Preço dos combustíveis de Natal em 10 meses é maior que o autorizado

11 de novembro de 2014

Notícia publicada no Novo Jornal:

O aumento de 3% na gasolina, autorizado na semana passada pela Petrobras, deixou os motoristas de orelhas em pé. Mas o que muita gente pode não ter percebido é que, desde a última autorização para encarecimento dos combustíveis, há um ano, o preço já tem sido incrementado nos postos da capital natalense, chegando a uma porcentagem maior do que a que foi autorizada recentemente.

A diferença é de 3,01% no maior valor cobrado pelo litro e 5,98% no menor, isso no acumulado do ano. O motivo é que o aumento da Petrobras incide sobre o preço nas refinarias. As empresas que repassam os combustíveis para os consumidores ajustam os preços de acordo com seus gastos.   O NOVO JORNAL chegou a esses números depois de consultar a pesquisa do Procon Municipal realizada após o reajuste oficial de 2013 e comparar com o levantamento de outubro deste ano de 2014, também feito pelo órgão.

As tabelas estão disponíveis no site do Procon Municipal, onde também podem ser consultados outros comparativos feitos pela entidade. O Procon tem como método a visita aos postos de combustíveis da cidade para fazer o apontamento. Depois da coleta de dados, o órgão mostra nas tabelas o valor cobrado pelo litro em cada estabelecimento, fazendo uma média entre o maior e o menor valor cobrado.

Segundo as pesquisas, após o aumento autorizado no ano passado, a gasolina comum de menor preço em Natal estava custando R$ 2,84 o litro. O levantamento feito em outubro deste ano mostrou que o combustível custava R$ 2,99 no posto em que foi registrada a menor cobrança. O maior valor cobrado era de R$ 2,99 e passou para R$ 3,08 no mesmo intervalo de tempo.

Arquivo Novo Jornal

Arquivo Novo Jornal

 

O NOVO também apurou nesses documentos que o aumento não atingiu somente o bolso dos motoristas que utilizam a gasolina comum. Outros combustíveis também foram afetados por acréscimos. A Aditivada, o Etanol e o Gás Natural Veicular (GNV) sofreram alteração para mais nos valores das bombas dos postos de combustíveis da capital.

As tabelas do Procon mostram que no maior preço a Gasolina Aditivada era vendia a R$ 3,099 em dezembro de 2013 e passou para R$ 3,189 em outubro passado. O Etanol foi de R$ 2,759 para R$ 2,869 no acumulado do ano, também considerando-se o maior preço cobrado.

Entre todos os combustíveis pesquisados, somente o Diesel Comum e o Diesel S-10, aquele desenvolvido para atender aos motores a diesel com sistema de tratamento dos gases de escape, sofreram queda no preço. O levantamento do Procon mostra que o maior valor cobrado pelo S-10 no ano passado se manteve neste ano, R$ 2,79. Já o menor caiu de R$ 2,33 para R$ 1,99. O Diesel Comum teve aumento no maior preço no período que compreende a pesquisa e diminuição no menor valor cobrado. Foi de R$ 2,559 para R$ 2,73 e desceu de R$ 2,39 para R$ 2,19.

A reportagem procurou na tarde de ontem o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos RN) para que ele esclarecesse o motivo dos aumentos. Antônio Cardoso Sales, o presidente, informou que a política para definição do crescimento ou redução dos valores dos combustíveis é individual de cada empresa.

Cardoso disse ainda que não cabe ao sindicato se posicionar a respeito disso, bem como também não é de responsabilidade da entidade sindical definir preço e regras de cobrança. “Cada empresa sabe dos seus gastos e dos motivos para as mudanças nos valores”, corrobora.

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