz ele. “É importante garantir acomodação para os visitantes que participarão da Copa do Mundo, mas não à custa de investidores incautos”, complementa o documento.

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