Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Petrobras vai reintegrar trabalhadores demitidos e fará novos investimentos no RN

19 de abril de 2013

Notícia publicada no portal Ponto de Pauta:

Considerando “um momento histórico para o Rio Grande do Norte, porque uniu todas as forças políticas do Estado”, a governadora Rosalba Ciarlini disse que a audiência com a presidente da Petrobras, Graça Foster, nesta quinta-feira (18), superou as expectativas. “Saio dessa reunião com a tranquilidade de empregos e mais investimentos no nosso Estado”, declarou.

A presidente da Petrobras assegurou a reintegração de cerca de 1.200 trabalhadores demitidos na região de Mossoró e anunciou a contratação de mais 600, com a renovação de empresas já a partir do próximo mês de maio. Também adiantou novos investimentos na bacia marítima e outro leilão, em outubro, para novas empresas que irão explorar o Canto do Amaro, maior campo de produção em terra, na região de Mossoró.

A Petrobras vai disponibilizar o mapa dos poços desativados para uso no combate à seca. (Foto: Assessoria)

A Petrobras vai disponibilizar o mapa dos poços desativados para uso no combate à seca. (Foto: Assessoria)

Além de tranquilizar a comitiva potiguar com mais investimentos, a presidente da Petrobras atendeu apelo da governadora Rosalba Ciarlini para o aproveitamento de poços que são tamponados porque não produzem petróleo ou gás natural. “A Petrobras vai disponibilizar para o governo do Estado todo o mapa destes poços para que possamos utilizá-los nas áreas com graves problemas de seca”, adiantou a governadora, considerando esse um ato de solidariedade para o momento difícil enfrentado pelo RN.

Participaram da audiência o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, toda a bancada potiguar na Câmara e mais o senador José Agripino, os deputados estaduais Leonardo Nogueira e Larissa Rosado; a prefeita de Mossoró, Cláudia Regina; os vereadores de Mossoró Francisco José Júnior (presidente da Câmara Municipal) e Genivan Vale (autor da proposição da audiência pública na Câmara Municipal de Mossoró), o empresário Nilson Brasil e o presidente do Sindicato dos Petroleiros, Antonio Araújo.

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“As ações evitam o trauma de uma decadência rápida’”

Entrevista publicada na Tribuna do Norte:

Jean-Paul Prates, Diretor geral do Cerne e ex-secretário de Energia do Rio Grande do Norte

As ações anunciadas pela presidente da Petrobras, Graça Foster, como a contratação dos terceirizados demitidos no último ano, através da licitação de novas prestadoras de serviço e da execução de novos projetos, como a construção de um oleoduto que ligará Mossoró e Guamaré, são suficientes para reaquecer o setor?

Com relação à Petrobras, é isso que ela pode fazer. É o que cabe dentro dos projetos que ela já tem e operações que já possui. São projetos provavelmente de manutenção e revitalização da bacia. Isso é bom para efeito de Petrobras. Agora eu acho que além dessas medidas, existem outras que tem que ser tomadas. É preciso saber como o Ministério de Minas e Energia enxerga o futuro das áreas que não são pré-sal ou não são grandes produtoras. É preciso saber também que medidas o governo estadual pode tomar para estimular a atividade ou até diversificar a economia dessas regiões. Porque uma coisa com certeza é verdade: independentemente da Petrobras licitar novas empresas e recontratar todo mundo, a bacia de petróleo do RN tem um perfil de produção declinante e a gente tem que reverter isso.

Dá para reverter?

Só com novas descobertas, com a prospecção de novos blocos é que se vai conseguir fazer isso. Mas a Petrobras não pode prometer o que não sabe o que vai ocorrer.

Se a economia do Estado fosse mais diversificada, o impacto da desaceleração da atividade seria menor?

Seria menor, mas o problema é que não. Mais ainda está em tempo. Com essas ações, é possível prolongar o perfil da bacia por 10 a 15 anos. Acendeu-se o sinal de alerta, agora começa a pensar nisso e trabalhar agora.

Os projetos já anunciados pela Petrobras são fortes o suficiente para reaquecer a atividade?

Não, eu acho que os projetos são para manutenção. Pelo menos não sofre um trauma de uma decadência rápida. O que a presidente colocou é que pelo menos a título de custeio para os mesmos campos vai recontratar, mas como um todo o cenário ainda é de desaquecimento da atividade.

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