RN está entre as novas fronteiras exploratórias de petróleo no Brasil

7 de janeiro de 2014

Notícia publicada no Novo Jornal:

O Rio Grande do Norte está entre as novas fronteiras exploratórias da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e, caso seja confirmada a viabilidade econômica da descoberta de petróleo em águas profundas na bacia potiguar, a produção marítima – atualmente pequena – pode superar a produção terrestre que hoje gira em torno de 60 mil barris/dia.

O assessor de diretoria da ANP, Guilherme Eduardo Zerbinatti Papaterra, disse ao NOVO JORNAL, por e-mail, que o Plano Plurianual de Estudos de Geologia e Geofísica (PPA) da Agência tem foco em bacias sedimentares terrestres e marítimas pouco exploradas ou relativamente inexploradas, denominadas pelos técnicos como áreas de fronteira exploratória. É um programa dinâmico que passa por revisões anuais e ampliações, ressaltou.

Antes de a Petrobras anunciar a descoberta de petróleo em águas profundas, em dezembro de 2013, a ANP já vinha realizando pesquisas na bacia potiguar com projetos de reprocessamento sísmico na porção terrestre.

Foto: www.onip.org.br

Foto: www.onip.org.br

Guilherme Eduardo Zerbinatti Papaterra explicou que as bacias da margem equatorial brasileira (Potiguar, Ceará, Barreirinhas, Pará-Maranhão e Foz do Amazonas) são classificadas pela ANP como fronteiras exploratórias e apresentam potencial promissor de descobertas de arenitos turbidíticos (formações que formam reservatórios de petróleo do pós-sal) do cretáceo superior, principalmente, de águas profundas.

Descobertas comerciais e subcomerciais nas bacias do Ceará, Pará-Maranhão e Potiguar, frisou o assessor de diretoria da ANP, fortalecem esta observação junto com os numerosos indícios de petróleo registrados nos poços perfurados.

O impulso exploratório na região também tem relação com as recentes descobertas de petróleo na costa oeste africana, nas bacias de Gana e Costa do Marfim, que são análogas às bacias da margem equatorial brasileira, comparou Papaterra. Os bons resultados em termos de blocos arrematados obtidos na 11ª rodada de leilões, no ano passado, são um exemplo disso.

O pré-sal (bacias de Campos no RJ e Santos em SP), em contraponto, é uma região classificada como de elevado potencial com risco exploratório baixo e acumulações de grande porte de petróleo. Em função dos estágios exploratórios dessas duas regiões não é possível compará-las em termos de dimensões como porte, tamanho de acumulações, sublinhou Papaterra.

De acordo com o assessor de diretoria da ANP, as intensificações dos esforços exploratórios na região da margem equatorial podem ser promissores para a bacia potiguar. “Acreditamos que, em médio e em longo prazo, resultados promissores poderão ocorrer, como exemplo, a própria recente descoberta na região de petróleo em águas profundas na bacia potiguar”, frisou. Ele disse que as oportunidades exploratórias no Brasil vão muito além do pré-sal.

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