Notícia publicado no portal No Ar:
O mês de fevereiro deste ano foi de recuperação para o varejo potiguar, segundo dados do IBGE, divulgados nesta quinta-feira, 11/04. De acordo com o instituto o Rio Grande do Norte teve, no segundo mês do ano, o maior crescimento de vendas do Nordeste no chamado Comércio Varejista Ampliado. O percentual de 6,1% foi puxado sobretudo pelos setores de Supermercados e Hipermercados, Combustíveis e Lubrificantes, Materiais de Construção e Farmácias.No caso do Varejo Restrito (que exclui os setores de Materiais de Construção e de Automóveis), o crescimento foi de 3,8%. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado diz que o número ficou acima das expectativas do empresariado e pode ser explicado por diversos fatores.
O primeiro deles, segundo Queiroz, é o fato de que os Poderes Públicos começarm o ano de 2013 retomando alguns investimentos, ainda de forma tímida, mas com impacto positivo direto e considerável no mercado. “Em 2012, vimos uma verdadeira estagnação. Estava tudo parado. Nem operação tapa-buraco estava havendo. Este ano, as prefeituras começaram a fazer pequenas intervenções e o governo do estado também. Isso faz circular dinheiro na economia. Em um estado pequeno como o nosso, este dinheiro novo faz toda a diferença. E os números de janeiro – quando registramos crescimento de quase 14% – e de fevereiro mostram isso”, diz o presidente da Fecomércio.
Marcelo Queiroz reforça que o crescimento pontual do setor de Materiais de Construção (alta de 4,4% no mês) é mais um indicador forte do impacto desta retomada.
O empresário também chama a atenção para o crescimento do segmento de Automóveis (alta de 5,2% no mês). Havia uma expectativa do fim do IPI reduzido para o carros, a partir de primeiro de abril. Isto fez as concessionárias investirem pesado nas ofertas e nas promoções. Isto, naturalmente, leva as pessoas a comprarem. E, junto com o crescimento das vendas de automóveis, naturalmente crescem as vendas de combustíveis e lubrificantes”, diz ele.
No caso do setor de Farmácias, o presidente da Fecomércio – que é empresário do ramo – afirma que esta alta está ligada exatamente ao maior volume de dinheiro em circulação. “Também não podemos esquecer que o crescimento deste ano se dá sobre um percentual negativo (-1%) que registramos em fevereiro de 2012. Ou seja, crescemos sobre o período de forte retração”, pontua Queiroz.
Sobre as expectativas de vendas para o restante do ano, o presidente da Fecomércio, embora otimista, adota a cautela. “Se formos olhar os dois primeiros meses deste ano, na comparação com o ano passado, começamos muito bem. Mas, ainda é cedo para fazer qualquer estimativa de crescimento para 2013. É preciso acompanhar os acontecimentos. Ainda há muito a ser feito, em muitas áreas. O turismo, por exemplo, precisa de mais atenção. Isso será definitivo para os números do comércio este ano”, afirma.
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