Do Riograndedonorte.net:
A Galeria de Arte do IFRN Cidade Alta está recebendo a exposição Andedan, do brasiliense radicado em Natal, Marcos Popó. A mostra segue até o dia 31 de março e apresenta ao público os trabalhos do artista plástico, que também é militar e serviu nas forças de paz no Haiti.
Marcos Popó reúne em uma mostra singular e bem variada, os retratos de pessoas por meio de desenhos feitos com calda de chocolate. Mas a diversidade dos trabalhos desse artista não param por aí: vão desde a tradicional pintura com tinta acrílica, numa abordagem moderna e realista, a retratos feitos com fita adesiva, apresentando ainda entalhes em madeira, pregos, linhas, ferrugem, entre outros materiais.
O nome da exposição surgiu após sua ida ao Haiti. “Andedan” é uma palavra do creole haitiano que significa “de dentro”. É justamente de dentro do artista e dos materiais comuns que veio a inspiração dos trabalhos apresentados.
Sobre as pinturas feitas com calda de chocolate, Marcos explica que, para não comprometer o material durante exposição, a tela é feita em casa e, em seguida, fotografada e a imagem ampliada em tamanho natural.
O ARTISTA
Marcos Popó é natural de Brasília, foi criado no Rio de Janeiro e adotou Natal como sua casa. Além de artista plástico, é militar da Aeronáutica e participou da missão de paz da ONU no Haiti. “Consigo conciliar os dois trabalhos. Essa é a minha primeira exposição, mas estou buscando outros locais”, afirma.
Popó conta que desde pequeno já demonstrava habilidade com desenho, mas foi a partir de 2011 que ele começou a desenvolver sua arte com mais afinco, sempre buscando alternativas de materiais, além do pincel e da tinta, para criar seus trabalhos. “Sempre tive afinidade em retratar figuras humanas”, diz. As telas apresentam desenhos de amigos do artista e de pessoas famosas, como Ivete Sangalo, Seu Jorge, Carlinhos Brown, José de Abreu, Machado de Assis, Saddan Hussein, Gilberto Gil, entre outros.
Uma de suas grandes inspirações é o artista brasileiro Vik Muniz, que já realizou trabalhos utilizando geleia, açúcar, fios, arame, e também xarope de chocolate. Muniz tem entre suas obras mais conhecidas, os imensos painéis em que retrata cenas do cotidiano, usando lixo. O trabalho originou o premiado documentário “Lixo Extraordinário”.
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