Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Perfil da produção agrícola do Rio Grande do Norte

29 de outubro de 2012

Notícia publicada do Blog Economia do RN, de Aldemir Freire:

O IBGE divulgou ontem (26/10) a Pesquisa Agrícola Municipal 2011 (PAM 2011), que faz um amplo retrato da agricultura brasileira, cobrindo a produção de 64 produtos em todo o território nacional, com dados que detalham até o nível de município as informações sobre área plantada e colhida, quantidade produzida, produtividade e valor da produção.

Foto: Blog Economia do RN

Segundo os resultados dessa pesquisa a produção agrícola brasileira em 2011 foi de R$ 195,6 bilhões, sendo R$ 156 bilhões oriundos das lavouras temporárias e R$ 39,6 bilhões das culturas permanentes. São Paulo é a Unidade da Federação com o maior valor da produção agrícola, cerca de R$ 35 bilhões. Já em termos de cultura os principais produtos da agricultura brasileira são: soja (R$ 50,4 bilhões), cana-de-açúcar (R$ 39,2 bilhões), milho (R$ 22,2 bilhões), café (R$ 16,2 bilhões) e algodão herbáceo (R$ 7,3 bilhões).

O RN tem pouca expressividade no contexto geral da agricultura do país. Nossa produção agrícola em 2011 foi de R$ 983, 3 milhões, representando apenas 0,5% do valor da produção agrícola brasileira.
No RN o valor da produção das lavouras temporárias em 2011 foi de R$ 760,5 milhões e das culturas permanentes foi de R$ 224,8 milhões.
Os principais produtos agrícolas do RN, em termos de valor da produção, são: cana-de-açúcar (R$ 238,1 milhões), melão (R$ 159,8 milhões), abacaxi (R$ 115,6 milhões), banana (R$ 64,3 milhões) e castanha de caju (R$ 63,9 milhões).
Juntos esses cinco produtos respondem por aproximadamente dois terços do valor da produção agrícola brasileira.
Observa-se também pelos dados do IBGE que há um grande peso da fruticultura no valor da produção agrícola do estado. Se somarmos o valor da produção de todas as frutas produzidas no estado (incluindo a castanha de caju), o valor da produção foi de R$ 535 milhões, cerca de 54% do valor da produção agrícola do RN. Se adicionarmos às frutas o valor da produção da cana de açúcar chegaremos a aproximadamente 78% da produção agrícola potiguar.
As culturas tradicionais, por sua vez, respondem por somente 13,4% do valor da produção agrícola local, sendo o feijão com R$ 51 milhões, a mandioca com R$ 49,3 milhões, o milho com R$ 28,3 milhões e o arroz com R$ 3,4 milhões.
Os municípios do estado com o maiores valores de produção agrícola são: Mossoró (R$ 153,1 milhões), Touros (R$ 107,3 milhões), Baraúna (R$ 104,7 milhões), Baía Formosa (R$ 68,2 milhões) e Canguaretama (R$ 33,8 milhões).
Entre os municípios do RN Serra do Mel se destaca como o maior produtor brasileiro de castanha e Mossoró como tendo a maior produção de melão do país. Touros é o quarto maior produtor brasileiro de abacaxi e Baraúna o sexto de cebola.

Um Panorama da Área Plantada/Colhida

Blog Economia do RN, por Aldemir Freire:

Em 2011 a área plantada da agricultura do Rio Grande do Norte foi de 425,5 mil hectares, sendo 264,7 mil com lavouras temporárias (incluídas as de ciclo longo como cana-de-açúcar e mandioca) e 160,8 mil com lavouras permanentes.

Em termos de área nós temos 4 cultivos que dominam a agricultura estadual e respondem juntas por 77% da área plantada no RN. São elas: castanha de caju, 126,2 mil hectares, milho com 73,8 mil ha, feijão com 70,1 mil ha e cana-de-açúcar com 59,5 mil ha.
Dois outros produtos com áreas relativamente extensas de cultivo são a mandioca (25,7 mil ha) e o coco (21,7 mil ha). Uma análise da evolução da área agrícola colhida no RN ao longo das últimas duas décadas revela alguns pontos interessantes: o primeiro deles é que, dadas as constantes variações pluviométricas que atingem a porção semi-árida do estado, há também uma grande variabilidade anual na área colhida, sobretudo com as lavouras de cultivo temporário. O segundo ponto importante é que no início dos anos 90, em anos de chuvas normais, a área das lavouras temporárias aproximava-se das 500 mil hectares por ano. Atualmente, mesmo em anos bons essa área reduziu-se a pouco mais da metade.
A principal razão para esse recuo nas lavouras temporárias do RN foi a redução no cultivo de feijão e milho.   Essas duas culturas são amplamente difundidas no estado e cultivadas por pequenos agricultores. A tecnologia utilizada na produção das mesmas é baixíssima e geralmente o produto destina-se ao autoconsumo das famílias e de seus animais.
Com baixa tecnologia, cultivos em solos pobres e geralmente em regime consorciado, a produtividade local é muito inferior à média nacional. Para o feijão, por exemplo, em 2011 a produtividade média brasileira foi de 935 kg/ha e no RN de apenas 493 kg/ha. Já no caso do milho a produtividade potiguar foi de 663 kg/ha enquanto a média nacional alcançou 4.210 kg/ha. Mas em vários estados do Centro-Sul do país a produtividade média do milho foi superior a 5.000 kg/ha e em centenas de municípios dessa região a produtividade foi superior a 10.0000 kg/ha e até mesmo a 15 mil kg/ha.

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