O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, Amaro Sales, recebeu na manhã de ontem a diretoria da empresa australiana Crusader Resources, que realiza investimentos no setor de mineração na região do Seridó. O diretor presidente do grupo, David Archer, apresentou o Projeto Borborema, desenvolvido na cidade de Currais Novos, na Fazenda São Francisco, para exploração e beneficiamento de ouro. De acordo com Archer, a mina tem capacidade para produção anual de 4 milhões de toneladas do minério.
David Archer afirmou que o objetivo da Cruzader Resources é investir R$ 400 milhões no Projeto Borborema. Ele acrescentou que ainda há desafios a serem vencidos. “Estamos com um grande projeto para investimento em Currais Novos, de grande capital, mas para isso temos de superar barreiras e uma delas é a falta de mão de obra qualificada”, disse.
O diretor geral da Cruzader no Brasil, Rob Smakman, apresentou detalhes do projeto e os principais desafios. “Hoje nós possuímos licença para operação, mas aindaestamos realizando estudos e licenciamentos. Nossa ideia é que o Projeto Borborema não fique sozinho, por isso temos várias equipes mapeando a região”, disse Smakman. E complementou: “Precisamos de mão de obra qualificada e temos que pensar nisso agora”.
Entre os desafios apresentados pela mineradora, está a escassez de água, energia e mão de obra. Entre os pontos favoráveis, a diretoria do grupo apontou a facilidade logística propiciada pela proximidade com a BR 226 e a qualidade da jazida.
O presidente da FIERN, Amaro Sales, afirmou que a Federação está à disposição para contribuir na implantação e consolidação do Projeto Borborema. “Mais de 90% as empresas do RN são micro e ou pequenas. A instalação de indústrias de grande porte, como a que vocês dirigem, também é importante para o desenvolvimento do nosso Estado. O Sistema FIERN atua como elo entre os interesses da indústria e o poder público. Vamos ajudar”, disse.
Qualificação
Quanto à qualificação de trabalhadores, Amaro Sales destacou a experiência doServiço Nacional de Aprendizagem Industrial. “Nós trabalhamos em rede e temos um networking que pode auxiliar o trabalho de vocês. O SENAI possui expertise em qualificação profissional. O que não tivermos aqui podemos solicitar a outras Federações do país, ou à CNI (Confederação Nacional da Indústria), com as quais temos parceria”, ressaltou o presidente.
Também participaram da reunião: Michael Shmulian, diretor de Operação; Aidan Platel, diretor de Exploração; Ronis Bragança, diretor Administrativo e Financeiro; Valério Jardim, gerente do Projeto Borborema e Ernesto Weiring, gerente de Engenharia; além do diretor regional do SENAI-RN, Afonso Avelino D. Neto.
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