Partidos potiguares definem critérios para formação de alianças

21 de outubro de 2013

Tribuna do Norte:

Os líderes partidários das principais legendas no Rio Grande do Norte já definiram os primeiros critérios para abrir diálogo com vistas a alianças para o pleito 2014. Os Governos Dilma Rousseff e Rosalba Ciarlini servem de divisores para alguns dos partidos.

No caso do PT, por exemplo, alguns dos integrantes da legenda defendem que o partido faça aliança apenas com quem integra o bloco de apoio a reeleição de Dilma Rousseff. Já o PDT, que é da base do Governo Federal, tratará o assunto de forma diferente: a restrição é para os partidos que apoiam o Governo Rosalba Ciarlini.

Antes de chegar com nomes às urnas, partidos terão que definir novas coligações. (Foto: Junior Santos)

Antes de chegar com nomes às urnas, partidos terão que definir novas coligações. (Foto: Junior Santos)

O Democratas, partido da chefe do Executivo estadual, aposta nas alianças com os “tradicionais” aliados, como é o caso do PMDB e PR. Já os peemedebistas não fazem restrições e anunciam que conversarão com todas as legendas.

O PSB opta por abrir negociação com todos os partidos que são oposição ao Governo Rosalba Ciarlini. A própria líder do PSB, vice-prefeita Wilma de Faria, não fecha as portas para o PT no Estado e acredita que a resolução nacional dos petistas poderá permitir que não se concretize o rigor da verticalização nacional, defendida pela cúpula local petista.

Projeto

Presidente estadual do PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, afirmou que os peemedebistas abrirão conversa apenas quando estiverem com o projeto para o Rio Grande do Norte. “Conversaremos com todos os partidos preferencialmente com os que pensam semelhante a nós no projeto para o Estado”, destacou o parlamentar, ressaltando que a aliança não será obrigatoriamente verticalizada. Henrique Eduardo Alves lembrou o pleito de 2010 quando o então senador candidato a reeleição Garibaldi Filho apoiou a candidata do DEM ao Governo e a presidente Dilma Rousseff. “Dois meses depois (da campanha) Garibaldi estava sendo escolhido como ministro da presidente Dilma, o que mostra que o próprio Governo sabe separar o joio do trigo”, avaliou o presidente estadual do PMDB.

O deputado federal analisou que a chapa majoritária não caberia uma participação do DEM, partido da governadora Rosalba Ciarlini. No entanto, Henrique Eduardo não faz restrição ao Democratas integrar uma aliança proporcional com o PMDB. “Na chapa majoritária não caberia uma participação do DEM, já que nos afastamos do seu governo. Mas não impediria que na proporcional pudéssemos nos coligar”, comentou o parlamentar federal.

O ministro da Previdência, Garibaldi Filho, um dos principais líderes do PMDB no Rio Grande do Norte, segue tom semelhante ao do deputado Henrique Eduardo Alves. Em recente entrevista, ele afirmou que os peemedebistas só discutirão alianças com partidos que  não estejam apoiando a governadora Rosalba Ciarlini.

O ministro, inclusive, não descartou a aliança com o Democratas, mas desde que o partido não apóie a chefe do Executivo estadual.

As referências
Partidos procuram definir orientações mínimas

PMDB
Mantém o diálogo com todos os partidos. Não restringirá conversas a apenas os partidos da base do Governo Federal.

DEM
Priorizará alianças com tradicionais aliados, como PMDB e PR.

PT
Restrição: partidos que não apoiam a reeleição da presidenta Dilma Rousseff.

PSB
Fará aliança com todos os partidos de oposição ao governo Rosalba Ciarlini.

PSD
Restrição: não se coligará com quem for contrário à reeleição da presidenta Dilma.
Não se coliga com partido de apoio ao governo Rosalba.

PDT
Restrição: partidos que apoiam o governo Rosalba Ciarlini.

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