Deu no caderno Cidades do Portal JH:
Na manhã desta sexta-feira, durante comemoração ao Dia da Independência do Brasil, outro movimento chamou tanta atenção quanto o desfile dos militares na Praça Cívica de Natal. Trabalhadores da saúde do Estado, entre eles médicos, e diversos representantes de entidades sindicais da área, fizeram uma marcha em protesto por não terem suas reivindicações feitas em greve atendidas até o presente momento. No entanto, a marcha ‘Todos pela Saúde’ que tinha como objetivo mostrar a população que os profissionais estão lutando pelos seus direitos em busca da melhoria na qualidade do serviço para a própria sociedade, teve como resultado muito tumulto e confusão.
Os manifestantes, que apenas diziam palavras de ordem em alto som, tentaram se aproximar do palanque onde estavam presentes autoridades governamentais. No entanto foram impedidos de forma hostil por policiais militares e Exército. Segundo informações do diretor de organizações sindicais do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde), Wilson Farias, o Estado se mostrou muito duro quanto ao direito que a categoria tem de lutar por suas reivindicações e a segurança do evento não soube lidar com a manifestação de forma amigável. “Não queríamos conflito físico. Mas houve muita hostilidade por parte do Exército, tentamos entrar em acordo com a PM também, apresentando nossa intenção, mas no final fomos tratados de forma truculenta por ambos”, diz Wilson Farias.
Wilson também criticou a forma que o Governo do Estado tem de administrar conflitos que vão de encontro aos seus interesses. “Aqui a democracia ainda se mostra muito fragilizada. Democracia não existe na prática com esse governo. O Estado tem se mostrado muito duro e irredutível quanto às nossas reivindicações, e ali não pudemos nos manifestar. Fomos empurrados e proibidos de nos aproximar, me senti no tempo da ditadura”, completa o diretor do Sindsaúde.
A passeata, por fim, foi interrompida, mas a população presenciou a tentativa dos servidores da saúde na luta por uma resposta positiva e definitiva do Governo. Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed), Geraldo Ferreira, apesar dos transtornos, a categoria mostrou sua força e tudo ocorreu dentro do previsto. “Começamos um movimento muito forte com a união dos sindicatos. Infelizmente a administração do Governo leva a saúde do RN a um estado de calamidade. Apesar de tudo, fizemos nossa parte. Os policiais foram agressivos fazendo o trabalho deles e tudo o que aconteceu já estava previsto, pois conhecemos bem como funciona a nossa democracia”, enfatiza Geraldo Ferreira.
Geraldo enfatiza também que é necessário e de extrema urgência que o governo reveja as necessidades da área da saúde e atenda aos apelos da categoria juntamente com a população.
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