Erguer equipamentos públicos normalmente é a tática adotada por quem exerce o poder para deixar suas marcas de governo. Só que é muito comum que as grandes obras se arrastem por anos a fio até que fiquem prontas ou sejam inauguradas pela metade. Outras simplesmente se tornam inúteis, os chamados elefantes-brancos. Fiquemos no primeiro caso, o das obras inacabadas. E apenas em cinco exemplos. Cinco obras realizadas em Natal cujo valor somado se aproxima de R$ 212 milhões e que já são alvo de um Inquérito Civil Público movido pela procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Cibele Benevides.
O MPF solicitou informações à Prefeitura de Natal e Governo do Estado sobre os convênios, contratos, prazos e valor investido em cada uma dessas obras: Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, Viaduto do Pró-Transporte, Estação de Tratamento de Esgotos do Baldo (ETE), Centro de Estudos e Pesquisas da Natureza (Ecocentro), do Idema; além da nova sede da UERN, que funciona ao lado do já inaugurado Complexo Cultural de Natal (Zona Norte).
A reportagem de O Poti/Diário de Natal esteve nas cinco obras inacabadas. Constatou o “abandono” que já estava relatado no último despacho, emitido pela procuradora substituta Cibele Maciel da Costa, em 25 de abril. Afastada do MPF, a procuradora Cibele Benevides está de licença maternidade por seis meses e não pode comentar o assunto. Mas a reportagem constatou que, na maior parte dos casos, as obras estão paradas.
Noutras obras, os equipamentos foram entregues sem estar 100% prontos. É o caso do Viaduto do Pró-Transporte, que liga a Avenida das Fronteiras, Zona Norte da capital. O viaduto ficou anos incompleto, aguardando a finalização dos acessos, que dependiam de desapropriações na região dos conjuntos Soledade, Vale Dourado e Santarém. A seguir um breve panorama sobre cinco grandes obras inacabadas em Natal.
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